segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lula x FHC, pelo The Economist


Veja o que "The Economist" publicou:

Situação do Brasil antes e depois.
Nos tempos de FHC
Nos tempos de LULA

Risco Brasil
FHC - 2.700 pontos
Lula - 200 pontos

Salário Mínimo
FHC - 78 dólares
Lula - 210 dólares

Dólar
FHC - Rs$ 3,00
Lula - Rs$ 1,78

Dívida FMI
FHC - Não mexeu
Lula - Pagou

Indústria naval
FHC - Não mexeu
Lula - Reconstruiu

Universidades Federais Novas
FHC - Nenhuma
Lula - 10

Extensões Universitárias
FHC - Nenhuma
Lula - 45

Escolas Técnicas
FHC - Nenhuma
Lula - 214

Valores e Reservas do Tesouro Nacional
FHC - 185 Bilhões de Dólares Negativos
Lula - 160 Bilhões de Dólares Positivos

Créditos para o povo/PIB
FHC - 14%
Lula - 34%

Estradas de Ferro
FHC - Nenhuma
Lula - 3 em andamento

Estradas Rodoviárias
FHC - 90% danificadas
Lula - 70% recuperadas

Industria Automobilística
FHC - Em baixa, 20%
Lula - Em alta, 30%

Crises internacionais
FHC - 4, arrasando o país
Lula - Nenhuma, pelas reservas acumuladas

Cambio
FHC - Fixo, estourando o Tesouro Nacional
Lula - Flutuante: com ligeiras intervenções do Banco Central

Taxas de Juros SELIC
FHC - 27%
Lula - 11%

Mobilidade Social
FHC - 2 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza
Lula - 23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza

Empregos
FHC - 780 mil
Lula - 11 milhões

Investimentos em infraestrutura
FHC - Nenhum
Lula - 504 Bilhões de reais previstos até 2010

Mercado internacional
FHC - Brasil sem crédito
Lula - Brasil reconhecido como investment grade

Esclarecimento do ministro Juca Ferreira

Quero deixar clara, se ainda não está, a minha relação com a imprensa.

Um contato com jornalistas na semana passada, no Rio de Janeiro, acabou gerando uma situação de evidente desrespeito para comigo. Um dos jornalistas assumiu postura muito diferente da situação de pressão própria do exercício da imprensa, à qual estou acostumado. O que surgiu então, em vez de entrevista, foram acusações reiteradas, embaladas na forma de pergunta – comportamento que até mesmo jornalistas críticos a mim nesse episódio detectaram, reconheceram como descabido e condenaram explicitamente.

Desrespeitado, retruquei. Fui, entretanto, infeliz na minha manifestação. Esta passou a impressão de que eu estava generalizando minha indignação para com a imprensa toda. Deixo claro: não tive qualquer intenção de generalizar, e nem generalizei. Não é esta a opinião que tenho sobre esta instituição. Sei de sua fundamental importância para a consolidação da nossa democracia. Sempre mantive relação franca e respeitosa com os órgãos de comunicação e com os jornalistas. Esta é minha história política.

Reconheço que a resposta – fruto da indignação frente às injustas acusações de que estaria fazendo campanha eleitoral e mau uso do dinheiro público – foi intempestiva. Minha indignação, ainda que legítima, permitiu sua descontextualização. Por isto me penitencio.

Lembro, entretanto, dois fatos que repõem a questão do folder, objeto da polêmica, nos seus devidos eixos: um, que os parlamentares do Congresso Nacional haviam recebido antecipadamente uma cópia do folder; dois, que ele já havia sido distribuído na Câmara, no Dia Nacional da Cultura (5 de novembro), data em que não gerou qualquer tipo de manifestação de descontentamento. Concluindo: o folder foi usado como pretexto para não discutir um projeto que, indiscutivelmente, vai beneficiar milhões de brasileiros – o Vale-Cultura.

(Juca Ferreira, ministro da Cultura)

Semana musical em Macaíba

A prefeitura de Macaíba e a UFRN montaram uma programação musical muito interessante para esta semana. Começa hoje e segue até sexta-feira o 1º Festival de Música da cidade, evento que será realizado no Pax Clube, durante todo o dia. À noite, o festival tem continuidade na Praça da Igreja Matriz com grandes nomes da música potiguar.

A programação do evento conta com oficinas de canto, violão, piano, MPB, Ritmo e Som, percussão, entre outras.

Programação:

Segunda (30/11)
08h30 – Abertura e Credenciamento nas Oficinas
10h00 – Master Class Violão
13h30 – Master Class Violão
16h00 – Oficina de Ritmo e Som
19h30 – Concerto Sax In Bach

Terça (01/12)
08h30 – Oficina de Canto Popular
10h00 – Master Class Madeiras Piano
13h30 – Master Class Madeiras Piano
16h00 – Oficina de Canto Popular
19h30 – Noite da MPB

Quarta (02/12)
08h30 – Oficina de Ritmo e Som
10h00 – Master Class Cordas MPB
13h30 – Master Class Cordas MPB
16h00 – Ensaio
19h30 – Concerto Duo: Manoca e Primata

Quinta (03/12)
08h30 – Ensaio
10h00 – Oficina de Apreciação Musical
13h30 – Oficina de Apreciação Musical
16h00 – Ensaio
19h30 – Concerto Grupo Octovoci

Sexta (04/12)
08h30 – Atividade Socializadora e Gincana com Prêmios
10h00 – Ensaio
13h30 – Ensaio Geral
16h00 – Entrega de Certificados
19h30 – Concerto de Encerramento com Orquestra do Festival

Edgar Alan Poe em quadrinhos


O célebre poema O Corvo (The Raven), do escritor norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849), ganha nova versão em HQ neste ano de 2009, em que se completam 200 anos de nascimento de seu autor. Nesta versão da coleção “Clássicos em quadrinhos”, da Editora Peirópolis, O Corvo renasce das mãos do quadrinista Luciano Irrthum, que expressa sua reverência pela obra imprimindo-lhe o lirismo, a força e a visceralidade de seu traço.

ECAD no Youtube

Notícia bacana pra galera da música: Para conscientizar os usuários de música sobre a importância do pagamento dos direitos autorais, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) e as Associações de Música que o compõem aderiram ao YouTube para divulgar a campanha "Vozes em Defesa dos Direitos Autorais. E que Vozes!". Nos vídeos, compositores e artistas representantes de diferentes estilos musicais, entre eles Roberto Menescal, Fagner, Augusto Cesar, Sérgio Reis, João Roberto Kelly, Tato e Dorgival Dantas participam, de forma gratuita, em prol da defesa dos direitos autorais musicais. O endereço é: http://www.youtube.com/EcadDireitosAutorais

Criada pela área de marketing do Ecad, com apoio das associações de música, a campanha consiste numa ação de conscientização e esclarecimento ao público com a presença de compositores e artistas que deram seu depoimento sobre a importância de se respeitar os direitos autorais. Esses depoimentos foram gravados e se transformaram em DVD, além de transcritos e impressos em folders. Os 2 mil DVDs produzidos estão sendo distribuídos para um público específico de interesse do Ecad, entre eles, políticos do Congresso Nacional, representantes do Executivo, magistrados, jornalistas, usuários de música e profissionais do meio cultural. O vídeo também está sendo veiculado em palestras ministradas pelo Ecad e em eventos. Esta já é a segunda edição da campanha. A primeira (2007) contou com a participação de Djavan, Fernando Brant, Danilo Caymmi, Leandro Lehart, entre outros autores.

O jornal e o jornalista

Um dos mais conhecidos e respeitados jornalistas brasileiros, Alberto Dines é também autor de uma obra clássica na área da Comunicação. Professor de jornalismo desde os anos 1960, ele discute há décadas o papel da imprensa no desenvolvimento do país. Não é a toa que o seu primeiro livro sobre o tema, publicado em 1974, ocupa lugar privilegiado na bibliografia brasileira de jornalismo.

Além de comemorar 35 anos de publicação do livro, a nona edição de O papel do jornal e a profissão de jornalista (192 p., R$ 48,90), lançamento da Summus Editorial, retoma um debate super atual: a polêmica questão sobre a necessidade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. O lançamento acontece no Rio e em São Paulo, com palestra, sessão de autógrafos e coquetel. Desconheço informações a respeito da chegada do livro por aqui.

"Em apenas um ano, com a ajuda de uma conspiração e de manipulação judicial, acabou-se com uma profissão e com sua história", afirma Dines. Para ele, a decisão do Supremo Tribunal Federal de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, bem como a surpreendente constatação de que não se trataria de uma profissão específica e regulamentável, pode ter interrompido o debate na esfera judicial, mas não o encerrou. "Os artigos ajudam a compreender a essência de uma decisão que acabou precipitando um debate indispensável", revela o autor.

Coerente com a opção adotada nas versões anteriores, a nova edição é um registro dos registros. Flagrante de uma evolução. "Para que fosse rigorosamente atualizada deveria ser totalmente refeita e nesse caso perderia a sua condição de retrospectiva", explica o autor. Trata-se, portanto, de uma obra progressiva, que foi sendo atualizada ao longo de nove edições.

Há 35 anos, o contexto era diferente do atual. O mundo enfrentava uma crise de papel, agravada pela alta do petróleo, o que obrigou os jornais a adotar severas medidas de contenção. Além disso, a ditadura militar agonizava e abria-se um espaço para o debate sobre a relação entre a imprensa e a construção de uma sociedade democrática no Brasil. No entanto, os principais temas abordados na primeira edição permanecem. O jornalista fala sobre questões fundamentais para o exercício da profissão, como transparência, consciência profissional e interesse público.

A obra - revista, ampliada e atualizada - reúne informações sobre as três revoluções na comunicação, a TV e o renascimento do jornal diário, os compromissos da imprensa como empresa privada, o jornalista como centro do processo da empresa jornalística, os componentes objetivos e subjetivos da profissão, a responsabilidade e os códigos de ética. O autor aborda também fatos que marcaram o desenvolvimento da imprensa no Brasil, incluindo a censura, a crise do papel e a função do jornal.

O livro traz vários textos originalmente publicados no site "Observatório da Imprensa" - projeto desenvolvido por Dines. Além de captar dados fundamentais do momento histórico, o autor interpreta sistematicamente as variáveis da conjuntura e articula-as com as tendências observadas no movimento da imprensa brasileira. Dessa forma, identifica traços capazes de explicar sua trajetória recente e as projeções perceptíveis. Realiza, assim, um trabalho de cientista do jornalismo. Singular pela sua proposta crítica, a obra é indispensável para as novas gerações de jornalistas.

O autor

Jornalista desde 1952, Alberto Dines foi repórter das revistas Visão e Manchete, editor da Última Hora e do Diário da Noite e criador de Fatos e Fotos. No Jornal do Brasil, ao longo de quase doze anos, deu sequência a uma reforma editorial que marcou o jornalismo brasileiro. Nesse período, editou os "Cadernos de Jornalismo e Comunicação" (1965-1973), experiência pioneira de reflexão sobre mídia. Precursor da função de ombudsman com a coluna "Jornal dos Jornais" (Folha de S.Paulo, 1975-1977), na Folha também foi diretor da sucursal do Rio de Janeiro e colunista político. Dines foi professor de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), professor-visitante na Universidade de Columbia (Nova York) e um dos criadores, na Unicamp, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) - onde em 1996 foi desenvolvido o projeto do "Observatório da Imprensa", hoje com edições na TV e no rádio. Organizou a edição fac-similar da coleção do Correio Braziliense, primeiro periódico a circular no Brasil. Foi diretor editorial do Grupo Abril em Portugal, onde viveu entre 1988 e 1995, trabalhando e realizando pesquisas para Vínculos do fogo - Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I. É autor de livros de ficção, reportagem, história e biografias. Destas, a mais conhecida é Morte no Paraíso, a tragédia de Stefan Zweig, com diversas edições no Brasil e no exterior.

Título: O papel do jornal e a profissão de jornalista
Autor: Alberto Dines
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 48,90
Páginas: 192

João Maria sai do Jornal da Fotografia

O fotógrafo e grande figura João Maria Alves se desligou de projeto como cursos de fotografia, exposição, seminários ou qualquer espécie do gênero que tenha o Jornal da Fotografia como realizador. O Johnny deixei o Jornal da Fotografia pra se dedicar a outros projetos que tinha deixado em segundo plano.

É uma pena. E tomara que o Jornal continue. Outro dia João Maria comentava que as publicidades veiculadas no jornal eram mera troca de favores e praticamente os idealizadores do Jornal pagavam do próprio bolso as edições. Por isso, reafirmo: quem coloca jornal na rua hoje em dia ou é muito idealista e apaixonado ou tem a finalidade de promoção de alguém.

Tuitando com Alex Medeiros

alexmedeiros59 Não percam "A Onda", no vendedor de DVD pirata mais perto da sua casa.

Apenas MICROblog?

A ferramenta Twitter arrebanha pessoas de todas as idades e promove revolução sócio-cultural

Da plantação e colheita dos alimentos a partir dos conhecimentos temporais até o lanche fastfood, o mundo caminha rumo às limitações de tempo, espaço e mastigadas. A matemática da crescente aceitação em massa das modas mais práticas é simples: menos tempo, coisas menores e mais rápidas para serem informadas, degustadas (ou engolidas). No campo antes florido da informação e agora invisível pelos bytes atemporais da internet, as grandes reportagens impressas nos jornalões, concorrem com os textos curtos dos blogs, que perdem espaço para a nova onda: o Twitter – o chamado Microblog. O limite são 140 caracteres para emitir qualquer raciocínio. E cabe a pergunta: é o suficiente?

A resposta vem seguida de outras muitas indagações. Uma delas talvez seja a principal: o que você necessita informar? Para postar o que se faz naquele momento, 140 toques no teclado já provocam perda de tempo suficiente. Muitos utilizam a ferramenta para promoção pessoal ou de sites pessoais. Outros preferem obter informações jornalísticas. Há outras possibilidades como a inserção de links, a publicidade de produtos e a comunicação integrada entre usuários. Esse último recurso ainda é pouco usual. E há teorias explicativas para isso. Em tempos de individualidades decorrentes da citada falta de tempo e insegurança, o voyerismo tem sido prática comportamental crescente.

Para o sociólogo João Evangelista, as novas tecnologias de informação e comunicação permitem a interatividade entre indivíduos cada vez mais isolados e destituídos de vínculos pessoais. Um mundo massificado e crescente, onde o indivíduo está mais confuso ante o bombardeio de informações e se acha mais fácil no seu próprio eu. “O Twitter é revelador desse isolamento. Demonstra a carência em expressar sentimentos e a esperança de ser escutado. É um pouco a manifestação da angústia e solidão contemporânea. Veja que o Twitter funciona como um diário compartilhado de forma comunitária”, opina o cientista social.

Famosos no Twitter
A divisão simplista entre os usuários do Microblog pode ser estipulada entre pessoas famosas e cidadãos comuns. Os primeiros se divertem com milhares de “seguidores”. O jornalista William Bonner (ou @realwbonner), por exemplo, pede dicas para seus curiosos de qual gravata deve usar naquele dia para apresentar o Jornal Nacional. “Eu me divirto muito com essa bobagem que escrevo, e vejo que muitos de vocês também se divertem e se surpreendem”, escreveu em uma das dezenas de “twitadas” em mais de dez horas à frente do computador. Já o cidadão comum é consumidor das veleidades dos famosos e buscam notoriedade entre amigos e visibilidade às suas atividades profissionais.

Há um terceiro grupo em ebulição no Twitter. Talvez seja o responsável pelo posicionamento da ferramenta como a marca do momento no disputado universo virtual. São empresas, instituições e profissionais – sobretudo da mídia e da política – que descobriram o potencial do Twitter como chamariz para blogs e sites onde podem ampliar e aprofundar os conteúdos ou interesses. Isso de forma rápida, prática, de fácil leitura e, dependendo do número de seguidores, de grande amplitude. Na seara local, dois políticos já promoveram entrevistas em tempo real pelo twitter e receberam forte divulgação pela mídia, ainda desacostumada à novidade.

A utilidade do Twitter
O jornalista Tácito Costa compara a utilidade do Microblog ao próprio uso da internet. “Depende muito de quem utiliza. Há sites informativos e outros não. No Twitter é a mesma coisa. Particularmente sigo apenas pessoas que possam me passar informações pertinentes para o meu trabalho profissional; encaro como ferramenta de finalidade meramente jornalística e de divulgação do meu site”. Tácito Costa mantém um dos principais sites voltados à literatura e ao jornalismo cultural da cidade. Segundo ele, ao contrário do que se estima, o Twitter colabora para o aumento de acessos a sites e portais de internet. “Não acho que o vá acabar com os blogues. Veja que muitas postagens são links que remetem a outros sites”.

O jornalista traça um panorama comparativo entre o início dos blogues e o Twitter: ambos começaram como espécies de diários íntimos e, aos poucos, se tornam ferramentas de informação. “Veja que há uma pergunta inicial na página do Twitter que pergunta o que você está fazendo. Ou seja: ele foi projetado para ser um diário. Mas tem tomado outro rumo, diferente, por exemplo, do Orkut, que se mantém como site de relacionamentos de finalidade mais íntima. Os blogues também começaram como diários sentimentais e hoje muitos funcionam como veículos de notícias”. Tácito chama a atenção para a crescente força da mídia Twitter. “Aos poucos se torna mais uma voz democrática a se juntar à mídia tradicional. E isso é bom. São mais vozes a serem ouvidas”.

Novos vocábulos
Assim como a expressão “deletar” causava estranheza há cerca de 15 anos e após algum tempo se tornou verbo da língua portuguesa devido o meteoro do avanço da internet no mundo, o Twitter já inventa das suas e promete inserir novos vocábulos à língua de Camões. Os mais velhos talvez sequer tenham ouvido falar em “tuitar” ou mesmo “retuitar”. Nos tempos das anáguas, “seguidores” tinham outra conotação que não a de acompanhar as “postagens” de amigos e famosos. E devem se atrapalhar com os diminutivos provocados pelo limite de caracteres onde o “que” é “q” e o “também” é “tbm”.

Repercussão midiática
Texto publicado no site Observatório da Imprensa por Gabriel Priolli chama atenção para o poder de difusão do Twitter. Segundo ele, em 13 de outubro, alguém postou logo cedo uma reportagem de TV portuguesa, onde a atriz Maitê Proença era duramente criticada por gracinhas e comentários infelizes que perpetrou, em matéria para o programa Saia Justa, do GNT. O assunto explodiu e as reações negativas aumentaram de tal forma que se tornou imperativo um pedido de desculpas. Às 21:58, o site do GNT divulgou vídeo gravado por Maitê, com suas constrangidas explicações ("O brasileiro é muito brincalhão, a gente brinca com aquilo por que tem afeto..."). Foram menos de 12 horas do início ao auge, para um factóide midiático de alcance internacional.

No plano local, a jornalista Michelle Ferret sugeriu a defenestração de um ocupante de cargo público em Natal em 140 caracteres. A voz da jornalista ganhou mídia em sites, blogues e conversas informais no mesmo dia. Opiniões de intelectuais e cidadãos indignados com as posturas do gestor foram manifestadas livre e democraticamente na internet e jornais impressos e provocaram a “vítima” a emitir explicações à mídia sobre suas declarações. Por outro lado – como frisou Tácito Costa – também serve à finalidade inicial: divulgar frivolidades. E provoca questionamentos alheios, como a do jornalista Mário Ivo: “esse povo do twitter q diz q vai ler antes de dormir, sei não - por q nunca aparece alguém q diz "vou fazer um sexozinho básico" e sono?!”.

* Matéria publicada domingo no Diário de Natal

domingo, 29 de novembro de 2009

Hoje tem Ribeira das Artes


O projeto Ribeira das Artes, uma das poucas ações a movimentar o bairro da Ribeira aos domingos, está de volta hoje a partir das 11h da manhã até 20h. O Ribeira das Artes envolve atividades de lazer e arte durante manhã e tarde de domingo, na praça Augusto Severo/Largo da Ribeira, com atrações gratuitas, oficinas artísticas, shows musicais, dança e um espaço para compras em antiquários, brechós e artesanato potiguar.

A edição deste domingo terá como destaque a exposição potiguar de automóveis de várias épocas, com relíquias pertencentes aos membros do Clube do Carro Antigo. O projeto artesanato itinerante da Sethas (Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social) vai estar presente com 11 estandes de artesanatos de artesãos do Estado, com peças de alto nível.

Os sebistas também terão espaço no Ribeira das Artes. Participam o Sebo Cata Livros e o Sebo Torres, com raridades e livros usados. Haverá ainda uma praça de alimentação, com espetinhos, Pastel Petrópolis, Acarajé da Baiana, Café do Teatro, e tenda de suspiros artesanais. Para a garotada, ao lado do Teatro haverá oficinas de arte.

A programação musical começa 16h30, com apresentação do grupo de samba Linha de Passe, e depois Galvão Filho. “O domingo é um dia em que muitas famílias saem juntas, seja para ir à missa ou para almoçar fora. A programação do Ribeira das Artes supre esta carência e ainda é uma alternativa mais agradável e diferente da rotina dos shoppings”, ressalta Hilneth Correia, diretora do TAM.

O projeto Ribeira das Artes terá ainda mais três edições em dezembro, com um bazar natalino nos dias 11, 12 e 13 (sexta a domingo).

sábado, 28 de novembro de 2009

Comentário de Rodrigues Neto

Caros leitores, recebi hoje comentário do presidente da Funcarte, Rodrigues Neto. Está publicado logo abaixo, como também o post a que ele se referia. Coloco os dois à vista de vocês para que comparem e me digam se, por acaso, acusei o presidente de alguma coisa, como ele frisa. Nem que tenho dificuldades em falar com ele. SEquer isso foi comentado. Apenas afirmei que tive a autorização para divulgar o nome da revista Ginga e que talvez ele estivesse desinformado de que o empenho para o pagamento da revista já havia sido feito. Ele mesmo ressaltou que tem dificuldades de comunicação com o antigo gestor. Portanto, Rodrigues, não o acuso. E até peço que leia minha coluna semanal publicada no Diário de Natal deste domingo. Digo lá, entre outras coisas, que a culpa pela ausência da revista este ano foi por falta de dinheiro da prefeitura. Não da Funcarte ou má vontade sua. Disse também que as críticas realmente "depreciativas" têm sido atribuídas muito mais às suas declarações do que às suas ações.

Abraço e conte comigo para elogios e críticas construtivas, isentas e sem "impetuosidades".

Meu post, intitulado De Rodrigues Neto na Tribuna

Sem querer opinar e já opinando: achei muito boa a matéria do colega Isaac Lira na Tribuna do Norte - uma geral da administração da Funcarte este ano, com vários aspectos abordados e sem muito oba-oba. Até acrescento uma observação que me foi dita na última conversa com Rodrigues Neto na quinta-feira: "Tento entrar em contato com César e não consigo. Parece que está fazendo questão de dificultar as coisas". Mas quero corrigir ou destrinchar melhor a situação da revista Ginga, descrita na matéria a partir da voz do novo presidente. Talvez pela dificuldade em falar com o antigo presida, as informações dadas por Rodrigues tenham sido equivocadas.

Ao contrário do que falou, o nome da revista foi divulgado, sim. Não pela Funcarte, mas com autorização da Funcarte. Perguntei a César Revorêdo se eu podia colocar a novidade da escolha do nome em minha coluna no DN. A partir daí, a notícia foi replicada em blogues. Portanto, não foi "boato", como Rodrigues citou. A outra questão: "A revista estava pronta, mas não tínhamos verba para imprimir e distribuir". Bom, me foi pedido um currículo de cinco linhas, como também do editor-assistente, para anexar na documentação para liberação da verba. O empenho da grana já havia sido feito. Assim me foi informado.

No mais, é triste acompanhar neste fim de campeonato de 2009 a mídia estampar em suas manchetes notícias tão desanimadoras. Não é intriga, não é pessoal. Se ouve a fonte primordial do problema e nada de bom é relatado. Que em 2010 tenhamos um papai noel mais alegre. Por hora, como disse Mário Ivo no microblogue, só dá para acreditar nos duendes dos nosso canteiros, abençoados por anjos vermelhos e sob o sol maconheiro.

Comentário de Rodrigues Neto

Caro Sérgio,

não tenho me negado a conversar contigo sobre o lançamento da revista da Funcarte,independente do nome que venha a ter.

Explico, explico e explico... Mas, parece que no desejo em lançá-la de qualquer forma você não faz questão em ouvir e me faz acusações. Quer lançá-la sem saber quando teremos dinheiro para pagar os colaboradores, fotógrafos e todo o expediente.

Desafio:
Quer junto a Capitania assumir as dívidas junto aos fornecedores?
Quer dividir as responsabilidades na hora das cobranças?

Vamos usar o bom senso, vamos ser razuáveis, vamos acalmar os egos, as vaidades "pseudo-intelectuais", vamos ser coerentes e éticos... Apelo Sérgio para sua sensibilidade de um profissional sério e que tem credibilidade junto a categoria, em falar a verdade e acabar com estas especulações um tanto depreciativas a minha pessoa. Mas, se acha que este é o caminho, a forma correta de agir; lamento.

Persista em seus ataques alusivos a mim e adminsitração da funcarte, sem esquecer que o Universo é maior que todos nós e as consequências do "kotodama" são nefastas. Acredite!Você é jovem, talentoso, mas, não se deixe levar pela impetuosidade da emoção efêmera. Do contrário, siga seu caminho, sabendo que sempre contará com o meu respeito.

Abraços.

Rodrigues Neto, (decepcionado)
Presidente da Funcarte

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Zé Dias em Conversa Franca

O produtor Zé Dias, um dos mais ativos e polêmicos defensores da cultura potiguar, é o entrevistado desta segunda-feira, no programa Conversa Franca, da SimTV. Durante a conversa com o jornalista Mauricio Pandolphi, apresentador do programa, Zé Dias fala sem papas na língua e diz que alguns compositores, cantores e músicos locais estão entre os melhores do Nordeste. Mesmo assim segundo ele, a maioria das emissoras de rádio de Natal continua a ignorar nossos artistas, apesar da qualidade e do volume da produção musical potiguar. O Conversa Franca vai ao ar às 12h30.

Gardênia´s Day


Celebrar a alegria e a irreverência. O Gardênia’s Day – a Festa das Flores do Beco da Lama é muito mais uma malhação da vida; uma ironia à seriedade e crueldade das cenas do cotidiano. E a representação metafórica desse encantamento vivo a partir da simplicidade é a figura folclórica de uma das mais populares personagens da cidade: Gardênia Lúcia, toda sorrisos apesar dos muitos pesares. A festa-homenagem acontece amanhã a partir das 16h. Concentração no Bar de Nazaré (Cidade Alta) A organização pede que os participantes estejam vestidos de cores alegres e tragam flores para colorir o Beco de alegria, mesmo que passageira.

Para entender o espírito do evento, as lembranças da primeira edição, ocorrida no ano passado. Gardênia havia sido espancada pelo companheiro. Dias antes da festa, andava pelas ruas do Centro com o olho roxo. A organização, a princípio preocupada em mostrar a figura da homenageada machucada, resolveu escancarar a situação e imprimiu banners e cartazes com a figura de Gardênia com o olho roxo. O episódio do murro levado foi esquecido e Gardênia festejou o dia como se fosse o último e ela a rainha daquelas últimas horas da existência.

Não é difícil encontrar Gardênia perambulando pelas adjacências do Beco da Lama. De longe se percebe o andar de passos miúdos, o rosto arrendondado e a “lapa” de pança proeminente. De perto, a linguagem quase inaudível, confusa. Gardênia – que no batismo se chama Edmílson – é cozinheira e moradora da Cidade Alta há décadas. Integra o hall de personagens folclóricos do Centro Histórico. Partiu daí a idéia da homenagem, a partir da sugestão do artista plástico Franklin Serrão, de prestigiar pessoas que fazem o cotidiano do Beco da Lama. E nada melhor que a primavera e as flores para alegrar a estação das flores de Gardênia.

A festa constará de shows musicais, exposições de fotografias e artes plásticas, performances poéticas e terá ambientação executada pelo artista gráfico Venâncio Pinheiro – o mesmo que fez a decoração do último carnaval natalense. Como principais atrações do evento estão o show dos Chorões Potiguares, seguidos de uma apresentação de músicas românticas internacionais de Mário Henrique, e apresentação da dupla inédita Pavio Curto & Rastilho de Pólvora. A participação especialíssima e também uma forma de homenagem é a performance de Volontê (poeta homenageado pela Capitania das Artes no último Dia da Poesia), além da cantora revelação do carnaval baiano 2009, Priscilla Freire.

Fotografia
A exposição "Primavera" também acontecerá durante o Gardênia's Day, organizada pela Associação Potiguar de Fotografia (Aphoto). Podem participar sócios ou simpatizantes com até três fotos (tamanho 20 x 30) numa cartolina preta (deixando bordas de 5 cm). As fotos devem ser deixadas no Practical Cursos (Rua Laranjeiras, 14, Cidade Alta. Por trás da Igreja do Galo) até o sábado pela manhã.

Fundação da Bamba
Ainda durante o evento, será criada oficialmente a entidade Boêmios Amigos do Beco da Lama e Adjacências (Bamba). A intenção é de luta pela preservação do Centro Histórico de Natal. Para tanto, um livro coletará dos boêmios sócios fundadores da entidade, assinaturas que endossarão sua Ata de Fundação. O passo seguinte da entidade será a realização de assembléia de associados, para a aprovação de estatutos. A data da assembleia ainda não está marcada. Redigida a Ata de Fundação e eleita uma diretoria provisória de forma democrática e no dia do evento, para um período inicial de seis meses, o Livro tomará as assinaturas. O passo seguinte caberá a essa diretoria provisória, que ficará incumbida de preparar uma minuta de Estatutos e convocar uma assembléia para a aprovação dos mesmos.

Samba
A Bamba se junta à Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (Samba) e aos frequentadores e entusiastas do Centro Histórico na tentativa de ressuscitar aqueles chãos boêmios e culturais e resgatar o prestígio e freqüência do Beco da Lama. O próprio Eduardo Alexandre, o Dunga, presidiu a Samba – hoje comandada pelo publicitário e vídeomaker Augusto Lula – por três anos e promoveu festas como Carnabeco (durante o sábado de Carnatal), Cabaré Night Beco, Réveillon do Beco, a Lavagem do Beco, entre outros eventos, além do lançamento do jornal O Beco.

* Parte desta matéria foi publicada nesta sexta-feira no Diário de Natal (foto do amigo Alex Gurgel)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O cinema perto de você


As novas tecnologias têm transformado a forma de ver o mundo. Não só novos conceitos são formados. A estética também recebe a cada dia novas molduras, seja na arte chamada contemporânea ou em novas definições de imagem. E a conceituada sétima arte não podia ficar de fora. O cinema acompanha a evolução da humanidade e o progresso tecnológico desde o século 19. Da apresentação do cinematógrafo pelos irmãos Lumiére, a produção cinematográfica galgou mais de 100 anos de experiências e histórias até alcançar a nova onda: as projeções de filmes com tecnologia tridimensional, o chamado 3D.

A novidade chegou em Natal sem alarde. A própria Rede responsável pela instalação e forte investimento na nova tecnologia preferiu economizar no marketing. Poucos natalenses sabem que há uma sala de cinema 3D no Shopping Midway. E com filme em cartaz desde 6 de novembro: a aventura Os Fantasmas de Scrooge, com Jim Carrey e Gary Oldman no elenco. O curioso é que o longa é uma adaptação de um conto natalino escrito há mais de um século por Charles Dickens. Quase na mesma época em que o cinema botava a cara no mundo. Já foi filmado, inclusive, em preto e branco e hoje recebe a mais avançada tecnologia disponível no mercado.

Outro motivo para a procura ainda tímida da sala 3D da Rede Cinemark é o preço do ingresso. Os valores são acima da média. Variam entre R$ 15 e R$ 22, conforme o dia da semana. Segundo funcionários da Rede (desautorizados a darem opiniões a respeito), a procura tem sido crescente. Diante da falta de propaganda, o “boca-a-boca” tem sido responsável pela divulgação e procura das salas. Segundo a organização do Cinemark em São Paulo, a previsão das próximas estreias, para dezembro, será a ficção Avatar (do diretor James Cameron, o mesmo de Titanic) e o terror Premonição 4.

Apesar do nível tecnológico mais avançado, os óculos ainda são necessários. Em vez das lentes azul e vermelha, uma versão escura para a tela prateada (Silver Screen). As lentes especiais e a distância entre os dois olhos fazem com que vejamos a mesma coisa sob ângulos diferentes. Com base nessas duas imagens vistas por cada olho, o cérebro nos engana e forma uma terceira imagem, proporcionando a profundidade da cena através da terceira dimensão. Essa tecnologia em Real D permite uma melhor noção de profundidade que a anterior. É um novo padrão. A dica é sentar o mais longe possível para a imagem parecer mais real ou “fora da tela”.

O Cinemark reservou a Sala 6 do Midway para o 3D. A capacidade é para 315 pessoas bem acomodadas. O investimento na montagem da projeção em 3D foi de 400 mil. Natal é a segunda cidade do Nordeste e a 40ª do país a receber a nova tecnologia. As salas em 3D estão espalhadas em 21 cidades brasileiras. O Cinemark lançou a primeira sala de cinema em 3D da América do Sul: no Shopping Eldorado, em 2006. Segundo dados da empresa, em 2008, foram cerca de 28 milhões de espectadores para assistir aos filmes brasileiros e estrangeiros, gerando uma receita bruta de cerca de R$ 370 milhões.

E depois do 3D?
A estimativa de especialistas é de que em dez anos o cinema 3D chegue às residências e o cinema precisará dar outro passo à frente. A tendência já experimentada é o IMAX - uma tecnologia que nenhum aparelho de entretenimento doméstico poderá reproduzir. Por motivos simples: as telas são gigantes. Se o cinema é chamado de telona pelas dimensões convencionais de 12 metros por 5 metros, o IMAX tem como padrão telas de 22 metros por 16 metros.

Além do tamanho, o IMAX promete levar o telespectador para dentro do filme. Esse efeito é criado pela combinação da projeção gigante, tela com maior curvatura, sistema de som digital sorround sound mais potente (mais que o dobro de uma sala comum) e ambiente montado de forma geometricamente favorável. O sistema chamado Rolling Loop torna o efeito 3D ainda mais real.

Segundo o site Idgnow, atualmente existem mais de 300 salas IMAX distribuídas em 40 países. Cerca de 60% delas estão nos Estados Unidos. Apenas 40% das salas ficam em shoppings ou centros comerciais. O restante está dentro de museus e centros científicos. No Brasil, a única sala equipada com IMAX foi inaugurada em 16 de janeiro, no Unibanco Arteplex do shopping Bourbon, em São Paulo.

O Unibanco Arteplex informou ao site Idgnow que a taxa de ocupação da sala IMAX se mantém em 90% e representa 50% do faturamento do complexo. O ingresso cobrado é no valor de R$ 30. O orçamento da sala Unibanco IMAX foi de 6 milhões de reais, incluindo equipamentos e a estrutura da sala.

Sala 3D no Cinemark Natal
Segunda, terça e quinta-feira: R$ 17
Quarta-feira: R$ 15
Sexta, sábado, domingo e feriado: R$ 22

* Matéria publicada no último domingo no Diário de Natal

Para lembrar: Cony e Antônio Torres daqui a pouco

Só para lembrar: Os escritores Carlos Heitor Cony e Antonio Torres estarão ‘Conversando sobre o povo brasileiro’ na noite de hoje a partir das 19h30, no hotel Vila do Mar. O evento marca os seis anos do programa televisivo ‘Espaço Cidadão’, apresentado toda segunda-feira, 21h30, na Tv União, canal 22 da Cabo, pelo cientista político Robson Carvalho.

A Erva do Rato estreia nesta sexta


Nesta sexta-feira estreia o drama nacional A Erva do Rato, de Júlio Bressane. O filme entra em cartaz no Cine Cult da Rede Cinemark no Midway. Até 3 de dezembro, às 14h, o espectador poderá assistir ao filme pagando R$ 7 (inteira) e R$ 3,50 (meia) pelo ingresso, em qualquer dia da semana – incluindo sábado, domingo e feriado. O filme funde dois elementos dos contos A Causa Secreta e Um Esqueleto, de Machado de Assis: a relação do homem com a morte e a incompreensível relação que estabelece com os animais. Ele (Selton Mello) e Ela (Alessandra Negrini) caminham por um cemitério à beira-mar. Os pronomes são seus nomes. Ela, professora, com o pai morto há apenas três dias, não tem mais ninguém no mundo. Diante de tal situação, Ele se propõe a cuidar dela enquanto for vivo. Este é o início de uma estranha relação.

Declamações poéticas

A poetisa Marize Castro presenteia seus leitores com alguns poemas de seu último rebento - Lábios-espelhos, lançado na livraria siciliano no início do mês - declamados em boa voz. Para escutar, o link: www.mudernage.com.br

Premiados do 4º Rock Potiguar

Infelizmente também não pude comparecer à festa de premiação do 4º Rock Potiguar. Até concorria como melhor jornalista na cobertura de rock. Meu lamento foi muito mais pelas atrações que perdi do que pela desfeita em, de repente, ser premiado e estar ausente. Tinha lá minhas certezas de alguns vencedores, mais especializados. Pensei em Alexis e Hugo Morais, primeiramente. Depois em Tádzio. Mas eis que me vem a surpresa da colega Ramilla. Parabéns, boy! Para quem não sabe, é a segunda premiação da moça em 2009. A outra foi a segunda colocação no disputado Prêmio Via Livre de Jornalismo. Ademais, outros parabéns à organização do evento e à galera do Calistoga que papou quase tudo.

VENCEDORES – 4º PRÊMIO ROCK POTIGUAR

Melhor site de banda de rock do RN em 2008
www.osbonnies.com.br

Melhor produtor cultural rock do RN em 2008
Anderson Foca

Melhor jornalista cultural rock do RN em 2008
Ramilla de Souza

Melhor produtor musical rock do RN em 2008
Dante Augusto

Melhor Música rock do RN em 2008
Get Together (Calistoga)

Melhor letrista / compositor rock do RN em 2008
Dante (Calistoga)

Melhor CD/EP de banda rock do RN lançado em 2008
Calistoga – “Normal’s People Brigade”

Melhor instrumentista de percussão rocker do RN em 2008
Fernando Gomes (Calistoga)

Melhor instrumentista de cordas rocker do RN em 2008
Henrique Geladeira

Melhor vocalista rock do RN em 2008
Dante Augusto (Calistoga)

Melhor banda rock do interior do RN em 2008
Sertão Sangrento

Revelação musical rock do RN em 2008
Camarones Orquestra Guitarrística

Melhor show de rock realizado no RN em 2008
Torture Squad (Festival Dosol)

Melhor banda rock do RN em 2008
Calistoga

Tuitando com Chico Moreira Guedes

chicomgue Sinal dos tempos: Recebi 1 msg do Unibanco dizendo: "Meditar é preciso:e possível", c/símbolo do OM. Focarei no vazio cósmico de minha conta

Na província de muros baixos


Luzes da ribalta reacenderão amanhã no lançamento do livro Belle Époque na Esquina. O escritor Tarcísio Gurgel resgatou pedaços de uma Natal perdida nos porões da memória; suja pela poeira do tempo. É trabalho minucioso de 400 páginas de reminiscências históricas. Um relato escrito sob o olhar modernista do escritor ao mirar a paisagem da província de muros baixos, que se descortinava aos novos valores estéticos da Belle Époque francesa. O lançamento literário será no charmoso e oportuno jardim do Palácio Potengi, Cidade Alta, a partir das 18h.

O desuso gradativo da ribalta é metáfora. Passada as duas primeiras décadas do século 20, Natal afasta, pouco a pouco, o glamour de uma nova era renascentista eclodida na capital do mundo: Paris. A Belle Époque teve início em fins do século 19. Natal era iluminada por lampiões. Mas veria a chegada de uma nova luz revolucionária de costumes, hábitos e produção intelectual. Um alicerce cultural sintomático de uma cidade desde sempre aberta às novidades do Atlântico e receberia, décadas depois, uma cachoalhada americana na matutice cosmopolita natalense.

A nova estética mundial chega à cidade na velocidade das charretes puxadas a cavalos. É trazida por líderes de oligarquias prósperas. Intelectuais de contato com o mundo fora dos muros da província e com o perfume parisiense já espraiado em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. São jornalistas, escritores e políticos da estirpe de Manoel Dantas, os Albuquerque Maranhão, Juvenal Lamartine, Eloy de Souza e o arquiteto mineiro Herculano Ramos – nosso primeiro Giácomo Palumbo – responsável pela implementação eclética em Natal – pela art noveau – que tomava de assalto as fachadas do mundo.

Esse clima vanguardista e de certa euforia sócio-literária – sobretudo pela classe mais abastada, como o “principado do Tirol”, liderado por Câmara Cascudo – é retratado no livro de Tarcísio Gurgel. O acervo iconográfico também é rico e raro. Assim também são algumas informações, pesquisadas durante cinco anos para a elaboração da tese de doutorado do escritor. A linguagem do livro, embora escorregue em recuos acadêmicos e notas explicativas, é didática e detém ainda o talento ficcionista de quem já escreveu Os de Macatuba (2008).

O despertar da ideia de elaboração da tese de doutorado surgiu da lembrança de ensaios publicados por Tarcísio na década de 80, na então revista literária O Galo, à época editado pelo escritor Nelson Patriota. O fato descrito é a metáfora perfeita do rompimento do conservadorismo vivenciado em Natal até a chegada avassaladora da vanguarda modernista da Belle Époque. O jovem ensaísta Antônio Marinho reivindicava a poesia moderna e criticava o atraso da poética potiguar em relação ao mundo. Basta lembrar que em mais alguns anos, seria promovida a Semana de Arte Moderna de 1922, em Sampa.

O bode expiatório das críticas de Antônio Marinho era (talvez o nosso primeiro) poeta Segundo Wanderley. A ousadia de Marinho recaiu em ensaio publicado também no jornal A Tribuna – o mesmo em que colaborava Segundo Wanderley. Nessa época, lembra Tarcísio, a cidade era tão inexpressiva que o historiador Rocha Pombo registrou um costume da época, ao se perguntar por Natal: “Natal? Não há tal”, era a resposta. “Daí a motivação de filhos bem nascidos, mandados a estudar fora e em contato com as novidades e o ideário político que redundaria na proclamação da República. Eram ideias em fermentação desde a Revolução Francesa”, afirma o autor.

Essa vontade de modernizar e colocar Natal na onda vanguardista da Belle Époque, trazida por jovens idealistas da futura oligarquia da cidade, resultou em surto desenvolvimentista de Natal. “Houve mudanças não só no bom gosto nas relações interpessoais, mas modernização, implementação de atividades sanitárias, criação de novas definições urbanas e de novo bairro: a Cidade Nova, desmembrada em Petrópolis e Tirol, para onde as famílias mais aquinhoadas migraram, além de certa preocupação com a estetização da vida. As pessoas despertaram para esse novo olhar e perderam um pouco o provincianismo”, observa Tarcísio.

Prefácio de Sanderson Negreiros
Além de velejar sobre o mar de uma Natal esquecida, o livro traz ainda participação luxuosa de Giovianni Sérgio (fotografia da quarta capa), colaboração iconográfica do pesquisador Anderson Tavares, orientação do professor Humberto Hermenegildo, e colaboração dos jornalistas Woden Madruga (orelha), Vicente Serejo (posfácil) e Sanderson Negreiros (prefácio).

Este último produziu um texto irretocável a respeito da volta do ex-governador e “príncipe” da Natal parisiense, Alberto Maranhão a Natal. Corriam os anos de 1948 e 1949. Foi encontrado pelo professor Alvamar Furtado em sorveteria na estreita Avenida Duque de Caxias, na Ribeira. Era a imagem “de um velho retrato”, solitário. Sequer acompanhado de algum ex-fiel funcionário, como a atriz decadente do filme Crepúsculo dos Deuses (1950).

Assim, Sanderson descreve Alberto Maranhão, décadas depois do boom renascentista vivido em Natal: “(...) no olhar a paixão de estar só, de não conhecer mais ninguém, senão a de observar na tarde da Ribeira a certeza de que seu tempo áureo havia sucumbido; que o declínio havia permitido que a cidade continuasse no itinerário do seu chão, ainda recoberto de pobreza e falta de traços urbanos novos, e que todo o ciclo de vida para ele havia completado seu destino de estar só e desconhecido”.

Lançamento literário – Belle Époque na Esquina
Autor: Tarcísio Gurgel
Quando: Amanhã, às 19h
Onde: Jardins do Palácio Potengi (Cidade Alta, vizinho à Assembléia Legislativa)
Quanto: R$ 60

* Matéria publicada, em parte, nesta quinta-feira no Diário de Natal

Tuitando com Serguei

sergueirock Fizeram um filme sobre o Lula. Se quiserem fazer um sobre mim, quero que a Amy Winehouse interprete a Janis.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Transar agora é lei

Nova sessão inaugurada neste blog: Dos Tempos que Tinha Tempo. Pois é, ainda sem tempo para minhas, até então, rotineiras crônicas semanais, publicarei aqui, vez ou outra, meus velhos escritos:

Transar agora é lei

Pois é. Parece brincadeira, mas o que nos tempos das anáguas chamavam de “fazer amor”, agora é lei; obrigação prevista no Código Civil Brasileiro. Saiu até em matéria publicada na Folha de São Paulo. A advogada Regina Beatriz Tavares, 44 anos, afirmou que o cônjuge ou o companheiro que se recusar a ter relações sexuais pode ser condenado judicialmente e indenizar o outro. Para a dita advogada – que provável e literalmente deva ter ficado na mão – transar é uma obrigação matrimonial.

A comparação talvez seja impertinente. Normalmente é. Mas minha profissão é a que escolhi por livre espontaneidade. Gosto, trabalho com prazer. É quase orgásmico, às vezes. Claro, se dependesse de mim, faltaria alguns expedientes. O pior é o acordar cedo. Todo dia às 6 da matina. Bom, minha mulher também escolhi sem pressão alguma, e… é por aí. Já imaginou acordar mais cedo pra… “transar”. Sim, porque toda obrigação, por mais prazerosa, torna-se sacrilégio mais das vezes. Quando estagiário é preciso mostrar serviço, mas com alguns anos de profissão a conversa é outra.

Diante da referida lei 15.209, imagino o fim daquele ato sublime durante as madrugadas. Os toques iniciais, sem compromisso; o prazer mútuo, sem preocupação com as horas; os sentimentos à flor da pele; os corpos unidos pelo simples impulso do amor… Mas agora é lei! Se a tal obrigação for executada durante o período matinal, o “companheiro” (o que é isso?) de certo guardará energias para cumprir o dever de marido no dia seguinte. E se a dileta esposa encostar suave em seus cabelos durante a madrugada… “Só amanhã, agora!”.

Sem propósito direto, a lei que substitui o xaveco nas madrugadas ou a rapidinha no elevador da repartição pode também inibir a traição. Claro, qual o marido cinquentão vai arriscar uma escapada estratégica e sem obrigação, para depois encarar mais um dever de casa? Aos jovens atletas sexuais, vale ressaltar: a lei não prevê
“umazinha” por dia. A obrigação é quando a esposa requerer os serviços. Se chegar de cabelo molhado e com um indisfarçável sorriso de Monalisa no rosto, o bolso pode ficar mais pesado. É indenização na certa. E mais vale um dinheiro mal pago que recorrer de uma sentença tão humilhante.

Mas, olhemos por outro lado. A legislação brasileira, das mais avançadas do mundo, pode conseguir pôr fim às dores-de-cabeça repentinas da esposa. Ora, a lei também vale para os homens. Portanto, o anador posto na mesinha de cabeceira da cama agora é o Código Civil Brasileiro, com a fadada lei grafada em cores berrantes. Não é só a mulher que pode ligar para um disque-denúncia contra maridos enfadados ou cobrar orgasmos atrasados na Justiça. Na quarta democracia do mundo, a lei vale para todos. Ou pelos menos para os casados, na dor e na doença; na alegria e na tristeza. Amém.

Tuitando com Carlos Fialho

cfialho O que mais me impressionou na declaração do pres da FUNCARTE é que ele está andando. Eu pensava que o órgão estava parado.

Sumiu R$ 200 mil da Câmara Municipal (?)

O ex-vereador petista Fernando Lucena acabou de afirmar em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, na TV Nominuto, que o presidente da Câmara Municipal de Natal, Dickson Nasser comprou um jardim para a Casa ao valor de R$ 200 mil e ninguém vê jardim na Câmara.

Essas palavras foram ditas em meio a outro assunto questionado por Diógenes e passou em branco pelo jornalista. Mas a denúncia é seríssima. Por muito menos muitos parlamentares foram execrados pela mídia. Acho que o Ministério Público e a imprensa podiam investigar melhor essa denúncia que, claro, pode não passar de engano.

Novo filme de Almodóvar


O longa Abraços Partidos, mais recente produção do cineasta Pedro Almodóvar, entra em cartaz nos cinemas brasileiros no próximo dia 4.

Protagonizado por Penélope Cruz - lógico - o filme traz a atriz como uma mulher - lógico - pela qual dois homens estão loucamente apaixonados: seu marido magnata e um diretor de cinema paralisado por uma cegueira acidental.

Este é o 17º longa do diretor e o primeiro protagonizado por Penélope após vencer o Oscar. Antes de entrar em circuito comercial no Brasil, Abraços Partidos foi exibido na programação da 33ª Mostra Internacional de Cinema de SP.

Penso, logo desisto

O artista plástico Fábio di Ojuara disse muito antes que "toda merda agora é arte". É a cultura fedorenta das mentes e palavras da contemporaneidade.

Diploma de jornalista x Exame de Ordem do advogado

Abaixo, a opinião-protesto do professor e jornalista Francisco Duarte, corroborada pelo blogueiro, e, mais abaixo, o texto de autoria de Werbert Benigno de Oliveira Moura a respeito do tema:

Abaixo o exame de ordem!
Abaixo a exigência do diploma para ser advogado!
Afinal, os iluminados bacharéis em direito do STF já decidiram que para ser jornalista não é preciso formação, e já prenunciaram que para outras profissões também será desnecessário, então por que o mesmo princípio não pode se aplicar à advocacia, ao direito??...
Eu, por exemplo, me acho mais preparado que muitos advogados que, como o autor do texto abaixo, comete erros crassos e agride à gramática sme dó nem piedade!!
Assim, repitamos: abaixo o exame da ordem!! Abaixo a exigência do diploma para ser advogado!!
Eu posso me defender e defender aos outros sem cobrar nada por isso!! Quero esse direito que me é inerente!! Quero esse direito que é inerente à pessoa humana!! Quero o meu direito de eu mesmo me defender, mesmo correndo o risco de me prejudicar!! Se eu me prejudicar, o problema é meu, mas eu quero o meu direito!! Eu quero o meu direito!!

Por Werbert Benigno de Oliveira Moura*

Dia 25 de Outubro de 2009. Data que vai ficar marcada para sempre em minha mente e na mente de muitos colegas bacharéis que, como eu, se submeteram ao Exame da Ordem 2009.2 e optaram por Direito do Trabalho.

Naquele dia ao abrir o caderno da prova, me deparei com aquele nome... “José”. Ao ler a questão, tentei seguir as orientações que os cursinhos pelos quais estudei me ensinaram: “primeiro identifique a peça, depois vá direto para as questões”, disse um professor de um desses cursinhos.

Tentei fazer o que eles me orientaram, mas um magnetismo me atraía para aquela questão... duas horas se passaram e nada, não conseguia decidir se José tinha ou não estabilidade, se já tinha ou não gozado suas férias, se aquele auxílio doença era ou não acidentário ou ainda se provinha de doença decorrente do trabalho.

Uma coisa tinha certeza naquele momento, para qualquer lado que seguisse teria que necessariamente, inventar dados, presumir algo que a questão não identificava e que não trazia com clareza. Não hesitei, vou fazer o melhor para o meu cliente. Optei por inquérito judicial cumulado com consignação em pagamento. Não tinha dúvida, tinha acertado a peça, não poderia ser diferente, José era estável e não poderia ser dispensado de qualquer forma. Afinal, a empresa estava preocupada justamente com a sua rescisão, com baixa na CTPS e conseqüentemente com a mora.

Terminei a prova aos 45 minutos do segundo tempo. Quando saí de sala, comecei a observar alguns colegas afirmando e argumentando: “Era um Inquérito Judicial dizia uma menina que saiu da sala vizinha; outro disse não! Na verdade era uma RT, tava na cara. Aí chegou a terceira e disse que tinha feito ACP... vocês não viram a palavra mora... argumentava”.

Depois daquela cena não raciocinei mais, ninguém sabia dizer ao certo qual a peça mais adequada para aquele problema. Sinceramente, queria descobrir o porquê que eu não poderia acertar um simples problema de uma prova de exame de ordem, prova esta que passei noites estudando para conseguir enfim, exercer a profissão tão sonhada desde os meus 11 anos. Ser advogado.

Passei a noite arrasado. Não consegui comer, assistir televisão, enfim só pensava em “José”. Aí veio a parte mais frustrante; familiares que acreditavam em mim e na minha capacidade, ligaram fazendo perguntas que até hoje não saíram de meus ouvidos: “como foi à prova... já podemos chamá-lo de advogado?”.

Os dias foram passando, a angustia foi aumentando, a casa da justiça não divulgava uma nota sequer sobre o meu problema. Achava que estava só. Buscava auxílio nos blogs especializados sobre o assunto. Não queria acreditar, que a resposta correta, era ACP. Mais aí apareceu uma luz no fim do túnel. Jovens irresignados com a questão começaram a se movimentar, se uniram em prol de uma causa. A esperança naquele momento começou a ressurgir. Assinei o manifesto, meu número foi o 292.

Neste espaço reencontrei não só “José”, mais Alexandre, Vanessinha, Rafaela, Fausto, Aline, J. Tanios, Carol, Thiago... Hoje somos mais de dois mil lutando por uma causa maior, cada um com sua parcela de contribuição: uma conversa com um amigo influente, um pedido de ajuda, um contato com os meios de comunicação. Como lema adotou-se o “vamo q vamo”, assim mesmo, porque nossos encontros são virtuais e além do que estamos treinando para recursos administrativos que não podem ultrapassar os “mil caracteres”.

Já nos taxaram de tudo neste um mês de luta. Burros, egoístas, de pessoas sem qualificação, de bachareizinhos....

De tudo o que ouvi e li o que mais me marcou foi o que um conselheiro da OAB/DF, entrevistado por um advogado especialista em exame de ordem, disse: “OAB não vai anular prova alguma, em que pese algumas solicitações de alguns presidentes de seccionais. A Ordem viu o movimento contra a prova trabalhista como um desafio à legitimidade do Exame e jamais permitirá que sua autoridade seja questionada.”

Data vênia, senhor conselheiro, nós, membros do movimento, em nenhum momento estamos questionando a legitimidade do Exame de Ordem. Estamos sim, lutando para que uma questão mal formulada, seja anulada. Tudo em nome da mais lídima justiça. Simples assim.

Ao ler as palavras daquele conselheiro me lembrei dos anos negros da ditadura, mais precisamente 1968, quando o deputado federal Márcio Moreira Alves, proferiu um discurso, pedindo ao povo brasileiro que se manifestasse, boicotando as festividades do dia 07 de setembro. Naquela época o governo solicitou ao congresso que licenciasse aquele deputado, para que o mesmo fosse processado. Como isto não ocorreu, o governo militar baixou o AI 5, fechando o congresso, tudo isto para não ter a sua “legitimidade e autoridade questionada”.

Uma coisa é certa, não devemos ter este pensamento, pois ele encontra-se em um liame muito próximo do autoritarismo e a história provou quem estava certo. Com certeza não era o governo.

Por fim, estamos aqui na batalha, vencendo nossos próprios medos, lutando por justiça e, crendo que no dia 04 de dezembro de 2009, nove dias antes do AI 5 completar 41 anos, um conselho formado por homens e mulheres da justiça, entenda de uma vez por todas que, o que o movimento pleiteia, é simples, a anulação da questão prático profissional, por entender que “para uma pergunta errada, não existe resposta certa”.

* Bacharel em Direito – Prós graduando em Direito Administrativo e Gestão Pública, atualmente é Presidente da Comissão de Gerenciamento e Execução de Contratos da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte

Defenestração funcarteana

"(Michelle Ferret) Está coberta de razão. Tirem esse camarada o mais cedo possível da cadeira onde ele está fazendo as suas coisas (vôte!). Manifestem-se – aqui mesmo -, façam abaixo-assinado, “trabalho de macumba”, consigam um kit semanal de produtos Avon de graça para Micarla em troca da imediata defenestração desse Rodrigues que está envergonhado Natal. AVANTE, turma!"

Do poeta Fernando Monteiro, no Substantivo Plural de Tácito Costa, engrossando o coro do manifesto a favor da saída de Rodrigues Neto da presidência da Funcarte.

A independência cultural do Mercado


O título acima foge totalmente de assuntos relacionados à bolsa de valores ou sistemas de mercado financeiro. Trata mesmo é da cultura. E quase que independente. Produzida por idealistas, permissionários da crença de que há vida cultural longe dos shoppings. A partir das 14h de hoje, o projeto Quarta Cultural – no Mercado de Petrópolis – mostra pela oitava vez a possibilidade de realização e organização da sociedade civil e da classe artística. E promove mais um evento repleto de atividades culturais femininas. É que o projeto fará homenagem à mulher a partir de uma das nossas divas: a cantora Glorinha Oliveira.

Haverá ainda a performance poética de versos vociferados, por Mariana Flor e seu Esboço Mulher; shows musicais de Luciane Antunes e Lene Macedo; relançamento do livro Escrituras Sangradas, da escritora e poetisa Civone Medeiros; exposição fotográfica de Fábio Pinheiro; instalação poética pelo Coletivo AME, mais a feiras de sebos, artesanato e antiquários tradicionais do Mercado de Petrópolis. Os shows musicais começam a partir das 18h30 e prosseguem até às 22h. As exposições e feiras têm início às 14h. Afora as demais atrações comerciais do mercado, abertas desde a manhã.

Nesta oitava edição, o Quarta Cultural recebeu apoio da prefeitura de Natal. Apesar do nome do projeto, a Fundação responsável pela gerência cultural da cidade sequer levantou a voz. A iniciativa partiu da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde). Ainda assim, tímida. Apenas o auxílio nos custos de impressão gráfica e divulgação no metier turístico de Natal. “É um apoio inicial que abre boas perspectivas para o futuro. E o interesse partiu deles, do departamento de eventos da secretaria. Isso serve para medir a diferença de mentalidade da Seturde e da Funcarte”, reclamou Nelson Marques, do Cineclube Natal – um dos permissionários do Mercado.

Falta de apoio
Sem maiores patrocínios financeiros, o Quarta Cultural – que acontece a cada última quarta-feira do mês – sobrevive praticamente do voluntarismo dos artistas e do idealismo dos organizadores. O preço dos cachês é simbólico. Cada artista recebe R$ 50, pagos por dois permissionários. “O valor não é correspondente ao talento dos artistas que se apresentam. Claro, há a divulgação dos artistas na mídia. Mas é pouco. Queremos profissionalizar o evento. Mas sem patrocínio é impossível”, lamenta Nelson Marques.

O cineclubista acha improvável o patrocínio municipal via Funcarte. Segundo ele, outro projeto já foi aprovado na instituição e a verba continua travada. “Aprovamos a ideia de nomear as sete ruas do Mercado com patronos ligados às sete artes nobres da cultura da cidade. Faríamos uma semana de atividades relacionadas à literatura, outra ao cinema, outra às artes plásticas... A Prefeitura patrocinaria apenas os banners, as placas das ruas e a divulgação: um custo estimado em R$ 3 mil. Até agora, nada”. E conclui: “É deprimente a situação por que passa a Capitania”.

Esboço Mulher
Poeta de essência, encantada por palavras, sonoridades e sentidos, Mariana Flor leva ao Mercado de Petrópolis toda sua sensibilidade, recitando poemas de diversos períodos de seu exercício poético, alguns com mais de dez anos, outros recém-chegados, numa seleção panorâmica de sua obra, apresentada hoje a partir das 18h30 no Quarta Cultural.

Sem nenhuma publicação física do seu trabalho, Mariana aposta na reverberação de seus versos pela voz, como sendo o meio ideal para fazer seu imaginário chegar ao público. Para tanto, desenvolve performances que se moldam de acordo com as experiências, e para selar suas intenções, muitas vezes utiliza objetos que ela mesma cria para presentear quem a prestigia.

Não faltará o olho-no-olho, a poesia e os mimos (artefatos que cria) de sua semiótica transcendente, lúdica, profunda e única. Com poemas que traduzem seu universo interior e suas percepções do mundo, Mariana Flor mostra todo o seu amor e fascínio pela existência e pelos versos.

Quarta Cultural do Mercado de Petrópolis
- Onde: Mercado de Petrópolis (próximo à Praça das Flores)
- Data: Hoje
- Programação:
Às 14h: feira de artesanato e antiguidades;
Às 18h30: shows musicais e apresentações culturais

* Matéria publicada hoje no Diário de Natal

Da animação à realidade

O que acontece quando os personagens clássicos das animações de Walt Disney se transportam, à realidade cinza do cotidiano de uma grande cidade como Nova Iorque? O cenário já foi contado no filme Encantada (2007) – um delicioso e moderno conto de fadas voltado ao público infantil. Mas nada como um espetáculo de dança clássica, adaptado a partir da linguagem cinematográfica para embelezar o palco do Teatro Alberto Maranhão com apresentação livre, aberta a crianças e adultos.

Encantada é o nome do 13º espetáculo apresentado pelo Studio Corpo de Baile no mês de novembro como encerramento de suas atividades anuais. Será mais uma vez no TAM, em sessões de quinta a domingo. Na quinta e sexta-feira, sessão única às 19h30. No sábado e domingo, sessões duplas, também às 16h30. Serão mais de 350 bailarinos no palco. Todos eles das companhias da Escola: a Domínio Cia de Dança, o Grupo Clássico, a Trupe de Sapateado, mais as alunas da Escola e mães convidadas.

O enredo conta a estória de Gisele, uma bela princesa banida do mundo mágico e musical por uma rainha malvada até a Nova Yorque dos dias atuais. Logo ela recebe ajuda de Robert, um advogado divorciado por quem se apaixona. Só que Gisele está prometida em casamento para o príncipe Edwart, que decide também deixar o mundo mágico para reencontrar sua amada.

A direção geral do espetáculo é de Anna Thereza Miranda, com roteiro e adaptação de Rubens Barbosa e Charles Sales. Este ano, a apresentação conta com a colaboração do professor e coreógrafo Roosevelt Pimenta, com trabalho concebido especialmente para a abertura. Segundo o roteirista Rubens Barbosa, o espetáculo é moderno e essencialmente musical, com músicas atuais (de Madonna a Frank Sinatra). “É o resultado de um trabalho grandioso, pensado durante meses”, conclui a diretora Anna Thereza.

* Matéria publicada hoje no Diário de Natal

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Homem de Ferro 2


Por Arianne Brogini
No Uol Cinema

E finalmente apareceu mais uma imagem de Homem de Ferro 2. E que imagem! A revista inglesa Empire coloca o Gladiador Dourado na capa de sua próxima edição e promete serviço completo sobre o longa que estreia em 2010.

A história será mais um passo que levará vários personagens do universo Marvel a se unirem no futuro. Quando isso acontecer, Homem de Ferro, Capitão América (com filme em 2011) e Thor (2011 também) vão formar o supertime Os Vingadores. Este longa tem previsão de estreia para 2012 nos EUA.

Homem de Ferro 2 tem novamente Jon Favreau na direção. Robert Downey Jr. retorna como Homem de Ferro/Tony Stark, Mikey Rourke será o vilão Chicoto Negro e Gwyneth Paltrow é de novo Peper Potts. O longa tem data de estreia de 30 de abril de 2010 no Brasil.

Comentário: Tinha ouvido comentários de que Homem de Ferro 2 viria em formato 3D. Deve ter sido engano. Se alguém souber algo relacionado, favor informar.

Roque Santeiro será filmado em 2010

Por Alessandro Giannini
editor de Uol Cinema

Com Lázaro Ramos, Fernanda Torres e Antônio Fagundes encabeçando o elenco, "Roque Santeiro" será rodado entre junho e julho de 2010. E deverá ter a participação especial de Lima Duarte, Aílton Graça e Chico Anysio.

Regina Duarte (viúva Porcina) e Lima Duarte (sinhozinho Malta), em cena da novela "Roque Santeiro"

As informações foram dadas pelo produtor executivo do filme, o alemão Hank Levine, em entrevista exclusiva ao UOL. "Pode ser um pouco antes ou um pouco depois", disse Levine. "Tudo vai depender."

Na verdade, está tudo condicionado à captação de verba para fechar o orçamento, que gira em torno dos R$ 7,5 milhões. Até o momento, foram captados R$ 4,5 milhões, incluindo prêmios de concursos públicos.

Levine disse estar surpreso com a dificuldade de captar dinheiro para um projeto como esse. "Foi um sucesso nacional e as empresas não se interessam, mesmo sabendo que não vão colocar a mão no bolso", disse ele. "De qualquer forma, esse período de fechamento fiscal é quando ficaremos sabendo o que vai acontecer."

Um dos maiores sucessos da televisão brasileira, "Roque Santeiro", de Dias Gomes, nasceu como peça de teatro, "O Berço do Herói", transformou-se em novela na Rede Globo, foi proibida pela censura em 1975 e retomada pela emissora em meados anos 80. Com Lima Duarte, Regina Duarte e José Wilker, foi campeã absoluta de audiência durante o período em que foi exibida.

Na nova versão, Ramos será Roque Santeiro; Fernanda a viúva Porcina e Fagundes o sinhozinho Malta. Lima Duarte, que viveu o fazendeiro rico e corno na primeira versão da novela, fará uma participação como delegado. Aílton Graça será o Beato Salu e, se o personagem for confirmado, Chico Anysio será o cego Jeremias.

"Roque Santeiro" terá direção de Daniel Filho ("Se Eu Fosse Você 2") e roteiro de Aguinaldo Silva ("Prova de Fogo"). E será rodado todo em locações em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Nordeste - onde a história é ambientada.

Do adeus silencioso

Quis segurar o crepúsculo de hoje. Ainda temo a noite, a volta pra casa. A solidão costumeira e solidária hoje é tormenta. Tento esquecer a data tão festejada em anos anteriores: Aniversários comemorados de maneira simples, como foi meu pai. Em 13 de janeiro completa um ano sem ele. Mais triste é a lembrança sem adeus, sem uma palavra sequer. O câncer maldito entregou ao meu pai seu destino mais indesejado. Morreu sem voz, sem lágrimas, sem me ouvir, sem me ver. Talvez um minuto de pressa e veria seu último suspiro. A dor daquela ausência me persegue; é companhia rotineira. Hoje seriam 62 anos vividos. De uma vida que poderia ainda ter sido, restaram mais algumas horas deste dia silencioso, alguns minutos de lágrimas e minha eterna saudade.

Cine Mais Cultura - inscrições abertas

Reclamar é fácil. As inscrições para o Cine Mais Cultura RN estão abertas desde muito tempo e a procura tem sido praticamente nula. O prazo acaba em 1º de dezembro.

Podem participar Associações, Pontos de Cultura, Bibliotecas Comunitárias e Sindicatos.

O Cine Mais Cultura é uma ação do Programa Mais Cultura para promover o acesso da população a obras audiovisuais e apoiar a difusão da produção audiovisual brasileira por meio da exibição não comercial de filmes.

A prioridade é atender localidades rurais e urbanas que não possuem cinema, localizadas nos Territórios da Cidadania e nas periferias dos grandes centros urbanos.

No Rio Grande do Norte, serão selecionados 20 Cines Mais Cultura, com investimento de R$ 300 mil - 66% recursos federais e 33% contrapartida do estado.

Podem participar do edital entidades privadas sem fins lucrativos que desenvolvam ou queiram desenvolver ações de exibição de obras audiovisuais e contribuir para a formação de platéias e o fomento do pensamento crítico, tendo como principal base obras audiovisuais brasileiras.

Os projetos devem ser enviados para o Núcleo de Produção Digital - NPD Natal, Rua Jundiaí, 641, Tirol, Natal (RN), CEP 59020-120.

As iniciativas selecionadas receberão kit com telão (4m x 3m), aparelho DVD player, projetor digital, mesa de som de quatro canais, 4 caixas de som, amplificador, 2 microfones sem fio, 104 DVDs de obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil (filmes de ficção, documentário e animação em curta, média e longa metragens, de todas as épocas, para todos os públicos) à escolha de cada Cine.

Também estão abertas até 4 de dezembro, as inscrições do Edital Cine Mais Cultura Municípios 2009 para Prefeituras com até 20 mil habitantes. Serão contempladas até 150 iniciativas pelo Brasil.

Outras informações www.cinemaiscultura.org.br/ ou com a coordenadora do NPD Natal Mary Land Brito.

Entrevista - Mauro Mendonça


O ator Mauro Mendonça parece o oposto de seu maior personagem: o metódico e pacato Theodoro, o corno do clássico Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976). Desceu do quarto onde está hospedado em hotel cinco estrelas na Via Costeira de Natal em estilo bonachão: bermuda amarela florida, camisa de manga comprida listrada em tons escuros, sandália de rabicho e querendo tomar café da manhã após o horário.
Mauro Mendonça está em Natal a convite do 19º Festival de Cinema de Natal (FestNatal). Será homenageado com o Prêmio Tributo, pelo conjunto da obra. São mais de 50 anos dedicados à profissão. Muito mais uma carreira voltada ao teatro e à televisão do que propriamente ao cinema. Aliás, a sétima arte parece seara pouco conhecida ao ator, partícipe de filmes como Rio, 40 Graus (1955) e Amor, Estranho Amor (o filme censurado da Xuxa, de 1982).
Enquanto degustava, de frente para o mar natalense, o exigido mamão com mel, o ator – personagem de mais de 50 trabalhos em novela – conversou com a reportagem na manhã de ontem.

Mais de 50 anos de carreira. Gostaria de ser lembrado como ator de TV, cinema ou teatro?
Apenas como ator. Em cada filme, peça ou novela vai estar a presença do ator. E espero que você escreva “ator” com letra maiúscula.

Theodoro foi seu grande personagem? Conte segredos de bastidores daquelas filmagens...
Foi, sim. Bom, lembro que (José) Wilker – o protagonista Vadinho – tomou todas num boteco de Salvador. Lá pras tantas, quando estava bêbado, saiu correndo atrás de subir numa lancha. Eu e o produtor, preocupados, corremos atrás dele. Resultado: ele não sofreu nada, mas eu fiquei com os pés cheios de ouriço. Foi preciso um pescador da região tirar com um alfinete esquentado no fogo. Outra foi um produtor novo que chegou lá querendo mudar tudo: o poste, o cenário... Mas você sabe: baiano é devagar. Demoraram tanto que ele foi embora deprimido. Depois até mudaram, mas atrasou tanto que o filme foi concluído no Rio de Janeiro.

Gostaria de ter feito mais cinema?
Fiz pontas no cinema. O primeiro papel de verdade foi em Rio, 40 Graus. Meu sonho sempre foi fazer cinema, mas era uma coisa descontinuada. E sempre fui pragmático quanto a isso. Acho muito pouco romântico passar fome em nome de um ideal. Então, fiz teste para o teatro, depois para tele-teatro e segui esse caminho. Também tive a oportunidade de atuar no cinema em Seara Vermelha, que gostei muito.

Seara Vermelho foi exibido durante o auge do Cinema Novo. Aquele foi o melhor período do cinema brasileiro?
Naquela época era cinema na mão, ideia na cabeça e muita bosta na tela. Os mais talentosos estavam no Cinema Novo, mas tinha muita porcaria, também. A retomada do cinema brasileiro, nos últimos anos, veio com muita gente boa. Hoje se faz cinema sério. O que eu assisti ontem – Tapete Vermelho – foi de impressionar. A Eva Vilma também elogiou o Elvis e Madona...

Quais seus destaques do cinema após a “retomada”?
(pensa). Que me vem à cabeça tem o Cidade de Deus.

E entre os diretores desta nova leva, quais o senhor admira?
Agora, você me pegou. Não sei...

Walter Salles?
Tem o Walter Salles, que fez um filme com a Fernanda, né? Como se chama mesmo?

Qual a contribuição o senhor acha que festivais como esses deixam à cidade?
Prestígio e incentivo ao cinema e ao artista. Natal fica ligada à cultura com festival importante como esse. Deve permanecer.

Já tinha ouvido falar do FestNatal?
Já, sim. Inclusive era doido pra ser convidado.

Quais suas metas profissionais?
Sou imediatista. No momento quero férias. Fiz duas novelas praticamente emendadas. Chega uma hora que a cabeça pede descanso, sem decoreba de textos; quer um marzinho, uma piscininha... Tenho um iatezinho em Angra dos Reis, pescar...

Então o convite veio em boa hora?
Nossa, foi um presente Fico muito grato.

* Matéria publicada nesta terça-feira no Diário de Natal, com uma correção: Escrevi Dona "Beija" e Seus Dois Maridos. Desculpem pelo erro. Passou em branco pelo repórter e pelo editor.

De Rodrigues Neto na Tribuna

Sem querer opinar e já opinando: achei muito boa a matéria do colega Isaac Lira na Tribuna do Norte - uma geral da administração da Funcarte este ano, com vários aspectos abordados e sem muito oba-oba. Até acrescento uma observação que me foi dita na última conversa com Rodrigues Neto na quinta-feira: "Tento entrar em contato com César e não consigo. Parece que está fazendo questão de dificultar as coisas". Mas quero corrigir ou destrinchar melhor a situação da revista Ginga, descrita na matéria a partir da voz do novo presidente. Talvez pela dificuldade em falar com o antigo presida, as informações dadas por Rodrigues tenham sido equivocadas.

Ao contrário do que falou, o nome da revista foi divulgado, sim. Não pela Funcarte, mas com autorização da Funcarte. Perguntei a César Revorêdo se eu podia colocar a novidade da escolha do nome em minha coluna no DN. A partir daí, a notícia foi replicada em blogues. Portanto, não foi "boato", como Rodrigues citou. A outra questão: "A revista estava pronta, mas não tínhamos verba para imprimir e distribuir". Bom, me foi pedido um currículo de cinco linhas, como também do editor-assistente, para anexar na documentação para liberação da verba. O empenho da grana já havia sido feito. Assim me foi informado.

No mais, é triste acompanhar neste fim de campeonato de 2009 a mídia estampar em suas manchetes notícias tão desanimadoras. Não é intriga, não é pessoal. Se ouve a fonte primordial do problema e nada de bom é relatado. Que em 2010 tenhamos um papai noel mais alegre. Por hora, como disse Mário Ivo no microblogue, só dá para acreditar nos duendes dos nosso canteiros, abençoados por anjos vermelhos e sob o sol maconheiro.

Tuitando com Mário Ivo

mario_ivo personagem novo na decoração do natal em gramado, ou gramado em natal: um anão de jardim - p combinar com a frase eu acredito em duendes

Roubaram o som do Festnatal

Entre filmes criticados e elogiados, salas lotadas e jantares pomposos em restaurantes vips de Natal para artistas idem, o Festival de Cinema de Natal pode colocar no currículo o roubo do equipamento de som do evento na noite de ontem. Dois homens fardados chegaram na cara dura para a organização. Informaram serem técnicos, entraram e carregaram. Simples, assim. Como a verba este ano foi gorda: R$ 240 mil (informação exclusiva deste repórter que foi copiado em jornal duplo da cidade), logo o som será reposto.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Penso, logo desisto

Quando se caga e anda para a democracia, se perfuma o autoritarismo, evidencia o capitalismo e provoca o anarquismo.

Tuitando com Viktor Vidal

viktorvidal Máscara. O importante, no twitter, é mostrar a todos que está falando com "fulanão", lendo aquele livro ou que viu aquela peça de teatro.

Fátima Bezerra será tema de enredo carnavalesco

O título acima foi apenas cogitado. Segundo o produtor Marcelo Veni, pelo twitter, a agremiação carnavalesca Imperatriz Alecrinense desejou tematizar o enredo da escola em 2010 com a história da deputada Fátima Bezerra. Orientada por advogados, a parlamentar petista pediu para prorrogar para 2011 devido à eleição. Sou Lulista (não, petista!), mas bem que nosso presida podia ter feito o mesmo. Forçou a barra. E com um filme meia boca, pelo que ouvi falar.

Contra o monopólio da mídia

Por Patrícia Benvenuti

Incentivar o debate sobre o direito à comunicação no país, partindo da denúncia sobre a concentração da mídia. Esse é o objetivo do vídeo "Levante Sua Voz", realizado pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung.

De forma didática, o vídeo desmistifica o conceito de liberdade de expressão no Brasil, revelando que apenas 11 famílias controlam praticamente todas as concessões públicas para emissoras de rádio e televisão. Ao mesmo tempo, revela-se a perseguição às tentativas de furar esse bloqueio midiático, como é o caso das rádios comunitárias que, nos últimos anos, foram fechadas em número recorde.

Para o militante do Intervozes e responsável pelo roteiro, direção e edição de Levante Sua Voz, Pedro Ekman, "o vídeo é uma tentativa de levar um tema com toda a sua profundidade e importância por meio de uma linguagem mais acessível a um público não acostumado aos textos geralmente complexos".

Em entrevista ao Brasil de Fato, Ekman comenta a produção do vídeo, os desafios para construir uma comunicação mais democrática e as expectativas para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que acontecerá entre os dias 14 e 17 de dezembro, em Brasília.

Como surgiu a iniciativa de realizar esse vídeo?
Pedro Ekman: O Intervozes, estudando novas formas de se travar o debate sobre o direito à comunicação, entendeu que uma produção áudio visual cumpriria o papel de ampliar esse tema para um público menos especializado do que o que é atingido pelos textos, livros e estudos disponibilizados pela entidade. O vídeo é uma tentativa de levar um tema com toda a sua profundidade e importância por meio de uma linguagem mais acessível a um público não acostumado aos textos geralmente complexos.

Como se deu a produção?
Inicialmente é importante lembrar que tivemos o suporte de muitos parceiros do movimento social que ajudaram com infraestrutura técnica sem os quais essa produção seria impossível. Como contávamos com pouco dinheiro, tínhamos que pensar um roteiro capaz de descrever a dramática situação da comunicação no Brasil em sua complexidade sem que fosse preciso uma produção dispendiosa. Optamos por um formato inspirado no curta "Ilha das Flores", de Jorge Furtado. Esse formato conta de uma forma bem humorada a dura situação da desigualdade social brasileira. A estrutura se resume a uma narrativa em off e uma sucessão de imagens que se repetem. A locução em off facilita tecnicamente as gravações nas locações e acaba barateando o processo; por out ro lado, a televisão brasileira nos fornece um rico material dos contraexemplos de uma comunicação razoável. Assim, entendemos que o formato do "Ilha das Flores" resolvia a equação "baixo orçamento x conteúdo extenso".

Como está sendo a divulgação e a recepção desse material?
O vídeo foi lançado na internet pelo portal do Observatório do Direito à Comunicação e pode ser visto no YouTube também. Em breve o Intervozes disponibilizará o arquivo para ser baixado em sua página institucional. Importante lembrar que os direitos sobre a obra estão em Criative Commons, possibilitando sua livre reprodução, manipulação e distribuição em atividades não comerciais. Estamos tentando viabilizar cópias em DVD para distribuir para os movimentos sociais parceiros na luta pela democratização do comunicação. A recepção do vídeo tem sido muito boa, em menos de uma semana mais de 1000 internautas assistiram ao vídeo e os comentários registrados no site do Observatório têm sido muito positivos.

Na sua avaliação, quais os desafios para conscientizar a população sobre a existência desses oligopólios de mídia?
O maior desafio talvez seja justamente encontrar meios para furar a muralha de informação que o próprio oligopólio levantou ao seu redor para impedir qualquer crítica ao seu funcionamento. Para isso, acredito que temos que multiplicar os instrumentos de fala contra-hegemônica e encontrar linguagens que dialoguem com o maior número de pessoas possível. Não vamos conseguir vencer um oligopólio que tem inúmeros veículos e que trabalha numa linguagem popular com poucos veículos que insistam em uma linguagem hermética. A multiplicação de meios de comunicação contra hegemônicos não é uma coisa simples por todos os motivos que o vídeo descreve, mas a opção por uma linguagem menos hermética é algo que podemos fazer e é algo que ainda encontra muita resistê ncia, mesmo na esquerda brasileira. Eduardo Galeano escreve sobre isso de forma memorável. Ele diz: "A linguagem hermética nem sempre é o preço inevitável da profundidade". Em alguns casos pode estar simplesmente escondendo uma incapacidade de comunicação, elevando-a à categoria de virtude intelectual. Suspeito que o fastio serve, dessa forma, para bendizer a ordem estabelecida: confirma que o conhecimento é um privilégio das elites. Algo parecido costuma ocorrer, diga-se de passagem, com certa literatura militante dirigida a um público conivente. Parece-me conformista, apesar de toda a sua possível retórica revolucionária, uma linguagem que repete mecanicamente, para os mesmos ouvidos, as mesmas frases pré-fabricadas, os mesmos adjetivos, as mesmas fórmulas declamatórias. Talvez essa literatura de paróquia esteja tão longe da revolução como a pornografia está longe do erotismo."

O vídeo fala muito sobre os meios tradicionais de comunicação e sua influência sobre o imaginário coletivo. Você acredita que as novas ferramentas de comunicação, possibilitadas sobretudo pela internet, podem reverter um pouco desse quadro?
Optamos por nos ater aos veículos que ainda atingem as massas de forma mais concreta, como o rádio e a TV, pois eles, junto com os meios impressos, são o retrato da história de concentração da comunicação no Brasil. Mas sem dúvida a internet em um cenário de convergência tecnológica vai mexer com toda a estrutura do quadro. Principalmente no que diz respeito à oferta de canais para a veiculação de conteúdo, que são extremamente concentrados no rádio e na TV e na internet tendem ao infinito. Contudo, hoje o acesso à banda larga é muito restrito no Brasil. Sem a universalização do acesso de forma gratuita, a internet nunca se tornará a TV.


Qual sua expectativa para a Conferência Nacional de Comunicação? De que forma ela pode ajudar a construir uma comunicação mais democrática?
A Conferência possibilita, pela primeira vez, um debate público que nunca foi feito no Brasil. A comunicação é um tema historicamente inexistente para a sociedade brasileira, sendo percebida como algo natural e imutável. Mesmo os movimentos sociais mais combativos não têm a comunicação como uma de suas pautas centrais e a Conferência joga luz sobre esse assunto. Por outro lado é uma pena que o processo esteja tão prejudicado pelas imposições feitas pelo oligopólio e incorporadas sem qualquer resistência pelo governo. A super representação do setor empresarial e a necessidade de quorum qualificado para a aprovação de qualquer proposta distorcem o sentido de uma conferência, que existe justamente para permitir que a sociedade civil tenha alguma voz, já qu e durante todo o ano ela permanece alijada da arena onde se travam os debates sobre a comunicação, da qual participam Poder Público e os proprietários dos grandes veículos. Além disso, a proibição de eleição de delegados e de votação de propostas nas etapas municipais as esvazia, remetendo toda a disputa para a etapa nacional, o que contraria importante princípio de uma conferência, que é justamente ampliar o debate na sociedade. Um reflexo disso pode ser visto na Conferência Municipal na cidade de São Paulo que aconteceu neste final de semana. Apesar do importante debate realizado, empresários e poder público estiveram ausentes e a conversa circulou apenas entre a sociedade civil sem que o confronto necessário das idéias e dos interesses se desse na prática. Em todo caso, se o processo entorno da Confecom servir para esquentar a pauta e mobilizar o povo em torno desse tema, ela já terá cumprido um grande papel.

Publicado no Brasil de Fato – SP – 19/11/2009

Carlos Heitor Cony e Antônio Torres em Natal

Dois dos maiores escritores do Brasil na atualidade estarão em Natal nesta quinta-feira. Carlos Heitor Cony e Antonio Torres ficarão frente a frente “Conversando sobre o povo brasileiro”, no hotel Vila do Mar, a partir das 19h30. O evento será comandado pelo apresentador do programa televiso Espaço Cidadão, Robson Carvalho.

Tuitando com Alex Medeiros

alexmedeiros59 Tipo assim: se Marcos Aurélio decidisse apoiar o PT, eu deixaria de escrever nos jornais dele.

Falta dinheiro pra cultura (?)

Soube há pouco que a Orquestra Sanfônica Potiguar cobra dívida de R$ 4,5 mil da Fundação José Gugu. A verba é referente à produção do CD da Orquestra. O desabafo do maestro Roberto foi dito ao público durante o último Som da Mata, domingo.

Começo a pensar que o problema das nossas fundações culturais é de falta de dinheiro. Fica difícil fazer alguma coisa, embora a criatividade também esteja em falta.

Acho que no início do ano até publiquei nota em minha coluna no DN de uma reunião entre Wilma e Crispiniano, na FJG. Uma fonte me disse que a governadora reclamou dessa maneira: "Mas Crispiniano, tanto dinheiro que coloco aqui...".

E onde está esse dinheiro? Onze editais estão pendentes de pagamento. O Seis & Meia terminou antes do tempo por contrair dívida. O Poticanto ameaça seguir o mesmo caminho. Não vemos obras de nada. O teto da Casa de Cultura de Macau permanece no chão...

Tudo bem que talvez sejam apenas R$ 6 mil ao mês contraídos da Fortaleza dos Reis Magos e ninguém sabe para onde esse dinheiro vai.

No âmbito da prefeitura, Rodrigues Neto me disse que a Capitania passou o ano engessada. Primeiro pelos problemas judiciais decorrente da denúncia da empresa de Parnamirim, que pagava os salários dos artistas. Depois com a Cooperarte. E, decorrente disso tudo, a dívida trabalhista dos próprios funcionários.

Rodrigues Neto disse ainda que, por conta desses entraves e imprevistos, faltou dinheiro para a promoção de eventos, inclusive o Encontro Natalense de Escritores em dezembro. Foram palavras dele.

Em contrapartida, vemos dinheiro despejado em tudo quanto é coisa sem futuro. Até para os clubes de futebol foram doados milhares de reais que salvariam boa parcela de projetos da nossa estancada cultura.

Sem contar no pagamento de bandas descartáveis para animar o público em festividades do poder público. E antes o lamento fosse pela má qualidade do produto, mas são bandas milionárias que sequer precisam da verba, como precisam centenas de compositores potiguares de qualidade.

Não é falta de grana. Não é incompetência. Muito menos falta de aviso e orientação. É má vontade. Só pode.

Poticanto a perigo

O produtor Nelson Rebouças, do excelente projeto musical Poticanto – Um Canto 100% Potiguar, reclama da dificuldade de repasse de verba e ameaça cancelar o projeto em dezembro, quando teríamos Tânia Alves interpretando Hianto de Almeida e a música de Petrônio Aguiar na voz de Carlos Zens. “Ficamos cabisbaixos com tanta burocracia ou má vontade”, disse. Essa novela a coluna já conhece. A lembrar o Seis e Meia...

* Nota publicada na coluna impressa do DN

Comentário: Nelson e o Poticanto merecem todas as glórias. É dos bons projetos culturais do Estado, não só de Natal nem só da música. São mais de 30 edições inéditas. Tudo gravado. É dos maiores acervos da música potiguar. Um registro histórico importantíssimo que, tivesse maior sensibilidade e menor burocracia, seria melhor aproveitado. Nelson há muito luta pelo lançamento de coletâneas e gravação de DVD com o material. E ainda tem que engolir a dificuldade da verba para a realização das edições rotineiras do projeto.

Primeiro edital pago pela FJG

O Prêmio Núbia Lafayette será o primeiro dos doze editais lançados pela Fundação José Gugu a ser quitado. Até dezembro os 40 músicos contemplados receberão a verba para produzirem seus CDs. A promessa para 2010, portanto, é de muita música potiguar no mercado. Os artistas têm prazo de três meses para a confecção do produto. Em março haverá grande evento de lançamento dos CDs. A FJG dará o plus de 100 CDs gratuitos para os músicos poderem promover seus trabalhos na mídia e entre produtores. É o que garante o coordenador do prêmio, o músico e compositor Babal.

Jânia Souza lança livros nesta segunda


Confissões em fórum íntimo foram derramadas em 119 páginas poéticas. A poetisa Jânia Souza escapou da prisão do silêncio literário de dois anos para lançar dois livros em mesma noite. Fórum Íntimo e Magnólia: a besourinha perfumada, ambos pela Editora Alcance, do Rio Grande do Sul. A noite de lançamento será hoje na Livraria Siciliano, do Midway, a partir das 19h.

O livro Fórum Íntimo é o segundo da poeta, também autora de Rua Descalça (Editora Bagaços, 2007) um debate livre e desregrado entre a consciência racional e sensorial da poeta. São letras do cotidiano. É a busca pela harmonia com o seu Eu interior, sempre revestido de relações sartreanas de existência. “São alegrias e tristezas. Quiçá, verdades e mentiras. O jogo da palavra busca sempre encontrar equilíbrio na consciência”, explica a autora.

Em Magnólia, Jânia Souza encontra o universo infantil das lembranças para arquitetar uma estória alegre, solidária e extremamente lúdia entre o sábio besourinho e o desejo em estreitar laços de amizade para harmonizar a vida no Jardim de Magnólias. E se a pedagogia literária é a mais eficiente para ensinar os sentimentos bons e maus, há também a figura da invejosa da lagartixa Mafalda.

domingo, 22 de novembro de 2009

Musical sobre o cangaço hoje no TAM

Amiguinhos, acontece hoje o musical descrito abaixo, nesse texto que, imagino, deva ter sido publicado na edição de hoje do Diário de Natal. Tenho seis senhas aqui em casa disponíveis a quem se interessar. Moro no Tirol, Rua Apodi, caminho para o TAM. Quem quiser, basta vir pegar (9929-6595). Não avisei antes porque pretendia ir. Mas estou com um balaio de filmes aqui e pretendo ver pelo menos metade hoje.



Um musical sobre o período do cangaço chega a Natal para única apresentação no Teatro Alberto Maranhão neste domingo. O espetáculo Coiteiros é uma adaptação para teatro do romance escrito em 1935 pelo paraibano José Américo de Almeida. Trata-se de um musical ambientado nos longínquos do sertão nordestino, onde um romance juvenil acontece em meio à luta de cangaceiros e senhores exploradores donos da terra, revelando o caos social. A peça fará única apresentação às 20h, com ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia).

O texto é escrito por Altimar Pimentel, Elpídeo Navarro e Pedro Santos. A direção é de Max Almeida. Com bela trilha sonora ao vivo, é impossível não dar destaque para a direção musical de Demétrio Rangel, também presente na cena como uma espécie de narrador que canta a história. A realização é da Cia. Spectrus de Artes Cênicas, do Recife, com produção local de Ronaldo Negromonte. O autor José Américo, que também escreveu A Bagaceira e Boqueirão, soube como poucos interpretar os grandes temas do Nordeste.

Nesse drama que traz a vingança como tônica principal, Roberto, um ex-seminarista, quer vingar a morte do pai, assassinado brutalmente por Sexta-Feira, um antigo proprietário de terras que se sentia extorquido e após o crime, é obrigado a entrar para o cangaço. Dorita, noiva de Roberto, é moça do sertão, mas vive um verdadeiro fogo cruzado: seu pai Vilarim, já rendido às diversas ameaças e preso ao medo de perder a filha, acoita diversas vezes em casa esse mesmo cangaceiro. O encontro dos dois inimigos é quase inevitável.

O eixo central da encenação é o elemento musical. É através do músico/narrador que se desencadeia o processo onde os atores compõem um coro que interferem nas cenas, seja como objeto de cena ou elemento da realidade social, formando verdadeiros quadros impressionistas, embora a música sempre nos alerte para uma possibilidade de transformação. A busca da inquietação produtiva.

Coiteiros – musical
Data e hora: Domingo, às 20h
Onde: Teatro Alberto Maranhão, Ribeira
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Contato: (81) 9952 7100

* Foto de Jorge Clésios