A casa
Minha e manchada e marcada
Há vazamentos nos cantos
Telhas quebradas
Paredes rachadas
Lodo e meus dedos nos ralos
Dedos imbricados, tortos e longos e finos e podres
A casa de Lázaro
Olho no espelho e vejo o putrescente
O homem decomposto
O espelho e o relógio ainda resistem
E eu
O espelho não mais me reflete
Enlouqueço?
O relógio marca 23 horas
Enlouqueço?
Eu e a casa fechada
E a pesar
Permaneço.
(Tatiana Morais, poetiza assuense. Lança livro amanhã na Potylivros do Praia Shopping. Veja matéria no DN desta sexta-feira).
Meu caro Sérgio. como não sei outra forma de ingressar no blog,faço-o pela janela da última postagem. (é assim que se diz?). Não pensei que a administração Micarla, na área de cultura,fosse envelhecer tão rapidamente. É uma lástima. Ela será colega de Wilma na galeria dos inimigos da cultura. abraço de françois.
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