Reafirmo sem medo de errar: a vida é uma ilusão, sim, amigo leitor. Li em matéria publicada hoje no Diário que a lua cheia tem o mesmo tamanho quando está próxima do horizonte ou mais acima no céu. A impressão de que está maior quando sai do mar não passa de uma “grande ilusão”, segundo astrônomos. E por essas e outras ouso afirmar que precisamos das ilusões para a boa vida.
É bom iludir-se com as alegrias onustas do verão ou com a ansiedade da chegada dos fins de semana. É bom se deixar enganar e pensar que o homem foi feito para amar. Ora, e atire a primeira pedra quem não espera a paz chegar sem mover uma palha para isso. É porque a ilusão contamina e embriaga. E pra que negar? Como é bom o prazer da embriagues e do sonho feliz!
Pode ser que aqueles tempos infantis morassem em um terreno outro que não o da realidade pura e selvagem. Tempos de chãos escorregadios e inocência em que os fantasmas das frustrações eram esquecidos no instante seguinte. São lembranças grandiosas. Não pertencem a estes cenários tão cheios de cinza. São recordações cuja proprietária é a ilusão, aquela mesma da família dos que ainda sonham serem felizes.
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