quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O nome disso é descaso

Por Paulo Laguardia
por email

Em 29.06.2010, a Fundação José Augusto entrou em contato com os documentaristas vencedores do DOCTV, do RN, visando apresentar na SBPC, de 25 a 30.07, os 4 documentários, em espaço destinado à cultura, que a Fundação dispunha no Campus da UFRN.

Durante 3 dias, foram trocados vários emeios entre a Assessoria da FJA e este que vos fala, solicitando autorização para a exibição e informações acerca do trabalho realizado, culminando com nossa ida à Fundação, em 01.07.2010, para deixar dois DVDs, último contato, aliás, que tivemos.

Depois disso, passamos a divulgar a idéia, criando, como não podia deixar de ser, expectativas em pessoas que ainda não haviam assistido o documentário e em outras igualmente envolvidas na realização do f ilme. Sem contar que, em função dessa perspectiva, viagens foram adiadas, compromissos transferidos. Vale lembrar que a protagonista do nosso documentário é uma cineasta potiguar, residente, com sua família, em Natal, até então desconhecida, e que a exibição na SBPC - idéia que aplaudimos - seria uma ótima oportunidade pra mostrar a história dela para o Brasil.

Passou-se a SBPC, terminou o mês de julho e, pelo que me consta, os documentários não foram exibidos, por motivos que desconhecemos. Acreditamos, até, em alguma dificuldade ou obstáculo que tenha impedido a apresentação dos nossos trabalhos, isso nós até compreendemos.

O que não concordamos é com a absoluta falta de informação a nós, realizadores, sobre a ocorrência, deixando-nos sem qualquer satisfação, nem sequer nos devolvendo o material que entregamos na Fundação.

O nome disso é descaso. Ou desrespeito.

E O NOME DISSO?

Há cerca de 1 ano, eu e mais três roteiristas fomos contemplados com o prêmio de audio visual da FJA, Willian Cobbet, para a realização de 4 documentários. O nosso foi (seria?) sobre o Sebo Vermelho, o Cantão de Abimael.

Do valor (R$ 20.000,00, menos impostos, algo em torno de R$ 16.000,00 líquidos) não vimos nem o cheiro. Além do que, informação sobre isso, é artigo de luxo. E olhe que a Fundação tem um boletim semanal, enviado à comunidade, para divulgar seus atos na cultura. Mas nunca apareceu qualquer informação acerca desse prêmio. E, a cada ida nossa à FJA, as respostas são aquelas evasivas: "o empenho ainda não saiu", "está em tal secretaria", "depende de autorização", "o orçamento já foi fechado", etc. Pra não dizer qu e nunca nos falaram nada, nós tivemos dois chamados: o primeiro, ano passado, para assinarmos o termo de compromisso e há cerca de um mês, pra assinarmos uma espécie de recibo,o que me causou estranheza, pois dar recibo sem receber nada é, no mínimo, estranho. Mas, isso, segundo quem me atendeu, é uma prática, digamos "normal" na burocracia estadual.

Agora no mês de julho, ocorreram 3 eventos importantíssimos envolvendo o sebista e editor, Abimael, protagonista de nosso documentário: ele recebeu o título de cidadão honorário de Caicó, editou o livro de número 300, na própria Festa de Santana e lançou vários livros no estande da SBPC. Assim, por falta de grana, por falta de pagamento do prêmio a que temos direito, deixamos de captar esses momentos que certamente enriqueceriam nosso trabalho, perdendo-se a oportunidade de deixar para a cultura do Estado , um produto de melhor qualidade, valorizando, ainda m ais, o espírito que norteava o prêmio Willian cobbet.

E a Fundação, exatamente aquela que instituiu o prêmio, é a responsável por esse empobrecimento, pois deixou de cumprir suas obrigações com os vencedores do edital.

Recentemente, o Diretor Geral da Fundação vem, no editorial da PREÁ, reclamar que "liberdade de expressão virou privilégio de quem quer destruir reputações", prometendo "deixar de lado os desaforos".

Desaforo, Sr. Diretor, é, um ano após ganharmos os prêmios do Edital Willian Cobbet, os quatro azarados, entre os quais me incluo, já termos gastos dinheiro do próprio bolso, sem recebermos o que nos é de direito e praticamente nunca termos tido qualquer informação.

O nome disso, qual é?

3 comentários:

  1. O nome disso é SACANAGEM, POLÍTICA SUJA, PREGUIÇOSA E SEM VERGONHA NA CARA.

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  2. E digo mais, são um bando de cornos e FDP!

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  3. E o nome disso? A FJA surrupiou três quadros doados à Pinacoteca da Casa de Cultura de Martins. Doação específica para a casa. Levaram dizendo que era para uma "exposição intenerante". Faz mais de um ano. Quando a servidora da Casa foi à FJA, mandaram também ela assinar um recibo e devolver o ofício que comprova o desvio dos quadros. Ela foi suficientemente esperta para não devolver.Nem assinar. Acho que só uma ação judicial contra a direção da FJA vai resolver o impasse. É o jeito petê de administrar a cultura. Abraço.

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