Bem interessante a matéria da nova edição da revista Piaui a respeito das divisões de gabinetes na Câmara dos Deputados. Para quem sequer faz ideia como aquilo funciona, é bem curiosa. Eu mesmo só tomei conhecimento de alguma coisa a partir dos esconderijos de Agaciel Maia no Senado. Nada mais.
Pois o lead (primeiro parágrafo) da matéria já explica onde o deputado Fábio Faria trabalha: no chamado Favelão - onde ficam gabinetes de parlamentares considerados "de menor calibre", exceto alguns poucos citados na matéria, inclusive no próprio lead, como o ex-ministro Ciro Gomes.
Quase caio da cadeira quando li entre os deputados "favelados" o nome do lider do governo, Henrique Fontana. Por breves instantes pensei ter lido Henrique Alves. Seria uma imagem surreal, pintada por Salvador Dali, imaginar Henriquinho ali no Favelão. Mais fácil no Haras milionário em Ceará-Mirim.
O título da matéria é chamativo: Banco Imobiliário. E eis os três primeiros parágrafos:
"O que o deputado, ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes, namorado da atriz Patrícia Pillar, tem em comum com o deputado Fábio Faria, "ex" da apresentadora Adriana Galisteu? Os dois fazem parte do mesmo grupo suprapartidário que despacha no "Favelão", o Anexo 3 da Câmara dos Deputados.
O FAvelão não tem elevador, banheiro privativo e nem divisórias em seus 82 gabinetes, distribuídos em cinco andares. São 33 metros quadrados de aperto e desconforto, mobiliados com armários padronizados. Se não bastasse, as paredes de vidro permitem aos visitantes conferir quais deputados (ou, ao menos, assessores) estão a serviço nos gabinetes.
A "frente parlamentar dos sem-banheiros", como o anexo é carinhosamente chamado nos corredores da Câmara, conta com (poucas) cabeças coroadas, como as do líder do governo, Henrique Fontana, e do ex-ministro das Comunicações Miro Teixeira. A maior parte dos gabinetes é ocupada por deputados de menor calibre, como o Capitão Assunção, do PSB capixaba".
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