Ferro de Ribeira reeditado

Oswaldo Lamartine escapou das tocais armadas pela "onça caetana" por 87 anos e forçou viagem para outros sertões ao apertar o gatilho no peito. Morria ali, em 28 de março de 2007, um dos maiores e mais respeitados sertanistas do Brasil, elogiado por José Lins do Rêgo e Gilberto Freyre. Biógrafo dos detalhes, costumes e hábitos do seridó norte-rio-grandense, Lamartine tem hoje seu 14º livro - Ferro de Ribeiras do Rio Grande do Norte (Sebo Vermelho, 72 pág. R$ 20) - reeditado e com lançamento lítero-etílico agendado entre as 10h e 13h de amanhã, no próprio Sebo Vermelho do editor Abimael Silva (subida da Avenida Rio Branco, Cidade Alta).

"Ninguém escreveu com mais estilo e originalidade que Oswaldo Lamartine. Na dúvida, Cascudo sempre o consultava sobre coisas do Seridó". Abimael lembra ainda das consultas prestadas pelo caçula do ex-governador Juvenal Lamartine de Faria à escritora Raquel de Queiroz, quando escrevia Memorial de Maria Moura - depois transformada em minissérie televisiva da Rede Globo. O "estiloe originalidade" citado por Abimael diz respeito à escrita de cronista baseado no linguajar sertanejo mesclada à pesquisa minuciosa. E nesta toada, Lamartine relata o "amansar do gado primeiro" e "de como era ele assinado", "a heráldica do ferro incendido", "a feitura das marcas e da ferra", e a evolução "do ferro da marca ao ferro da ribeira".

Lançamento literário - Ferro de Ribeiras do RN
Autor: Oswaldo Lamartine
Quando: Amanhã, a partir das 10h, no Sebo Vermelho (Av. Rio Branco, Cidade Alta)
Preço: R$ 20

* Publicado hoje no Diário de Natal