Talvez muitos que acessem este blog sequer tenham ouvido falar de Mestre Cornélio Campina. Essa é minha mágoa maior. Este ícone do nosso folclore morreu hoje aos 99 anos. Faria 100 em outubro, salvo engano. Dedicou uma vida a manter o mais genuíno folclore potiguar: a Araruna. E pouca gente reconhece seu nome.
Não falo isso à toa. Mesmo na redação de um jornal, muitos perguntaram quem era Cornélio. Se jornalistas formadores de opinião desconhecem, imagino o grande público. Mestre Cornélio fundou a Associação de Danças Antigas e Semi-desaparecidas Araruna, mais conhecida como Araruna, nome de um pássaro de caatinga. Foi transformada em Associação por idéia de Cascudo, em meados da década de 50.
Entrevistei Mestre Cornélio há dois anos, para uma ampla matéria sobre o bairro das Rocas. A Associação Araruna desde sempre é sediada no bairro. Mestre Cornélio é uma figura ímpar em sua simplicidade. Gostava de ser reconhecido. Sentia-se importante. Mesmo já com poucas lembranças, adorou conceder a entrevista, ser fotografado.
Vi “seo” Cornélio semana passada caminhando pela Rua Ulisses Caldas, no Centro, próximo à Assembléia. Não foi a primeira vez. Era costume vê-lo perambulando pela Ribeira e Centro sozinho e a pé, mesmo nonagenário. Tive vontade de parar, trocar algumas palavras e colher uma entrevista. Infelizmente a mesma pressa que me impediu de revisitar Oswaldo Lamartine para uma segunda conversa, também tolheu aquela que seria a última entrevista do mestre.
Ainda em vida Mestre Cornélio recebeu homenagens. Emocionou-se em algumas delas. Muitas foram recentes, como o troféu O Poti, conferido pelo Diário de Natal este ano. Já não era sem tempo. A Associação tem membros antigos e imagino que se mantenha mesmo com a triste morte. Natal, Portalegre, sua terra de nascido, ficam de luto. O bairro de Mãe Luíza, onde morava, também.
Guardarei a foto acima com estima. É bonito quando vemos uma Araruna sorrindo. Ele, de fisionomia carrancuda, tímido e alma tão azul.
Não falo isso à toa. Mesmo na redação de um jornal, muitos perguntaram quem era Cornélio. Se jornalistas formadores de opinião desconhecem, imagino o grande público. Mestre Cornélio fundou a Associação de Danças Antigas e Semi-desaparecidas Araruna, mais conhecida como Araruna, nome de um pássaro de caatinga. Foi transformada em Associação por idéia de Cascudo, em meados da década de 50.
Entrevistei Mestre Cornélio há dois anos, para uma ampla matéria sobre o bairro das Rocas. A Associação Araruna desde sempre é sediada no bairro. Mestre Cornélio é uma figura ímpar em sua simplicidade. Gostava de ser reconhecido. Sentia-se importante. Mesmo já com poucas lembranças, adorou conceder a entrevista, ser fotografado.
Vi “seo” Cornélio semana passada caminhando pela Rua Ulisses Caldas, no Centro, próximo à Assembléia. Não foi a primeira vez. Era costume vê-lo perambulando pela Ribeira e Centro sozinho e a pé, mesmo nonagenário. Tive vontade de parar, trocar algumas palavras e colher uma entrevista. Infelizmente a mesma pressa que me impediu de revisitar Oswaldo Lamartine para uma segunda conversa, também tolheu aquela que seria a última entrevista do mestre.
Ainda em vida Mestre Cornélio recebeu homenagens. Emocionou-se em algumas delas. Muitas foram recentes, como o troféu O Poti, conferido pelo Diário de Natal este ano. Já não era sem tempo. A Associação tem membros antigos e imagino que se mantenha mesmo com a triste morte. Natal, Portalegre, sua terra de nascido, ficam de luto. O bairro de Mãe Luíza, onde morava, também.
Guardarei a foto acima com estima. É bonito quando vemos uma Araruna sorrindo. Ele, de fisionomia carrancuda, tímido e alma tão azul.
Poxa vida! É uma pena.... inclusive para Paulo Laguardia, que, a cada reunião sobre o doc sobre Djalma Maranhão, falava da urgência em entrevistar o mestre Cornélio! Sem dúvidas, o projeto vai ficar mais pobre sem sua participação...
ResponderExcluirVenho agradecer pelas palavras carinhosas com as quais se refere ao Sr. Cornélio, este que é meu avô, fico feliz em encontrar pessoas como você que valorizam os mais idosos que sempre tem muito a nos ensinar. Fico feliz também em poder imprimir este seu depoimento e entregar a minha mãe que é filha de seu Cornélio, que guardará com muito carinho, pois é esta a imagem que queremos guardar dele: um homem que deixa muitos amigos e que sempre será lembrado. Não estamos presentes no velório, pois infelizmente moramos muito longe (Cach. de Itap. ES), mas temos ele em nossos corações e hoje nossas orações são todas para ele. Segue um grande abraço, e nossos agradecimentos por suas palavras. Salete - filha de Sr. Cornélio e Lauriana - neta
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