Há quem prefira se valer com santos, com orações ou outros apegos. Prefiro a reflexão ou o amparo de algumas filosofias para livrar-me de incertezas, decepções ou situações que ensejam atitudes. Ora, Deus já fez muito quando criou tudo e nos deu uma vida. E creio e confio também que Ele sabe o melhor pra gente. Então, opto por não importuná-lo com problemas meus, insignificante a quem é dono do mundo.
Aliás, sustento-me em Schopenhauer para ultrapassar barreiras do cotidiano e da existência. O filósofo alemão sugere reflexões a partir de um todo universal para que os problemas particulares, locais, tornem-se menores. Se pensarmos que somos apenas uma gota d’água no oceano da vida ou que estamos aqui em rápida passagem, a separação de um relacionamento ou a perda de um emprego torna-se dificuldade menor.
A consciência de que deveremos aprender o máximo com a vida diminui as dores da saudade ou das decepções. Se perdemos um amigo ou ente querido, fica a lição. Da mesma maneira com a perda de um patrimônio, de um emprego ou outra coisa de valia. Os orientais têm essa cultura bem mais arraigada do que nós, ocidentais. E não é culpa do cristianismo. Talvez, do catolicismo. Mas isso é outra conversa.
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