Por Saramago
em Cadernos de Saramago
O viajante está feliz. Nunca na vida teve tão pouca pressa. Senta-se na beira de um destes túmulos, afaga com as pontas dos dedos a superfície da água, tão fria e tão viva, e, por um momento, acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo. É uma ilusão que o assalta de longe em longe, não lho levem a mal.
In Viagem a Portugal, Ed. Caminho, 21.ª ed., p. 137
(Selecção de Diego Mesa)
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