O Instituto Iniciativa Cultural, a Escrituras Editora e a Cinnamon Comunicação apresentam a coleção “Indústria Cinematográfica e Audiovisual Brasileira”, composta por três livros que apresentam um panorama detalhado sobre o mercado, a economia e as políticas públicas voltadas para o setor. A coleção contou com a coordenação da pesquisadora Alessandra Meleiro e reúne artigos de gestores, profissionais do mercado e outros pesquisadores.
No volume I, “Cinema e Políticas de Estado: da Embrafilme a Ancine”, a autora Melina Marson traça uma linha na história do cinema brasileiro, mostrando os bastidores do fim do ciclo da estatal da Embrafilme, no início dos anos 1990, passando pela criação da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual, a euforia do período da Retomada até chegar ao momento da repolitização e a participação da televisão no cinema, em 2002, culminando com a criação da Agência Nacional do Cinema - ANCINE.
Em “Cinema e Economia Política” (vol. II), diversos autores analisam as especificidades econômicas da indústria. Em seu artigo, o diplomata Marco Farani destrincha a política externa de promoção do cinema nacional em festivais internacionais e também em eventos específicos para filmes brasileiros. Edna dos Santos-Duisenberg aponta os desafios da economia criativa, enquanto Alessandro Teixeira detalha o papel da Apex-Brasil nesse contexto.
Outros temas desse volume são os novos modelos de regulação para o cinema e a televisão, trabalhados por César Bolaño e Anna Carolina Manso; a economia das indústrias audiovisuais, por Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske; o desenvolvimento de blockbusters brasileiros, em artigo de Fábio Sá Earp e Rodrigo Guimarães e Souza; a ética e o direito no cinema, por Marcos Bitelli; e um estudo de caso de Isaura Botelho sobre as práticas audiovisuais em São Paulo.
Por fim, “Cinema e Mercado”, a terceira obra da coleção, retrata em profundidade o tripé produção, distribuição e exibição. Arthur Autran escreve sobre o pensamento industrial brasileiro, João Paulo Rodrigues Matta faz um apanhado sobre a ineficácia da distribuição, enquanto Luiz Gonzaga de Luca traz números e especificidades do parque exibidor.
Antonio Leal e Tetê Mattos falam sobre o crescimento dos festivais nacionais, Sabrina Nudeliman e Daniela Pfeiffer discutem as novas mídias para o cinema, João Carlos Massarolo e Marcus Vinícius Alvarenga seguem na linha dos novos arranjos da economia digital, e Randal Johnson mostra o desempenho dos filmes brasileiros nos Estados Unidos.
Essa coleção é uma iniciativa pioneira no Brasil, resultante da Premiação do Programa de Ação Cultural (PAC) da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, edição 2009, e divulga os vários setores da área audiovisual, propondo uma ampla abordagem com alto nível de conteúdos e aplicações experimentais que englobam gráficos, ilustrações e fotografias.
Também permite ao leitor adentrar na indústria audiovisual, com uma perspectiva interdisciplinar, apoiada nas macrovisões de futuro, cobrindo assim uma grave carência de perspectivas estratégicas das organizações empresariais desta indústria.
Sobre a organizadora Alessandra Meleiro:
Pós-doutora junto à University of London (Media and Film Studies) e Pesquisadora Associada do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento: www.cebrap.org.br), onde Coordena o Centro de Análise do Cinema e do Audiovisual (www.cenacine.com.br). Doutora em Cinema e Políticas Culturais pela ECA/USP. Autora do livro “O Novo Cinema Iraniano: uma opção pela intervenção social” e organizadora das coleções “Cinema no mundo: indústria, política e mercado”, que conta com cinco volumes, e “A Indústria Cinematográfica Brasileira”, que conta com três volumes. Presidente do Instituto Iniciativa Cultural (www.iniciativacultural.org.br) e Professora Adjunta do Curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense (UFF)/ Rio de Janeiro. Guest Editor do Journal of African Cinemas, Intellect Publishers (UK) e Conferenci! sta Internacional.
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