Fiquei curioso para folhear a biografia de Paulo Coelho, intitulada O Mago. É o mais novo trabalho do escritor Fernando Morais. O lançamento foi ontem, na Livraria Cultura, em São Paulo e não contou com a presença do autor de O Alquimista, Diário de um Mago e Valquíria Decide Morrer.
Não me envergonho e confesso: li sete livros de Paulo Coelho quando adolescente. A qualidade das obras é discutível, sim. Acho totalmente inadequada sua presença na Academia Brasileira de Letras. Mas não qualifico seus livros como de auto-ajuda. Nenhum deles.
E mais: minha curiosidade em ler a biografia parte mais do talento de Fernando Morais. E também da própria história de Paulo Coelho. Desde criança ele sofre rejeições e dificuldades, mesmo de saúde. Foi interno como louco pela família e chegou a tomar aqueles eletrochoques. Foi hippie. Além, claro, da notória parceria com Raul Seixas em hits nacionais e sua busca espiritual, fortemente arraigada no conteúdo de sua obra literária.
Para escrever o livro, Morais passou três meses morando com Paulo Coelho. Acho que em sua residência na França. Não sei ao certo. Afora as inúmeras pesquisas e depoimentos. Mas o mais curioso foi a descoberta de um baú, já perto de concluir o livro, do qual Paulo Coelho guardava segredos, daqueles mais segredáveis e já havia comentado com sua mulher do desejo de queimar todos aqueles arquivos antes de sua morte.
O mago abriu esse baú por muita insistência de Morais. Durante a noite de autógrafos, Paulo Coelho se fez presente com flores e uma mensagem do qual menciona, ao final, o fato: “PS. Devolva o baú, mandarei queimar as provas!”. Agora, estão todas no livro.
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