Por François Silvestre
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Pois é. Ele (Geraldo Vandré) ainda deve morar na Martins Fontes, ed. Virgínia, ap.604, continuação da Augusta, antes da São Luiz. Esse apartamento foi alugado após ele deixar sua bagagem por quase um mês no apartamento onde eu morava na Frei Caneca. Que tempo? Só revendo fatos. Uma noite, no Teatro Oficina, eu ousei interromper Zé Celso Martinez, após ele fazer uma séria crítica à UNE. Zé Celso aceitou a crítica e pediu desculpas. Lá dos fundos da platéia dois caras gritaram meu nome. Eram os potiguares Adão e Mafiolleti. Ocorre que eu estava foragido, usando o nome de Paulo. Saímos do teatro; Vandré, Taiguara, Dimas e eu. Geraldo avisou que era preciso irmos a um bar da Europa, para "enganar" a polícia. Foi um porrão de vinho no bar alemão da Martinho Prado. Saudade. Abraço, François Silvestre.
Essa informação ou insinuação, no blog do mello, de que Vandré foi torturado é uma baita mentira. Conheço essa história de perto. Ele nem sequer foi preso. A não ser na fronteira da França com a Bélgica por motivos não políticos. Que dona Marta tratou com militares a sua volta é verdade, sem contudo Vandré ter qualquer participação nessa negociação. Vandré nunca foi político. Quiseram atribuir a ele uma postura que ele não encarnava. Foi vítima do mais estúpido patrulhamento. E continua sendo. Era amigo de Sodré. Qual o problema? Vandré é um poeta. Dos melhores que o cancioneiro brasileiro teve. Essa história de que ele quis ser herói é uma invencionice desonesta. Coisa de pseudos psicanalistas. A mediocridade tem dificuldade de conviver com a inteligência. Imagine com a genialidade. Abraço, François.
ResponderExcluirTem mais. Vandré também era amigo de Arnaldo Lacombe. Cuja casa frequentava. Lacombe havia sido chefe da Cadeia Nacional, que produzia a "Voz do Brasil", no governo Médici. Tornei-me amigo de Lacombe, por conta do meu irmão Dimas e de Vandré. Anos depois trabalhei com ele no Boletim Cambial, na Rua São Bento, sucursal do jornal carioca em São Paulo. Amizade não contamina ninguém. Não seleciono amizades por identidade ideológica. Roberto Guedes conhece esse episódio e também conheceu Lacombe. Na noite da morte de Herzog, Lacombe quase expulsa Vandré da sua casa, pois o mesmo usou o telefone da residência para comentar o assunto com um amigo do jornalista "suicidado" no Dói-Codi. Naquela noite, após esse fato, eu e o Dr. Vandrezígelo, pai de Vandré, nos encontramos com ele. Continuei amigo de Lacombe, até meu retorno para a prisão em Natal. Depois soube da sua morte. François.
ResponderExcluirSENHOR FRANCOIS SILVESTRE, GOSTARIA QUE O SENHOR OU OUTRA PESSOA QUE CONHECEU O EX-DIRETOR DA VOZ DO BRASIL EM 1970 ARNALDO LACOMBE, OU MESMO QUALQUER OUTRO FUNCIONARIO DA VOZ DO BRASIL DE 1966/1970.TENHO POUCOS COMPROVANTES DA EPOCA PARA SER ANEXADO AO MEU PROCESSO DE APOSENTADORIA POR ESTE MOTIVO NECESSITO TER CONTACTO COM EX-FUNCIONARIOS DA VOZ DO BRASIL PARA SABER PARA ONDE FOI OS ARQUIVOS DA VOZ DO BRASIL.
ResponderExcluirOBRIGADO,
EURIPEDES MENDES DA CUNHA.
usadacunha@gmail.com