Um dos grandes nomes do samba e da Bossa Nova - Elza Soares - pode marcar o último show do mais longevo e bem sucedido projeto cultural de Natal. O Seis & Meia encerra sua temporada dois meses antes da data prevista por falta de verba e acende a luz vermelha para o próximo ano.
O atraso no pagamento de dez cachês de artistas é outro sinal de instabilidade da manutenção do projeto para o próximo ano. São mais de R$ 60 mil de dívida.
A Fundação José Augusto, promotora do evento, prometeu enviar nota explicativa ao Diário de Natal nos próximos dias, quando o diretor geral da instituição, Crispiniano Neto, volta de viagem.
O projeto Seis & Meia é promovido em várias capitais brasileiras. No Rio Grande do Norte (Natal e Mossoró) e Paraíba (Campina Grande e João Pessoa) o produtor cultural responsável pelo evento é o potiguar Willian Collier. Segundo ele, no estado paraibano o projeto manterá a agenda de shows até dezembro.
"Desconheço quais os planos da Fundação José Augusto para 2010. Se neste ano está desse jeito, que dirá o próximo. Prefiro evitar surpresas e não fazer qualquer prognóstico para o futuro", afirma Collier, também produtor do exitoso projeto Pôr-do-Sol no Potengi, de terça à quinta-feira no Iate Clube.
Enquanto isso, os dois clubes futebolísticos do nosso Rio Grande recebem mais de R$ 300 mil, cada. O Alecrim também foi beneficiado com mais uma bolada de mais de R$ 80 mil. Afora o patrocínio da velha política do pão e circo, com pagamento de cachês superiores a R$ 100 mil para bandas descartáveis de forró.
Só para lembrar, recentemente a prefeita de Mossoró, Fafá Rosado cortou a verba para a cultura quase pelo talo. No início do ano, a prefeita Micarla de Sousa estreou a gestão "torando" pela metade a verba para o carnaval. E a cultura segue sempre jogada ao segundo plano.
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