Dia chuvoso. Vontade de jogar tudo adiante, deitar na rede e sugar livros, poesia. Como esta de Mário Quintana:
Depois
Nem a coluna truncada:
Vento.
Vento escorrendo cores,
Cor dos poentes nas vidraças.
Cor das tristes madrugadas.
Cor da boca...
Cor das tranças..
Ah,
Das tranças avoando loucas
Sob sonoras arcadas...
Cor dos olhos...
Cor das saias
Rodadas...
E a cocha branca da orelha
Na imensa praia
Do tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário