Coloco aqui só a cabeça da entrevista e uma das respostas que o jornalista Rodrigues Neto concedeu ao Diário de Natal nesta terça-feira. A matéria completa sai na edição de amanhã:
“Cultura é tão necessária quanto esparadrapo”
O presidente interino da Fundação Capitania das Artes (Funcarte) já fala como presidente posto. O jornalista Rodrigues Neto assume e já substitui o texto do Auto de Natal escrito pela dramaturga Clotilde Tavares e coloca o do colega de trabalho na TV Ponta Negra, diretor de Mídia e Tecnologia da Funcarte e cineasta Edson Soares. O diretor do espetáculo também deverá mudar: sai Moacir de Góes e entra Henrique Fontes. Nenhum dos dois havia sido informado da substituição até o início da tarde de ontem. Na entrevista a seguir, Rodrigues Neto comenta do desejo de assumir em definitivo o cargo e das pretensões de uma política cultural estreitamente ligada ao turismo.
O texto do Auto de Natal está em processo de elaboração pela escritora Clotilde Tavares há 20 dias. Ele será substituído por um de Edson Soares?
Isso. Veja, não é maldade, mas não dá mais tempo. Ou faz ou não faz. Garanto que o texto de Edson é lindo e emocionará o público. Será um texto bíblico, baseado no texto do apóstolo Matheus. Não será uma adaptação esdrúxula. Sou um crítico contundente dos autos anteriores. Fizeram coisas que fugiram à essência: um Auto contado por Navarro... Como jornalista quis apoiar, tentei levar para o SBT nacional, mas ninguém queria porque era um espetáculo circense, sem compromisso com a história de Natal que é o nascimento de Jesus, sem candomblé, exu ou iemanjá. Respeito a cultura afro, frequento terreiros, mas os pais de Jesus são Maria e José.
Vixi, tratando a arte pelo lado religioso. Crápula, o "candomblé e exu" é para representar a diversidade da cultura brasileira. Não acho que o auto tem que ser uma cópia exata da bíblia, porque isso eu vejo na Páscoa lá em Nova Jerusalém e com ator global ainda. Não conheço esse Rodrigues Neto, mas por essa resposta, já não fui com a cara.
ResponderExcluirÉ incrível a deselegância com que essa gestão da Funcarte trata os artistas e intelectuais de Natal. Primeiro, lançam o edital do Concurso de Dramaturgia Auto do Natal 2009, e ainda não vieram a público esclarecer o porquê de não terem escolhido um texto. Depois convidam a dramaturga Clotilde Tavares para produzir o texto. Por fim, aproveitam um texto de Edson Soares. Gente do céu, há algo de podre no reino da Funcarte. Outra: para contar a história convencional do nascimento de Cristo é melhor exibir o filme Jesus de Nazaré. Sai bem mais em conta. Que gestão é essa?!
ResponderExcluirO jeito é repetir Macunaíma: "Ai que preguiça". Abraço de françois.
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