A Catetral Metropolitana de Natal esteve praticamente lotada agora há pouco, durante a missa de 7º dia da morte do ex-secretário de Educação, Ruy Pereira. De crianças a adultos, de paletozados à gente simples, da família à classe política e petistas. Todos compareceram. E a fila para assinatura no livro de presença permaneceu cheia de gente do começo ao fim.
Ao lado do altar foi montado montado um vídeo, exibido em projetor, com imagens de Ruy Pereira ao lado de Lula, da deputada Fátima Bezerra, em entrevistas... Ao final, uma frase do ex-secretário: "Trabalhar com honestidade e competência é possível transformar este país".
O vigário geral da Catedral, padre Aerton, saudou as autoridades presentes: a governadora Wilma de Faria, o vice, Iberê Ferreira de Souza, a deputada Márcia Maia, e o titular da Sethas, Gercino Saraiva. A senadora Rosalba Ciarlini, que chegou 40 minutos depois, passou batida. Soube que o senador José Agripino também estava lá. Não vi, nem foi lembrado pelo padre.
A homilia do padre foi inspirada no evangelho das boas aventuranças. Achei muito cheio de clichê. Uma das frases, "a morte não nos separa de Deus", foi repetida, depois, em discursos finais. Ressaltaria que a vida também não nos separa do Divino. Mas, prossigamos...
O primeiro a discursar foi o ex-vereador e irmão, Fernando Lucena. A voz gasguita também se fez presente ao microfone da catedral. Ressaltou a vida do irmão, sempre dedicada aos pobres, porque foi um deles e sofreu junto com Lucena quando crianças. Entre uma palavra e outra, um choro, uma revolta pela perda.
Em seguida, o discurso emocionado, bonito do também irmão, o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado. Jaime lembrou os tempos de criança em Lucrécia, a adolescência na Casa do Estudante em Caicó e a vida de líder estudantil, político e gestor de Ruy Pereira, seja no RN ou em PE.
"Quando nossa mãe morreu, em 1968, ele nos pegou pela mão, como irmão mais velho. Em dezembro último, foi a vez do nosso pai. Ele também mostrou força e nos disse: 'A vida continua'. Me sinto órfão pela primeira vez agora, mesmo sabendo que a vida continua", disse emocionado o prefeito.
A governadora Wilma de Faria deixou de lado o discurso montado e falou por si. Elogiou muito o secretário. Se disse orgulhosa de tê-lo conhecido tão de perto. "E me sentia mais segura perto dele". Discurso repleto de elogios ao gestor, ao homem público, ao homem de sucesso, ao educador e ao homem de família.
Wilma prometeu atender ao pedido de Jaime Calado na construção de um memorial para Ruy Pereira. "Vamos construir juntos". E disse ainda que as dez escolas que serão construídas pelo Governo ainda este ano receberão, todas elas, o nome de Ruy Pereira.
Pela primeira vez vi a governadora, tão senhora de si, tão cheio de energia, chorar, ao repetir a frase dita pelo padre, de que o amor não nos separa dos homens. E uma segunda vez, ao terminar seu discurso, quando afirmou: "Tudo o que ele fez deu certo. Mas o mais bonito foi essa família maravilhosa que ele deixou".
A missa foi encerrada com uma Ave Maria, tocada pela orquestra comandada pela professora Zuleika Romano, montada na ala direita do palco. No lado oposto, centenas de escoteiros também prestigiaram a missa.
Estive lá nos primeiros momentos da missa e falei com Lucena... ele conseguiu me emocionar qd disse um texto do Bertold Brecht: "Há homens que lutam um dia, e são bons; Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida Estes são os imprescindíveis".
ResponderExcluir"Ruy era assim, imprescindível" Fernando Lucena.