Por equipe da Revista Catorze
Rodrigues Neto é verborrágico. Fala de forma ininterrupta, veloz, afobada. Responde as questões que lhe são dadas com longas digressões e as expressa com a sua habitual sinceridade ferina. Tenta justificar a sua posição a todo momento. Demonstra insegurança e determinação.
Colecionador de frases fortes, o jornalista Rodrigues Neto assumiu a presidência da Fundação Capitania das Artes (Funcarte) em 28 de outubro do ano passado depois da polêmica envolvendo o pagamento de funcionários do órgão.
Em menos de três meses de gestão, enfrentou um protesto dos atores que participavam do Auto de Natal daquele ano. Ação que segundo ele foi “orquestrada” e teve “objetivos políticos”. Doeu.
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Do blogueiro: Quase tudo do que o presidente da Funcarte disse de substancial ao pessoal da Revista Catorze ele já comentou na entrevista concedida ao Diário de Natal. Oh, mas o DN é foda! Não. Essa entrevista foi a melhor que já vi desde o início dessa gestão cultural munícipe. Texto corrido não traduz a "verborragia" de Rodrigues Neto. Ele é bocudo. E se fode por isso. Já disse a ele. Por causa de umas expressões chulas, espontâneas e verdadeiras, é mal intepretado pela hipocrisia de plantão. Ou deturpado por umas cagadas e andadas que diz.
Fato é que, extraia a essência do discurso e se tem a mesma cantilena do diretor geral da Fundação José Augusto: falta de prestígio governamental. Repito: sem dinheiro não se faz nada, por melhor das intenções. As dívidas já foram esclarecidas. E por que não são sanadas? Falta grana, claro. Mas, converse com ex-presidentes. Ações extremamente criativas e praticamente sem custo foram promovidas para driblar a burocracia ou a falta de recursos. Projetos apresentados ao governo. Convênios firmados em plano estadual e nacional. Ideias novas... - e aí são inúmeros os exemplos. Acredito que por aí se faça a boa cultura local.
Nesse aspecto, não se vê muita coisa. E por esse prisma partem minhas críticas. Sem ufanismo político ou questões pessoais, penso em gestão pouco proveitosa para 4 anos de gestão governamental e 2 anos de ajuste municipal. Por outro lado, acredito em boas perspectivas. Principalmente se levado em conta duas "casas" parcialmente "arrumadas" e prontas a trabalhar. A Funcarte começa a quitar seus débitos. e a FJA sob o vislumbre do novo governo e do prometido 1% de ICMS, além de funcionários motivados pelo plano de cargos.
Se a cultura mergulhar em mares mais profundos do que a fundura que já se encontra, vai se transformar naqueles peixes horrendos e praticamente desconhecidos da biologia marinha, residentes de um universo sem eira nem beira, regido por regras próprias, sem nenhum tubarão para por ordem na casa. Pode ser opinião inocente, mas acredito mesmo que melhorias virão e a cultura, em 2011, subirá à planície, à transparência e possa ser pescada por qualquer rede de pesca bem intencionada.
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