sábado, 13 de março de 2010

Coluna - Diário do Tempo

Minha coluna impressa não sairá neste domingo, em função do encarte em homenagem ao Dia da Poesia, publicado no Diário de Natal. Então, segue aí abaixo o que seria publicado, escritp às pressas, pra variar:

Como vender cultura?
A teoria ensinada nas faculdades de jornalismo vira pó no moinho da prática diária nas redações. O jornalismo cultural talvez represente a ala das maiores discrepâncias. E longe deste aprendiz julgar qual o hemisfério onde mora a verdade, o correto. Deixa lá pro Daniel Piza, Adorno, Horkheimer e outros. De certo, afirmo: teoria não vende jornal. E jornal é produto empresarial, carece de dinheiro.

A tarefa é hercúlea: unir o útil ao agradável: boas matérias à vendagem. Surge o principal questionamento: qual assunto vende mais? Uma exposição de arte cinética ou um perfil com a Banda Grafith? Qual tem maior valor cultural? A exposição? Tudo bem. Mas qual o “nicho” interessado nessa matéria? Ínfimos artistas. E qual a abrangência de uma matéria bem produzida com o Grafith? Não seria popularizar a bola leitura e a informação?

O dilema é complexo. Inclui ainda a problemática das matérias factuais e as ditas “frias”, fora do criticado “agendão”. Intelectuais preferem discussões aprofundadas acerca da “alta arte”. A grande massa deseja saber as novidades do dia. E no meio do embate está o jornalista, interessado em agradar, gregos, troianos, babilônicos e outras tribos. Descendo do muro, defendo: o “agendão” pode ser informativo aos intelectuais desde que bem escrito, informativo, contextualizado, sem deixar a peteca das críticas aprofundadas cair.

Preá: Neste Dia da Poesia é oportuna uma lembrança: o lançamento de uma edição de uma edição especial da revista Preá, de cunho publicitário. Nela, promessas e mais equívocos. Sequer metade do que estaria “previsto e acordado” para 2009 foi cumprida. Esperemos outra edição.

Homenagem: Senti falta na programação municipal montada para o Dia da Poesia das homenagens aos poetas. Ano passado tivemos Nei Leandro de Castro e Volonté. Por que não este ano? Estranho. Falta argumentar que faltou verba, também.

Mobydick: Quem sobe ao palco do Sgt. Peppers de Ponta Negra para tocar com a Mobydick amanhã é a estreante Ledgers, dentro do projeto Primeira Audição. O projeto pretende abrir portas às bandas novas do rock potiguar. A partir das 21h. Ingresso: 7 dinheiros.

Twitter: (jovensartistas) “A Comissão Normativa do Projeto Djalma Maranhão já tem novos membros: Francisco Alves, Yuno Silva, Lenilza Alves e Romildo Soares”. Essa galera tem a responsabilidade de analisar e aprovar projetos culturais pelo Programa Djalma Maranhão.


JOVENS ARTISTAS
A novidade da cena cultural de Natal é o surgimento do Núcleo de Jovens Artistas, ou NJÁ. A galera se diz um coletivo criado a partir da necessidade notória de articulação política dos grupos e/ou artistas locais. Objetivo: qualificação e inserção profissional e recebimento de cachês em dia, sem competição com os coletivos já existentes na cidade. O coletivo já elaborou uma pauta de iniciativas. Entre elas, fóruns, ciclos de palestras e mapeamento dos grupos e artistas de teatro locais. Blog do NJÁ: nucleodejovensartistas.blogspot.com

DIA DA POESIA NA UFRN
A UFRN comemora o Dia da Poesia amanhã (segunda-feira) com o projeto Con-Versa com Prosa. Início ás 7h com o Café com Poesia, na pracinha do CCHLA. Ainda o lançamento do livro Auto da Barca na Terra dos Danados e do Letras Cantadas. Às 8h, acontece a Caminhada Poética. A programação da tarde, segue com palestra proferida pela poeta Neuza Pinheiro, no auditório da Escola de Música, das 16h às 18h. Após a palestra, acontece às 19h, o lançamento do teatro-livro A Farsa de Inês Pereira no Alto do Seridó.

Pink Floyd x Download
A Alta Corte britânica ordenou que a gravadora EMI pare de vender downloads individuais de músicas do Pink Floyd, podendo apenas comercializá-las como parte dos álbuns originais da banda, informou a Associated Press, de Londres. O grupo havia processado a companhia alegando que o contrato proíbe a venda separada das músicas. A EMI justificava que a regra contratual valia apenas para os álbuns físicos, e não para a internet.

Um comentário:

  1. Meu caro,
    só agora, ao ler o seu texto sobre "o quarteirão e o mundo" venho parabenizá-lo e ao mesmo tempo afirmar que o mesmo foi republicado no Balaio de hoje.

    Um abraço.

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