quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
2009
Agradeço a presença de você aqui durante este ano. Essa parceria tem rendido frutos. Vamos ao próximo. E se atravesso este ano com alguns pesares difíceis de lidar, o próximo há de ser mais ameno. Abraço a todos!
Retrospectiva cultural de Alex de Souza
O jornalista Alex de Souza traça um balanço amplo da cultura potiguar em 2008. Está tudo em sua coluna, hospedada no portal Nominuto. Alex fez o que ninguém fez ainda: mostrou o lado ruim da coisa. Não é à toa, o cara é dos melhores jornalistas da seara cultural deste Rio Grande de Poti. Confira lá que a retrospectiva ficou bacana.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Revorêdo visita Dácio
O futuro e o presente estiveram juntos hoje. O nomeado presidente da Capitania das Artes, César Revorêdo visitou o ainda chefe da cultura natalense, Dácio Galvão na manhã de hoje. Foram discutidas questões burocráticas e administrativas, num exemplo de civilidade e postura democrática. E mais novidades da Capitania: para o lugar da diretora de projetos culturais, Candinha Bezerra já foi chamado o iluminador Castelo Casado, e para coordenar o Museu Djalma Maranhão, o nome escolhido foi Everardo Ramos. Joenilton Tavares, hoje no Cemai, trabalhará diretamente com César, na parte de projetos; será uma espécie de secretário adjunto. Ilana Félix, continua na assessoria técnica. Também será mantido o nome da coordenadora da programação de carnaval, reveillon e diretora do Teatro Sandoval Wanderley, Ivonete Albano. A princício, Ivonete está confirmada para organizar o carnaval deste ano. É isso. Outros nomes também já foram escolhidos. Divulgarei aqui na medida do possível.
Troféu Grande Ponto de Cultura
O jornalista e fotógrafo Alexandro Gurgel faz uma análise da cultura potiguar pelo terceiro ano consecutivo para homenagear pessoas e projetos com o Troféu Grande Ponto de Cultura 2008. São variadas vertentes da cultura merecedoras de reconhecimento. Confira aqui cada uma delas.
Última Brouhaha de Dácio
A gestão atual da Capitania das Artes quis fechar seus seis anos de gestão com chave de ouro e lança hoje mais uma edição de um dos seus mais bem sucedidos projetos: a revista Brouhaha. Será às 18h no Bar Bardallos, famoso reduto boêmio das adjacências do Beco da Lama, no centro histórico da Cidade. A publicação é voltada principalmente para a museologia e traz também reportagens sobre o Festival do Forte, que mobilizou a classe artística natalense nos anos 70, o Beco da Lama, a luteria (arte de fazer instrumentos musicais), o projeto cultural do Nalva Melo Café Salão e as idéias e histórias dos Poetas Elétricos. Além da temática sobre museus, a nova edição da revista continua com as sessões Observador no Escritório (coluna de Carlos de Souza), Rede Cascudiana (com artigo de João Antônio Bezerra Neto), Poesia (de Henrique Sousa), Com a palavra (entrevista com Luiz Carlos Maciel) e o ensaio fotográfico com Ênio Bezerra.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Festa de Reis prejudicada
Transição de governo gera uma série de problemas para diversas áreas administrativas. É sempre assim. Com a cultural não seria diferente. Das mais tradicionais festas populares da cidade – a Festa de Reis – comemorada nos arredores do bairro de Santos Reis foi destituída da agenda orçamentária da programação do ciclo natalino da prefeitura de Natal este ano. Segundo o líder comunitário da região – que por infelicidade não foi eleito – Ubaldo Fernandes, com muito clamor e revolta a comunidade ainda conseguiu R$ 5 mil para montagem do palco, iluminação e som, quando em anos anteriores a verba era de R$ 20 mil. É isso mesmo. O reveillon também não haverá banda. É a economia de última hora. Que estourem a pirotecnia dos vivas!
Entrevista: César Revorêdo
A julgar pelo entusiasmo do novo presidente da Fundação Capitania das Artes, a coisa vai se manter bem direcionada. Liguei agora a pouco para o artista plástico César Revorêdo. Já sabia que nada ou quase nada conseguiria extrair dele a despeito da política cultural a ser adotada nos próximos quatro anos. Minha colega do Diário de Natal, Hayssa Pacheco já havia tentado quando da nomeação divulgada antes do Natal. Pensei que passado o nervosismo alguma coisa pudesse ser adiantada. Mas César, apesar da delicadeza ao negar cada pedido insistente, de fato nada ou quase nada revelou. Pelo menos negou as especulações de que os nomes chamados a priori para compor sua equipe eram ligados ao PT, e também que já havia chamado os jornalistas Carlos de Souza e Alex de Souza para integrar seu time. O comandante da nau Capitania das Artes assume dia 2 de janeiro. Se disse imerso em estudos, decifrações e elaborações de projetos para apresentar à imprensa assim que assumir a cadeira. A primeira impressão – se fica ou não, só o trabalho nos próximos meses ou anos vai dizer – é a de que César Revorêdo encarou o desafio com extrema responsabilidade. Não é pra menos. Vai ser difícil receber a aprovação conquistada por Dácio Galvão. Mas vamos torcer e muito, inclusive pela criação de um Fundo Municipal de Cultura. Veja a rápida entrevista a seguir e tire sua conclusão:
Sérgio Vilar – Sei que a equipe ainda está sendo formada e os projetos analisados ou em fase de elaboração, mas o que o novo presidente da Funcarte tem já como acertado para o próximo ano?
César Revoredo – Por enquanto estou imerso em estudos, elaboração de idéias e projetos para apresentar à imprensa com condições boas para discutir.
Mas algumas coisa deve estar acordada, como o desejo de manter algum projeto ou de executar um outro.
Ainda não. Estou numa tempestade de idéias. Tenho que pensar e apresentar coisas equíveis. Prefiro esperar para divulgar depois, quando tudo estiver pronto, bem pensado.
Quanto à equipe formada para elaboração e execução dos projetos, quem já foi chamado?
Estão dentro desse plano de idéias. Posso adiantar apenas que tudo está sendo feito com muito cuidado e responsabilidade. Peço apenas que você tenha um pouquinho de paciência. Eu vou precisar de vocês, mas agora não dá pra adiantar nada.
Já foi dito na imprensa que o nome dos jornalistas Carlos de Souza e Alex de Souza foram chamados para integrar sua equipe. Isso se confirma?
É tudo especulação. Quantos nomes você ouviu antes de anunciarem o meu? Quero agora estudar algo acima disso que é uma política de gestão eficiente, coisa que tenho feito com muito cuidado.
Há também boato de que os primeiros nomes chamados para compor sua equipe eram em maioria relacionados ao PT e logo foram barrados pela equipe da prefeita eleita Micarla de Souza...
Pra você ter idéia, desde o primeiro momento em que fui chamado pela prefeita até a confirmação do meu nome só tenho feito elaborar, decifrar coisas; estou numa imersão de idéias para consolidar projetos. Só isso.
Sérgio Vilar – Sei que a equipe ainda está sendo formada e os projetos analisados ou em fase de elaboração, mas o que o novo presidente da Funcarte tem já como acertado para o próximo ano?
César Revoredo – Por enquanto estou imerso em estudos, elaboração de idéias e projetos para apresentar à imprensa com condições boas para discutir.
Mas algumas coisa deve estar acordada, como o desejo de manter algum projeto ou de executar um outro.
Ainda não. Estou numa tempestade de idéias. Tenho que pensar e apresentar coisas equíveis. Prefiro esperar para divulgar depois, quando tudo estiver pronto, bem pensado.
Quanto à equipe formada para elaboração e execução dos projetos, quem já foi chamado?
Estão dentro desse plano de idéias. Posso adiantar apenas que tudo está sendo feito com muito cuidado e responsabilidade. Peço apenas que você tenha um pouquinho de paciência. Eu vou precisar de vocês, mas agora não dá pra adiantar nada.
Já foi dito na imprensa que o nome dos jornalistas Carlos de Souza e Alex de Souza foram chamados para integrar sua equipe. Isso se confirma?
É tudo especulação. Quantos nomes você ouviu antes de anunciarem o meu? Quero agora estudar algo acima disso que é uma política de gestão eficiente, coisa que tenho feito com muito cuidado.
Há também boato de que os primeiros nomes chamados para compor sua equipe eram em maioria relacionados ao PT e logo foram barrados pela equipe da prefeita eleita Micarla de Souza...
Pra você ter idéia, desde o primeiro momento em que fui chamado pela prefeita até a confirmação do meu nome só tenho feito elaborar, decifrar coisas; estou numa imersão de idéias para consolidar projetos. Só isso.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Woody Allen: o quase brilhante
Woody Allen nasceu para ser quase brilhante. É a sensação que tenho ao assistir seus filmes. Ontem foi a vez de seu último trabalho, O Sonho de Cassandra (2008). E foi assim também com Match Point (2005), que foi exibido recentemente na TV. Ou mesmo em outros mais antigos, em maioria comédias. Os dois são excelentes tramas de crimes, inspiradas em clássicos literários. Match Point, pelo menos, é claramente uma alusão a Crime e Castigo, de Dostoiévski. Em O Sonho de Cassandra aparecem elementos perfeitamente relacionados à tragédia grega com ideais shakespearianos. Embora bem inspirados, roteiros extremamente bem amarrados, diálogos inteligentes, fotografia bacana, enfim, elementos construtivos de um bom filme, não chega a ser aquele filme para mudar sua forma de pensar; um filme brilhante. Lembro quando John Lennon comentou da música My Sweet Lord, de George Harrison e disse que poderia ser uma excelente música se fosse melhor trabalhada. É o que penso dos filmes de Allen.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Balanços culturais
A seguir, lista de alguns destaques de 2008 lembrados pelo jornalista Tácito Costa, em seu blog Substantivo Plural. Acrescente ou faça a sua. Vamos homenagear e reconhecer os bons trabalhos e artistas do ano. Embora meu balanço já tenha sido feito e postado por aqui há algumas semanas, aproveito o formato da lista de Tácito para colocar minhas escolhas, entre parêntese, escritas abaixo:
1 - Uma leitura: Os detetives selvagens, do chileno Roberto Bolaño
(Mobydick, de Herman Melville - não é lançamento, claro, mas de longe foi o melhor livro que li este ano).
2 - Um filme: A vida dos outros. Direção e roteiro do alemão Florian Henckel von Donnersmarck.
(Batman, O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan - sem medo de errar)
3 - Um show: Gilberto Gil, no Machadão.
(Benito De Paula, no Seis e Meia)
4 - Um grande acontecimento cultural no RN: lançamento pela UFRN, de uma vez, de 15 obras importantes da literatura do estado.
(a regulamentação da Lei do Patrimônio Vivo, de autoria do deputado Fernando Mineiro)
5 – Uma instituição que merece um prêmio pela importância do trabalho e persistência: Cineclube Natal.
(Casa da Ribeira)
6 – Sai mas deixa saudades: Dácio Galvão.
(não pode ser outro, então, crio uma nova sessão: Fica e deixa todos putos: Crispiniano Neto)
7 – Permanece e continua fazendo muito pela literatura: Abimael Silva.
(Editora Queima Bucha)
8 – Não cansei de ouvir em 2008: Cartola, que teve justas homenagens em seu centenário de nascimento.
(Despedida de Glorinha Oliveira dos palcos, para registro; o cd Coisa de Preto, de Khrystal; e o cd Estirado no Estirâncio (ou sol sem sombra de dúvidas), do Poetas Elétricos)
9 – Uma perda lamentável: artista plástico Thomé Filgueira.
(mestre Cornélio Campina)
10 – Um ganho inestimável: Instituto de Neurociência de Natal (quase ninguém se deu conta, ainda, da importância deste centro para o RN).
(Museu Djalma Maranhão)
1 - Uma leitura: Os detetives selvagens, do chileno Roberto Bolaño
(Mobydick, de Herman Melville - não é lançamento, claro, mas de longe foi o melhor livro que li este ano).
2 - Um filme: A vida dos outros. Direção e roteiro do alemão Florian Henckel von Donnersmarck.
(Batman, O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan - sem medo de errar)
3 - Um show: Gilberto Gil, no Machadão.
(Benito De Paula, no Seis e Meia)
4 - Um grande acontecimento cultural no RN: lançamento pela UFRN, de uma vez, de 15 obras importantes da literatura do estado.
(a regulamentação da Lei do Patrimônio Vivo, de autoria do deputado Fernando Mineiro)
5 – Uma instituição que merece um prêmio pela importância do trabalho e persistência: Cineclube Natal.
(Casa da Ribeira)
6 – Sai mas deixa saudades: Dácio Galvão.
(não pode ser outro, então, crio uma nova sessão: Fica e deixa todos putos: Crispiniano Neto)
7 – Permanece e continua fazendo muito pela literatura: Abimael Silva.
(Editora Queima Bucha)
8 – Não cansei de ouvir em 2008: Cartola, que teve justas homenagens em seu centenário de nascimento.
(Despedida de Glorinha Oliveira dos palcos, para registro; o cd Coisa de Preto, de Khrystal; e o cd Estirado no Estirâncio (ou sol sem sombra de dúvidas), do Poetas Elétricos)
9 – Uma perda lamentável: artista plástico Thomé Filgueira.
(mestre Cornélio Campina)
10 – Um ganho inestimável: Instituto de Neurociência de Natal (quase ninguém se deu conta, ainda, da importância deste centro para o RN).
(Museu Djalma Maranhão)
Pão e circo
A solenidade de posse da prefeita eleita Micarla de Sousa será animada pela cantora-deusa Marina Elali, na sede do Palácio Felipe Camarão, e a transmissão de cargo pela banda Cavaleiros do Forró, no bairro de Felipe Camarão. É lá onde o prefeito Carlos Eduardo Alves se livrará do manto. Sinais dos tempos? Talvez não. O prefeito também usou do malfadado forró da massa para inauguração da nova Bernardo Vieira. Vamos em frente.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
O Jesus judeu
Este é daqueles textos que você se lamenta porque sempre quis escrever e nunca conseguiu. No blog do autor há ainda o texto O Jesus muçulmano, também demasiado elucidativo:
Por Pablo Capistrano*
Quando minha filha, Sarah, nasceu eu tive que ir a um cartório. Essa não era a minha primeira peregrinação através de cartórios para registrar filhos. Sarah era minha terceira cria e eu já estava acostumado a repetir o procedimento padrão para dar um nome civil a alguém. Mas, naquele dia, eu notei algo que havia me passado despercebido outras vezes. Lá, bem no canto do prédio, havia uma porta e sobre ela os dizeres: "Sala de casamento".
Com algum esforço eu pude mesmo do balcão, direcionar meu olhar curioso para vasculhar o que havia dentro daquela sala tão significativa, espremida entre os bancos e os birôs dos atendentes. Lá dentro havia algumas cadeiras, uma mesa de madeira negra e, sobre ela, fixo na parede, dominando com uma estranha luminosidade ocre o ambiente, a imagem de um cristo crucificado.
Curioso não é?
Em terra de marrano, mesmo em um cartório público, vigora com mais força o princípio geral de presunção de cristandade que afirma: "Todo mundo é católico até que se prove o contrário".
Não há como negar. Nosso país é uma invenção da língua portuguesa e da Igreja Católica, por isso, não ser cristão no Brasil é difícil. Mesmo as demoninações evangélicas precisaram de uma longa travessia para serem toleradas e aceitas.
O mais curioso é que José e Maria, não teriam condições de casar naquele cartório, nem naquela sala de casamentos porque, curiosamente, nem José, nem Maria, eram cristãos.
José, Maria e Jesus (o histórico) nasceram em um ambiente judaico e apesar do Evangelho de João ter disseminado na cristandade a idéia de que Jesus não era Judeu e de que teriam sido esses "judeus" que o mataram de forma cruel, é muito provável que Jesus filho de José tenha sido educado nos princípios fundamentais de um dos inúmeros judaísmos que fervilhavam naquela época na terra de Israel. Saduceus, Fariseus, Zelotas, Essênios; todos grupos judaicos divergentes que interpretavam de modo variado a Lei de Moisés e a praticavam segundo suas leituras particulares. Provavelmente se você voltasse no tempo até aquela época, não conseguisse diferenciar de forma clara os primeiros discípulos de Jesus, de uma dessas facções judaicas.
Talvez você não saiba, mesmo sendo um cristão devoto, que Tiago, identificado como irmão de Jesus, defendia a idéia de que todos os cristãos, além de serem circuncidados, deveriam orar no Templo de Salomão. Esse primeiro cristianismo incorporou elementos muito significativos do Judaísmo como o batismo (que até hoje é usado para converter alguém que não é filho de mãe judia ao judaísmo), ou mesmo a incorporação de algumas festas judaicas como a de Pessach (páscoa).
Só em 49 da era comum, após o primeiro concílio cristão em Jerusalém é que Paulo de Tarso aparece para opor-se a Igreja de Tiago e levanta a tese da não necessidade de circuncisão para a adoção da fé cristã. O que estava por trás dessa primeira grande peleja entre cristãos, era a oposição que envolvia certo tipo de judeu nacionalista, apegado às idéias de resistência contra a dominação romana, e judeus helenistas (como Paulo) que falavam grego e se adaptavam bem as novidades da cultura que vinha de Roma. Antes de se transformar definitivamente em cristianismo, a partir do concílio de Nicéa (325), a religião de Jesus passou por um lento processo de "desjudaização" que a afastou do oriente e a aproximou no mundo Greco-romano.Nesse processo algo se perdeu.
As festas do ano novo judaico (Rosh Rashanah) foram substituídas pelas comemorações pagãs em homenagem ao Sol (25 de Dezembro). Os tabus alimentares foram aos poucos sendo abandonados, e a crença monolítica em um Deus único sofreu alguns ?ajustes? para se encaixar melhor ao gosto Greco-romano.
De Tiago a Lutero o cristianismo se formatou construindo uma curiosa mistura que unia Jerusalém e Atenas sob os auspícios de Roma. Essas três cidades são centrais na mistura cristã e não podemos pensar, ainda mais nessa época de Natal, que o serviço de criar essa religião se deva apenas aos esforços do Rabino Jeshuah ben Joseph (Jesus de José).
Muitos cristãos não sabem, mas nem todos os judeus na época de dominação do império romano praticavam as atitudes criticadas pelo rabino Jeshuah. Se os Fariseus cumpriam rigorosamente as prescrições da Lei, os adeptos do Rabino Hilel, por exemplo, entendiam que o mais importante era: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e os outros como a si mesmo, porque o resto é interpretação".
Essa postura livre, calcada na busca de uma ética da interpretação não dogmática da lei mosaica, na oração (no trabalho místico) e na caridade, que salta de boa parte dos quase 33 evangelhos de Jesus que se tem notícia, tem base no judaísmo. Apesar de toda a carne queimada nas fogueiras, todo sangue derramado nos pogrons e na montanha de corpos asfixiados nas câmaras de gás não se pode perder essa dimensão, por pior que seja, para você, amigo devoto, a imagem do judeu.
Religiões não caem do céu. Elas são produtos históricos que expressam os esforços do homem em encontrar um modo de se relacionar com o divino que vezes surge e vezes se esconde na vida de cada um. Nesse esforço por construir pontes, caminhos, veredas e passagens para o sagrado, os homens também costumam a cavar seus abismos, e apagar as pistas daquilo que eles mesmos construíram.
Nesse tempo de Natal, se você é cristão, não há porque pensar que essa festa seja só sua. Talvez, seu vizinho, judeu ou mulçumano, possa ser mais parecido contigo do que você imagina. Talvez, uma boa parte daquilo que você professa não seja seu. Talvez, boa parte daquilo que você acredita, tenha vindo de um ponto no tempo, de um lugar no espaço que precisa ser recuperado e reconstruído, para que isso que nos divide também não acabe por nos destroçar.
* Pablo Capistrano é escritor e professor de filosofia.
Por Pablo Capistrano*
Quando minha filha, Sarah, nasceu eu tive que ir a um cartório. Essa não era a minha primeira peregrinação através de cartórios para registrar filhos. Sarah era minha terceira cria e eu já estava acostumado a repetir o procedimento padrão para dar um nome civil a alguém. Mas, naquele dia, eu notei algo que havia me passado despercebido outras vezes. Lá, bem no canto do prédio, havia uma porta e sobre ela os dizeres: "Sala de casamento".
Com algum esforço eu pude mesmo do balcão, direcionar meu olhar curioso para vasculhar o que havia dentro daquela sala tão significativa, espremida entre os bancos e os birôs dos atendentes. Lá dentro havia algumas cadeiras, uma mesa de madeira negra e, sobre ela, fixo na parede, dominando com uma estranha luminosidade ocre o ambiente, a imagem de um cristo crucificado.
Curioso não é?
Em terra de marrano, mesmo em um cartório público, vigora com mais força o princípio geral de presunção de cristandade que afirma: "Todo mundo é católico até que se prove o contrário".
Não há como negar. Nosso país é uma invenção da língua portuguesa e da Igreja Católica, por isso, não ser cristão no Brasil é difícil. Mesmo as demoninações evangélicas precisaram de uma longa travessia para serem toleradas e aceitas.
O mais curioso é que José e Maria, não teriam condições de casar naquele cartório, nem naquela sala de casamentos porque, curiosamente, nem José, nem Maria, eram cristãos.
José, Maria e Jesus (o histórico) nasceram em um ambiente judaico e apesar do Evangelho de João ter disseminado na cristandade a idéia de que Jesus não era Judeu e de que teriam sido esses "judeus" que o mataram de forma cruel, é muito provável que Jesus filho de José tenha sido educado nos princípios fundamentais de um dos inúmeros judaísmos que fervilhavam naquela época na terra de Israel. Saduceus, Fariseus, Zelotas, Essênios; todos grupos judaicos divergentes que interpretavam de modo variado a Lei de Moisés e a praticavam segundo suas leituras particulares. Provavelmente se você voltasse no tempo até aquela época, não conseguisse diferenciar de forma clara os primeiros discípulos de Jesus, de uma dessas facções judaicas.
Talvez você não saiba, mesmo sendo um cristão devoto, que Tiago, identificado como irmão de Jesus, defendia a idéia de que todos os cristãos, além de serem circuncidados, deveriam orar no Templo de Salomão. Esse primeiro cristianismo incorporou elementos muito significativos do Judaísmo como o batismo (que até hoje é usado para converter alguém que não é filho de mãe judia ao judaísmo), ou mesmo a incorporação de algumas festas judaicas como a de Pessach (páscoa).
Só em 49 da era comum, após o primeiro concílio cristão em Jerusalém é que Paulo de Tarso aparece para opor-se a Igreja de Tiago e levanta a tese da não necessidade de circuncisão para a adoção da fé cristã. O que estava por trás dessa primeira grande peleja entre cristãos, era a oposição que envolvia certo tipo de judeu nacionalista, apegado às idéias de resistência contra a dominação romana, e judeus helenistas (como Paulo) que falavam grego e se adaptavam bem as novidades da cultura que vinha de Roma. Antes de se transformar definitivamente em cristianismo, a partir do concílio de Nicéa (325), a religião de Jesus passou por um lento processo de "desjudaização" que a afastou do oriente e a aproximou no mundo Greco-romano.Nesse processo algo se perdeu.
As festas do ano novo judaico (Rosh Rashanah) foram substituídas pelas comemorações pagãs em homenagem ao Sol (25 de Dezembro). Os tabus alimentares foram aos poucos sendo abandonados, e a crença monolítica em um Deus único sofreu alguns ?ajustes? para se encaixar melhor ao gosto Greco-romano.
De Tiago a Lutero o cristianismo se formatou construindo uma curiosa mistura que unia Jerusalém e Atenas sob os auspícios de Roma. Essas três cidades são centrais na mistura cristã e não podemos pensar, ainda mais nessa época de Natal, que o serviço de criar essa religião se deva apenas aos esforços do Rabino Jeshuah ben Joseph (Jesus de José).
Muitos cristãos não sabem, mas nem todos os judeus na época de dominação do império romano praticavam as atitudes criticadas pelo rabino Jeshuah. Se os Fariseus cumpriam rigorosamente as prescrições da Lei, os adeptos do Rabino Hilel, por exemplo, entendiam que o mais importante era: "Amar a Deus sobre todas as coisas, e os outros como a si mesmo, porque o resto é interpretação".
Essa postura livre, calcada na busca de uma ética da interpretação não dogmática da lei mosaica, na oração (no trabalho místico) e na caridade, que salta de boa parte dos quase 33 evangelhos de Jesus que se tem notícia, tem base no judaísmo. Apesar de toda a carne queimada nas fogueiras, todo sangue derramado nos pogrons e na montanha de corpos asfixiados nas câmaras de gás não se pode perder essa dimensão, por pior que seja, para você, amigo devoto, a imagem do judeu.
Religiões não caem do céu. Elas são produtos históricos que expressam os esforços do homem em encontrar um modo de se relacionar com o divino que vezes surge e vezes se esconde na vida de cada um. Nesse esforço por construir pontes, caminhos, veredas e passagens para o sagrado, os homens também costumam a cavar seus abismos, e apagar as pistas daquilo que eles mesmos construíram.
Nesse tempo de Natal, se você é cristão, não há porque pensar que essa festa seja só sua. Talvez, seu vizinho, judeu ou mulçumano, possa ser mais parecido contigo do que você imagina. Talvez, uma boa parte daquilo que você professa não seja seu. Talvez, boa parte daquilo que você acredita, tenha vindo de um ponto no tempo, de um lugar no espaço que precisa ser recuperado e reconstruído, para que isso que nos divide também não acabe por nos destroçar.
* Pablo Capistrano é escritor e professor de filosofia.
Khrystal e o Beco
A Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (Samba) convidam os bons de coração e copo para sua festa de confraternização. Será amanhã a partir das 16h, em frente ao Bardallos. E com show de Khrystal e banda com início às 18h; lançamento do calendário artístico da empresa Offset Gráfica e Editora, que este ano homenageia o artista plástico Ângelo Desmoulins Tavares, o Jotó; também lançamento do álbum de trabalhos artísticos Almanaque do Beco, produzido pelo artista gráfico Venâncio Pinheiro. Tem ainda entrega da premiação do Pratodomundo e dos três prêmios Hangar conquistados por Khrystal, que volta ao Beco de origem, quando iniciou carreira há nove anos.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Felicitações natalinas
Aos 45 minutos deste tempo natalino venho neste espaço desejar ao amigo leitor minhas felicitações do período. O de praxe suas tias e parentes já disseram, com o velho acréscimo do dinheiro no bolso. Quero aqui fazer uma corrente positiva para uma Natal melhor e culturalmente bem servida para os próximos anos. Vamos torcer para que nossa cidade não vire um canteiro de dondocas. Soube pela coluna de Mário Ivo que o novo presidente da Capitania, César Revoredo deseja manter a revista Brouhaha, com nova equipe. E que estão no novo fronte Carlão e Alex de Souza. São excelentes indícios.
Conversei ontem rapidamente com o deputado Fernando Mineiro, grande incentivador de nossa cultura. Claro, critiquei a gestão do também petista Crispiniano Neto à frente da Fundação José Augusto. Mineiro culpou a burocracia estatal. Disse que gestões anteriores tiveram o mesmo problema, inclusive as gestões municipais. Retruquei e citei exemplos de feitos de François Silvestre e Isaura Rosado, e a conversa foi interrompida. Pouco depois o papo foi com o assessor de imprensa da prefeitura, Heverton de Freitas. E ele concordou em parte com o que disse Mineiro; que a elogiosa gestão de Dácio, em grande parte, deve ser atribuída à aposta nos benefícios culturais pelo prefeito Carlos Eduardo.
Em resumo: a burocracia reina e é dependente da vontade política. Mas há como driblar as dificuldades. Os exemplos são muitos. Acredito que haja boa vontade na prefeita eleita. Mas há um outro elemento fundamental nesse imbróglio: a competência, a visão mais abrangente do fazer cultural. O time está sendo formado e o quesito é inquestionável. Resta saber se haverá a tal vontade política. Vamos torcer. O ano promete surpresas. E até uma Preá para janeiro, vejam só!
Até amanhã após a ressaca!
Conversei ontem rapidamente com o deputado Fernando Mineiro, grande incentivador de nossa cultura. Claro, critiquei a gestão do também petista Crispiniano Neto à frente da Fundação José Augusto. Mineiro culpou a burocracia estatal. Disse que gestões anteriores tiveram o mesmo problema, inclusive as gestões municipais. Retruquei e citei exemplos de feitos de François Silvestre e Isaura Rosado, e a conversa foi interrompida. Pouco depois o papo foi com o assessor de imprensa da prefeitura, Heverton de Freitas. E ele concordou em parte com o que disse Mineiro; que a elogiosa gestão de Dácio, em grande parte, deve ser atribuída à aposta nos benefícios culturais pelo prefeito Carlos Eduardo.
Em resumo: a burocracia reina e é dependente da vontade política. Mas há como driblar as dificuldades. Os exemplos são muitos. Acredito que haja boa vontade na prefeita eleita. Mas há um outro elemento fundamental nesse imbróglio: a competência, a visão mais abrangente do fazer cultural. O time está sendo formado e o quesito é inquestionável. Resta saber se haverá a tal vontade política. Vamos torcer. O ano promete surpresas. E até uma Preá para janeiro, vejam só!
Até amanhã após a ressaca!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Nova Papangu
Fazendo cabelo, bigode e até a barba do Papai Noel, os Papangus chegam mais uma vez às bancas de revistas e jornais das terras potiguares. Na capa, “Mamãe Micarla” — a grande esperança do natalense para o comando da capital nos próximos quatro anos. A revista com edições mais regulares deste Rio Grande de Poti traz ainda o polêmico Ariano Suassuna na sessão de entrevistas. A coluna aproveita para parabenizar editores e colaboradores e desejar um fim de ano cheio de graça (nos dois sentidos!) aos bons Alexandro Gurgel, Raildon Lucena, David Leite, Túlio Ratto, Clauder Arcanjo, Yasmine Lemos, Antonio Amâncio, Cefas Carvalho, Damião Nobre e Antonio Capistrano.
César Revorêdo escolhido presidente da Funcart
O artista plástico César Revorêdo está confirmado como presidente da Capitania das Artes. O anúncio ainda será feito pela prefeita eleita Micarla de Sousa, ou hoje ou amanhã. Mas, fontes seguras afirmam que o novo presidente da Funcart já começou a montar sua equipe.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Poetas elétricos em estirâncio
Estirado no Estirâncio (ou sol sem sombra de dúvidas) é trilha sonora de sonhos. São os sons inaudíveis da zona lavada do estirâncio – faixa de terra deixada pela maré quando seca Salve a palavra didática e a complexidade do contexto! E o contexto é desconexo. Nem sol para iluminar idéias ou queimar dúvidas. Ora, escrevo sobre poetas elétricos, famélicos pela desconstrução construtiva da palavra ou lavra de frases; assuntos assados. É palavra usada, ousada; soada. Impressões pressionadas pelo desejo cego da experimentação. E perdoem-me poetas elétricos, os teatros mágicos não sabem o que fazem. São vocês os donos do imã atrativo da rima. Carito nunca ficará no caritó. É casado com a poemúsica. E dela pariu música falada e falhada. Só para tentar outra vez. É união instável; testável. O conflito é confuso. Luta de espadas contra vogais e consoantes; cutilada no sentido do som. É preciso cuidado, caro ouvinte-leitor-canibal famélico de palavras tortas. A liberdade é vigiada pela sentinela-poesia. Pode modificar seu paradigma digno de parar o trânsito dos seus amores e certezas. Poetas elétricos são para poucos viventes radicais abertos aos experimentos lingüísticos para além do bem e do mal. Que o diga Nietzsche e a salva-guarda libertária das morais carcereiras. O desconcerto pode ser fatal. E o descompasso virar passo, no espaço longo do tempo. Melhor aceitar o convite. Fuja da vida mansa, estirada no estirâncio de sombra fresca e busque a vida ávida de dúvidas ao sol sem sombras. Mergulhe na sopa elétrica de poetas. Sonhe com a voz “pretextuosa” de Carito. Coloque o ouvido no ácido metálico-sonoro de Edu Gomez. E dance com Michelle Régis um som imaginário na voz da primeira pessoa da plural afinação. São poetas eletrocutados pela energia que avança e descansa no estirâncio a doce palavra melada de meta-física. Agradeço a viagem, caros prosadores da poesia. Já guardei meu guarda-sol. Quero agora a luz descoberta. Sou agora polifônico!
Funcarte
O próximo presidente da Funcarte será anunciado até quarta-feira. Este foi o prazo final dado pela prefeita eleita Micarla de Sousa para a divulgação completa do secretariado. Para comandar a nau Capitania das Artes, alguns nomes emergem do oceano de Netuno. O que se sabe: o artista plástico César Revoredo foi chamado e compareceu ao Novotel para conversar com Micarla. O folclorista Severino Vicente visitou redações para lançar seu nome. O colega de TV Ponta Negra de Micarla, Rodrigues Neto deseja a vaga. E o escritor e artista plástico Iaperi Araújo seria o nome indicado pelo senador José Agripino, que ao que tudo indica, detém a indicação para a presidência da Capitania. Vamos aguardar.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Júlio Lima
Quinta-feira preferi fugir da muvuca de gente no show dos velhinhos roqueiros do Titãs e Paralamas para conhecer o trabalho do músico e compositor Júlio Lima, na Casa da Ribeira. O valor simbólico de R$ 2 pago para assistir também à apresentação da companhia de dança Cantinho de Nóis e Salão e ainda o grupo Pau e Lata foi uma vergonha. Apresentações como aquelas valeriam muito mais se o grande público soubesse apreciar a boa arte.
Mas fui mesmo para conhecer o trabalho de Júlio Lima. O cara exala música pelos poros. É um talento singular a espera do sucesso. Lançou carreira solo a pouco tempo, depois de integrar a banda MPSol. Difere um pouco dos bons artistas potiguares pela música de caráter mais cosmopolita, embora o regionalismo também esteja impregnado e muito bem colocado em algumas letras. Júlio toca reggae, mangue-beat, rock e até boleros com muita propriedade. E mesmo com a diversidade de ritmos, há uma identidade musical.
Quando me falaram que Júlio Lima tinha um repertório com mais de 400 composições autorais, com apenas 29 anos, achei exagero. Poucos artistas consagrados conseguem alcançar esta marca. Os elogios a respeito do seu virtuosismo com os intrumentos também me foram confirmados. A voz grave e bem postada é vigorosa e casa perfeitamente com a suavidade da backing vocal.
A apresentação de Júlio foi no andar superior da Casa da Ribeira, na sala de Artes Visuais. Não sei se foi o primeiro show musical promovido lá. Mas o espaço pequeno, as cerca de 15 pessoas e a participação do Pau e Lata em uma das músicas (acho que se chama Enlatado, devido ao refrão), foi um verdadeiro coquetel molotov. Sensacional. Para quem achou exagero os elogios demasiados, a expectativa foi atendida. Repasso agora a opinião ao amigo leitor quando assistir o tal de Júlio Lima.
Mas fui mesmo para conhecer o trabalho de Júlio Lima. O cara exala música pelos poros. É um talento singular a espera do sucesso. Lançou carreira solo a pouco tempo, depois de integrar a banda MPSol. Difere um pouco dos bons artistas potiguares pela música de caráter mais cosmopolita, embora o regionalismo também esteja impregnado e muito bem colocado em algumas letras. Júlio toca reggae, mangue-beat, rock e até boleros com muita propriedade. E mesmo com a diversidade de ritmos, há uma identidade musical.
Quando me falaram que Júlio Lima tinha um repertório com mais de 400 composições autorais, com apenas 29 anos, achei exagero. Poucos artistas consagrados conseguem alcançar esta marca. Os elogios a respeito do seu virtuosismo com os intrumentos também me foram confirmados. A voz grave e bem postada é vigorosa e casa perfeitamente com a suavidade da backing vocal.
A apresentação de Júlio foi no andar superior da Casa da Ribeira, na sala de Artes Visuais. Não sei se foi o primeiro show musical promovido lá. Mas o espaço pequeno, as cerca de 15 pessoas e a participação do Pau e Lata em uma das músicas (acho que se chama Enlatado, devido ao refrão), foi um verdadeiro coquetel molotov. Sensacional. Para quem achou exagero os elogios demasiados, a expectativa foi atendida. Repasso agora a opinião ao amigo leitor quando assistir o tal de Júlio Lima.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Aviso aos navegantes
Breve aviso aos que freqüentam este espaço: a linha editorial deste blog e, principalmente, meus conceitos, princípios e pensamentos permanecerão inalterados, agrade ou desagrade quem for. O espaço é democrático e aberto, também, às críticas ou respostas. Não mudarei! Farei minhas críticas e elogios sem amarra alguma com político, grupelho, empresa ou ninguém. Pago um preço por isso e reconheço. Infelizmente muitos são avessos às críticas, mesmo as construtivas. Aqui e acolá recebo informação que um ou outro ficou emputecido comigo.
Dia desses, no Bardallos, depois de algumas cervejas um casal que sentou à mesa comigo, minha namorada e outro casal se surpreendeu ao saberem que eu era o tal Sérgio Vilar que escrevera “bobagens” a respeito de Arnaldo Antunes, em texto de cobertura do Ene. Depois de explicar o porquê de tais palavras, a pessoa se convenceu e tudo ficou numa boa. Ou seja: falta diálogo ou leitura crítica.
O mesmo texto recebeu elogio do chefe de redação do Diário de Natal, Osair Vasconcelos. E olhe que o último elogio que recebi de Osair, que eu me lembre, foi uma entrevista que fiz com Ariano Suassuna, há uns dois ou três anos. É mais um exemplo de que as opiniões são distintas, nem por isso, conclusivas, verdadeiras. São apenas opiniões. Não me julguem por tais. Com certeza não destrato ninguém em sua pessoalidade. E isso basta. O problema é a vaidade – dos grandes males do século.
Um exemplo. Vou reescrever – talvez entendam melhor – o que disse, a despeito de uma crítica a respeito do folclorista Severino Vicente, que se lançou à cadeira de presidente da Capitania das Artes: “É o melhor nome, principalmente a quista dos outros cogitados”. Falei ainda que é, aparentemente, uma boa pessoa. Mas convenhamos: se autopromover e tentar ganhar respeito invocando o nome dos chefões do jornal, acho incorreto. Em conversa com outros jornalistas, que riram do gesto, até o defendi: disse que era um cara capacitado, de boa índole e que não merecia ser julgado por um ato isolado.
Mas é isso. Não foi a primeira vez, nem será a última. De todas as críticas publicadas neste blog ou em minha coluna semanal no DN, arrependo-me apenas de uma, deferida contra o escritor e jornalista Franklin Jorge, apenas porque foi escrita por outrem e publicada neste espaço. Foram críticas pessoais que eu deveria ter censurado. Erros ocorrem. Que joguem as primeiras pedras...
Dia desses, no Bardallos, depois de algumas cervejas um casal que sentou à mesa comigo, minha namorada e outro casal se surpreendeu ao saberem que eu era o tal Sérgio Vilar que escrevera “bobagens” a respeito de Arnaldo Antunes, em texto de cobertura do Ene. Depois de explicar o porquê de tais palavras, a pessoa se convenceu e tudo ficou numa boa. Ou seja: falta diálogo ou leitura crítica.
O mesmo texto recebeu elogio do chefe de redação do Diário de Natal, Osair Vasconcelos. E olhe que o último elogio que recebi de Osair, que eu me lembre, foi uma entrevista que fiz com Ariano Suassuna, há uns dois ou três anos. É mais um exemplo de que as opiniões são distintas, nem por isso, conclusivas, verdadeiras. São apenas opiniões. Não me julguem por tais. Com certeza não destrato ninguém em sua pessoalidade. E isso basta. O problema é a vaidade – dos grandes males do século.
Um exemplo. Vou reescrever – talvez entendam melhor – o que disse, a despeito de uma crítica a respeito do folclorista Severino Vicente, que se lançou à cadeira de presidente da Capitania das Artes: “É o melhor nome, principalmente a quista dos outros cogitados”. Falei ainda que é, aparentemente, uma boa pessoa. Mas convenhamos: se autopromover e tentar ganhar respeito invocando o nome dos chefões do jornal, acho incorreto. Em conversa com outros jornalistas, que riram do gesto, até o defendi: disse que era um cara capacitado, de boa índole e que não merecia ser julgado por um ato isolado.
Mas é isso. Não foi a primeira vez, nem será a última. De todas as críticas publicadas neste blog ou em minha coluna semanal no DN, arrependo-me apenas de uma, deferida contra o escritor e jornalista Franklin Jorge, apenas porque foi escrita por outrem e publicada neste espaço. Foram críticas pessoais que eu deveria ter censurado. Erros ocorrem. Que joguem as primeiras pedras...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Programação cultural simplificada
Com a enxurrada de shows promovidos pelo poder público para hoje e próximos dias (e nos mesmos dias), vou tentar organizar o roteiro para melhor escolha do leitor:
Hoje (quinta-feira)
- Titãs e Paralamas do Sucesso e Festival de Dança de Natal
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- Chico César e mais nove atrações
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: 20h
Sexta-feira
- Gilberto Gil e Festival de Dança de Natal
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- Dominguinhos e Orquestra Sinfônica do RN
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: 20h
Sábado
- Encenação do espetáculo Auto de Natal mais show de Fagner
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- Atração musical a ser definida, show de grupos folclóricos, mais a encenação do auto natalino A Festa do Menino Deus
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: início às 19h
Domingo
- Encenação do espetáculo Auto de Natal mais show de Elba Ramalho
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- MV Bill, show de grupos folclóricos, mais a encenação do auto natalino A Festa do Menino Deus
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: início às 19h
Segunda-feira
- Antônio Nóbrega, show de grupos folclóricos, mais a encenação do auto natalino A Festa do Menino Deus
Local: Anfiteatro da UFRNHora: início às 19h
Hoje (quinta-feira)
- Titãs e Paralamas do Sucesso e Festival de Dança de Natal
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- Chico César e mais nove atrações
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: 20h
Sexta-feira
- Gilberto Gil e Festival de Dança de Natal
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- Dominguinhos e Orquestra Sinfônica do RN
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: 20h
Sábado
- Encenação do espetáculo Auto de Natal mais show de Fagner
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- Atração musical a ser definida, show de grupos folclóricos, mais a encenação do auto natalino A Festa do Menino Deus
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: início às 19h
Domingo
- Encenação do espetáculo Auto de Natal mais show de Elba Ramalho
Local: estádio Machadão
Hora: 19h
- MV Bill, show de grupos folclóricos, mais a encenação do auto natalino A Festa do Menino Deus
Local: Anfiteatro da UFRN
Hora: início às 19h
Segunda-feira
- Antônio Nóbrega, show de grupos folclóricos, mais a encenação do auto natalino A Festa do Menino Deus
Local: Anfiteatro da UFRNHora: início às 19h
Adorável Avarento
A última exibição de cinema promovido pelo Cineclube Natal este ano é Adorável Avarento (1970), de Ronald Neame – uma adaptação de Um conto de Natal, um clássico natalino de Charles Dickens. Será no Nalva Melo Café Salão, dentro da programação do Cine Café, amanhã, às 20h.
Essências
Ouvi semana passada o Cd Essências, do compositor Nelson Freire. É um trabalho bem produzido, com um time de primeira linha por trás dos arranjos. Participações especiais de Khrystal, Pedrinho Mendes e a própria filha de Nelson, Sofia Freire, de belíssima voz, engrandecem a obra. Achei as composições bem elaboradas, salvo um ou outro deslize. Falta apenas mais virtuosismo – talvez amadurecimento – no vocal de Nelson Freire. Isso fica evidente quando outros intérpretes cantam sua música.
Capitu esteve aqui
Os “olhares de ressaca” da intérprete da personagem da minissérie global Capitu, Letícia Persiles ficaram conhecidos. Mas pouca gente lembra que a moça de 25 anos é também vocalista da banda de pop rock Manaca, que tocou no Festival Mada ano passado. A banda toca uma mistura de ritmos folclóricos com rock. O Mada ajudou a revelar inúmeros talentos musicais, mas para o cinema foi a primeira vez.
Programação alterada
A produção dos eventos culturais promovidos pela Fundação José Augusto está sofrendo do mesmo mal da organização do Encontro Natalense de Escritores: o cancelamento de atrações. Devido à indisponibilidade de passagens áreas, o show de Oswaldo Montenegro foi cancelado. A produção do evento informa que o restante da programação – que começa amanhã no Anfiteatro da UFRN com show da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte e o instrumentista Dominguinhos – será mantida, incluindo o show do dia 20 de dezembro (sábado), porém com outra atração cultural. O artista que substituirá Oswaldo Montenegro ainda não foi definido.
Auto de Natal começa hoje
O Auto de Natal começa hoje e segue até domingo. Música, dança, teatro e fé serão os componentes desses quatro dias de festa, realizada pela Capitania das Artes. Mais uma vez o espetáculo ocorre no largo do estádio Machadão, sempre às 19h e com entrada gratuita. Hoje os shows serão de Titãs e Paralamas do Sucesso. Amanhã Gilberto Gil marca sua volta a Natal após mais de seis anos de ausência dos palcos, apresentando seu novo trabalho Banda Larga Cordel. Hoje e sexta acontecem ainda o Festival de Dança. É mesmo um espetáculo grandioso. E vamos torcer que o imbróglio judicial que retém os R$ 40 milhões do contrato da prefeitura com o Banco do Brasil seja resolvido até amanhã. Só pra lembrar, o prefeito afirmou essa semana que o Auto pode ser cancelado por falta de pagamento.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Disputa pela Funcarte (novo round)
O folclorista Severino Vicente tem visitado redações para se auto-indicar, segundo ele, o melhor presidente da Capitania das Artes, com o endosso do senador José Agripino – claramente o donatário da capitania – e do deputado estadual José Adécio. Sebastião chega munido de ofício o qual consta o apoio de diversas entidades culturais representativas de diversos segmentos artísticos, como a Federação das Escolas de Samba, Tribos de Índio, Blocos, Charangas e Troças do RN e a União dos Cordelistas do RN. Segundo o folclorista, o mesmo documento foi entregue à prefeita eleita Micarla de Sousa (a ser diplomada daqui a pouco!). Opino: Severino é um bom nome, sobretudo a quista dos outros cogitados. E me parece boa pessoa, pelo menos das vezes que o vi e troquei poucas palavras com ele, quando fazia pesquisas no Instituto Histórico e Geográfico, do qual é sócio-efetivo. Mas essa atitude de autopromoção é ridícula. A forma com que adentrou a redação do DN afirmando ser conhecido dos chefões já denuncia postura suspeita.
Acervo musical 2
Quero retificar um erro cometido. Publiquei neste espaço e em minha coluna semanal no Diário de Natal que o acervo com milhares de vinis da Rádio Poti havia sido vendido por “míseros” R$ 300 ao Sebo Catalivro. Mas foi comercializado apenas o jôio e não o trigo. O produtor musical José Dias e o músico e compositor Tertuliano Aires foram contratados para catalogar as raridades do acervo e outros milhares de vinis continuam nos arquivos da Rádio Poti. Ufa!
O auto natalino estadual
Vi agora a programação do espetáculo natalino promovido pela Fundação José Augusto e achei muito bacana; perfeitamente comparável ao aclamado Auto de Natal, de responsabilidade da Capitania das Artes. E com algumas vantagens: primeiro, acho mais simpático o Anfiteatro do Campus ao Machadão. Ano passado o Auto de Natal parecia mais distante. Era mais difícil visualizar o espetáculo, visto que se assistia do gramado o palco suspenso. Espero terem corrigido ou amenizado o erro com um palco mais baixo. O Anfiteatro, ao contrário, se vê o show do alto.
O texto da poeta Marize Castro (que escreve o Auto de Natal este ano) é indiscutível como poesia e ainda uma incógnita como linguagem de auto natalino. Claro, espera-se um grande texto pelo talento da poeta. Já Racine Santos, que escreve O Auto da Apresentação, é nosso maior teatrólogo, e ainda com direção de João Marcelino, também um grande nome do nosso teatro. Basta dizer que o rapaz já dirigiu vários autos de Natal e dirige os autos mossoroenses, também de grande repercussão nacional.
Outra comparação pertinente são os shows musicais. A prefeitura trará atrações de peso bem maior, como Gilberto Gil, Paralamas, Roberta Sá, Titãs e o time formado por Zé Ramalho, Fagner, Alceu e Elba Ramalho. O governo do estado vem mais diversificado, com Oswaldo Montenegro, MV Bill, o performático Antônio Nóbrega e Cordel do Fogo Encantado, afora várias atrações folclóricas, como também trará o Auto de Natal. No show de Natal, o Anfiteatro assiste ainda Jubileu e Banda, Glorinha Oliveira, Geraldo Carvalho, Galvão Filho, Khrystal e Lane Cardoso.
O espetáculo no Anfiteatro acontece entre os dias 19 e 25 de dezembro. Para abrir as comemorações acontece o Concerto de Todos, um show conjunto da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte, com o sanfoneiro pernambucano Dominguinhos. Outra grande atração! A partir do dia 20 e até o dia 25 (com intervalo no dia 24), começa a encenação do auto natalino A festa do menino Deus. Claro, tudo gratuito. Nóix é póbe, mas num é jeca.
O texto da poeta Marize Castro (que escreve o Auto de Natal este ano) é indiscutível como poesia e ainda uma incógnita como linguagem de auto natalino. Claro, espera-se um grande texto pelo talento da poeta. Já Racine Santos, que escreve O Auto da Apresentação, é nosso maior teatrólogo, e ainda com direção de João Marcelino, também um grande nome do nosso teatro. Basta dizer que o rapaz já dirigiu vários autos de Natal e dirige os autos mossoroenses, também de grande repercussão nacional.
Outra comparação pertinente são os shows musicais. A prefeitura trará atrações de peso bem maior, como Gilberto Gil, Paralamas, Roberta Sá, Titãs e o time formado por Zé Ramalho, Fagner, Alceu e Elba Ramalho. O governo do estado vem mais diversificado, com Oswaldo Montenegro, MV Bill, o performático Antônio Nóbrega e Cordel do Fogo Encantado, afora várias atrações folclóricas, como também trará o Auto de Natal. No show de Natal, o Anfiteatro assiste ainda Jubileu e Banda, Glorinha Oliveira, Geraldo Carvalho, Galvão Filho, Khrystal e Lane Cardoso.
O espetáculo no Anfiteatro acontece entre os dias 19 e 25 de dezembro. Para abrir as comemorações acontece o Concerto de Todos, um show conjunto da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte, com o sanfoneiro pernambucano Dominguinhos. Outra grande atração! A partir do dia 20 e até o dia 25 (com intervalo no dia 24), começa a encenação do auto natalino A festa do menino Deus. Claro, tudo gratuito. Nóix é póbe, mas num é jeca.
Na Casa da Ribeira
Várias apresentações quase gratuitas na Casa da Ribeira amanhã. Primeiro, a performance do grupo de dança Cantinho de Nóis & Salão, com os bailarinos do Balé da cidade de São Paulo. Depois, participação especialíssima do grupo Pau e Lata (já imagino o fuzuê naquele espaço!). Em seguida, o show Há sempre Música, de Júlio Lima, que teve ótima aceitação do publico, sendo até citado por Maria Clara Gonzaga (membro da academia brasileira de música), como um excelente show. O evento começará às 21h com o grupo paulista de dança. Após a apresentação, os shows são executados na galeria situada na área do café.O evento custará somente R$ 2, incluindo as três atrações. O preço é simbólico, uma forma de incentivo a arte e cultura! Mais informações sobre o evento pelo telefone 84 3211-7710
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Auto pode ser sacrificado
Ouvi agora a pouco do prefeito Carlos Eduardo Alves que o Auto de Natal pode ser sacrificado em razão do imbróglio do contrato firmado com o Banco do Brasil. Não é pra menos. São R$ 30,2 milhões que seriam usados em obras e pagamentos de pessoal, inclusive o 13° dos servidores municipais. Tudo impedido, em minha opinião, por razões políticas. Pior: por politicagem de vereadores interessados em conturbar a trasição de governo e manchar a boa administração municipal. O prefeito disse que o recurso estava previsto para conclusão de inúmeras obras. Ao fim da coletiva, Carlos Eduardo lamentou a possibilidade de sacrificar o Auto para evitar falta de pagamento para mais de 400 atores e outras 600 pessoas responsáveis pela concretização do evento.
Presidente da Funcarte
Devem estar torando as asas da borboleta. A prefeita eleita Micarla de Sousa deve estar com dificuldades não só em conseguir bons nomes para secretarias fundamentais como as pastas da Saúde e dos Serviços Urbanos. Já uma nova especulação, também forte, de que o novo presidente da Capitania das Artes será o artista plástico César Revoredo. Ainda aposto em Iaperi Araújo – e até prefiro!
Diana Cravo no Poticanto
O Projeto Poticanto - Um Canto 100% Potiguar encerra sua temporada de 2008, com Diana Cravo homenageando Alexandre Lacerda. O show acontece amanhã no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel -TCP (anexo à FJA), às 20 horas. A obra de Alexandre Lacerda eu desconheço, mas a voz de Diana Cravo é belíssima; doce como uma jabuticaba. É a melhor interpretação que achei do Cd recheado de composições de Romildo Soares e intérpretes variados. Cd que por sinal recebi do próprio Romildo há muito tempo, em cerveja informal no Beco da Lama, e depois perdi.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Iaperi na Capitania (?)
Ainda não foi hoje. A equipe da prefeita eleita prometeu a divulgação dos 21 nomes do secretariado hoje e adiantou apenas oito (veja os nomes no Dnonline). O comandante da nau Capitania das Artes será anunciado até 25 de dezembro, segundo assessoria de Micarla. Vamos acreditar novamente e esperar. Ainda aposto no nome do médico, artista plástico e escritor Iaperi Araújo.
Balanço cultural de 2008
Mais alguns dias e começarão as listas de destaques em várias áreas culturais. São mais específicas e objetivas. Daqui, descanso meu olhar na prosa, neste monólogo egoísta com o leitor sem chance de revidar meus pormenores, embora o espaço esteja sempre aberto às opiniões quaisquer. O intuito é lembrar alguns fatos, pessoas e eventos que conseguiram modificar o panorama cultural desta cidade provinciana de alma cosmopolita.
Começaria por destacar a manutenção e aperfeiçoamento do calendário cultural promovido pela Capitania das Artes, notadamente os eventos do Natal em Natal, como o Encontro Natalense de Escritores, o Auto de Natal e o Festnatal, que ainda é o maior evento de cinema promovido na cidade (e ressalte-se a sobrevivência e o trabalho abnegado do Cineclube Natal). Ainda o Museu Djalma Maranhão e o Memorial de Natal: duas obras para a história da cidade.
Falar em história, Natal que tem visto seu nascedouro reacender, com uma movimentação crescente no Centro Histórico e, sobretudo, na Ribeira. Muito se deve à iniciativa de pessoas e grupos, como a Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (Samba), aos chorinhos do Buraco da Catita e ainda à Casa da Ribeira, com agenda lotada para janeiro de 2009.
Na música, Khrystal se mantém viva e desbravando espaços fora desta muralha chinesa que é o Rio Grande de Poti. Os dez anos do Mada mostraram gás para mais dez. Os poucos anos de Manuela Dac também evidenciam voz para muito mais. O selo DoSol e o MPBeco permanecem incansáveis. Nossa Orquestra Sinfônica do RN se populariza mais. E até pariu filhos talentosos, como a Camarones Orquestra Guitarrística. O Seis e Meia recebeu idéias novas e agora suplica a permanência de seu produtor, Willian Collier. Ainda podemos ouvir Os Bonnies, os Poetas Elétricos e Valéria Oliveira, elogiada por Nelsinho Motta.
Nosso teatro conseguiu exportar espetáculos para palcos nacionais e estrangeiros de três grupos graças à seleção do edital da Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco. O Clowns de Shakespeare também encena o orgulho potiguar em outros prados. Cláudia Magalhães se desdobra em outras para atuar, escrever e promover eventos teatrais, como o Presente de Natal.
Das artes plásticas e artesanato potiguares, tenho opinião parecida: falta identidade, sobretudo ao artesanato. Mas temos um Fernando Gurgel, um Vicente Vitoriano, um Marcelus Bob e alguns outros. E o que é feio que “zidane”, diria o possibilista. Já a nossa identidade genuína – a cultura popular – ainda carece de apoio.
Ano passado perdemos nosso mamulengueiro Chico Daniel e este ano recebemos o livro do folclorista Deífilo Gurgel: O reinado de Baltazar. Foi o que achei de relevante entre os lançamentos literários. Bons livros reeditados foram aos montes. O sebista e editor “vermelho” Abimael Silva mais uma vez se destaca como mecenas da nossa literatura. A UFRN reeditou uma coleção de 15 livros, com preciosidades já esquecidas. Outro bingo.
Se faltaram revelações literárias sobraram boas iniciativas, como a Lei do Livro e o Registro do Patrimônio Vivo do Estado, ambos de autoria do deputado estadual Fernando Mineiro. São projetos importantíssimos para a cultura potiguar.
Não esqueçamos da caminhonete tração 4x4, adquirida pela Fundação José Augusto por quase R$ 100 mil, também de “expressiva” contribuição para o engrandecimento do nosso povo. Fato consumado sem licitação; atitude antidemocrática. O inverso dos espaços virtuais, como os blogs Substantivo Plural, O Santo Ofício e o Grande Ponto – os que mais divulgam nossa cultura.
Perdoe-me algum esquecimento. Faltou muita gente, muita coisa. São apenas observações escritas de pronto, de memória. Que sirva apenas de começo e incentivo para outros destaques e homenagens merecidas.
Começaria por destacar a manutenção e aperfeiçoamento do calendário cultural promovido pela Capitania das Artes, notadamente os eventos do Natal em Natal, como o Encontro Natalense de Escritores, o Auto de Natal e o Festnatal, que ainda é o maior evento de cinema promovido na cidade (e ressalte-se a sobrevivência e o trabalho abnegado do Cineclube Natal). Ainda o Museu Djalma Maranhão e o Memorial de Natal: duas obras para a história da cidade.
Falar em história, Natal que tem visto seu nascedouro reacender, com uma movimentação crescente no Centro Histórico e, sobretudo, na Ribeira. Muito se deve à iniciativa de pessoas e grupos, como a Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (Samba), aos chorinhos do Buraco da Catita e ainda à Casa da Ribeira, com agenda lotada para janeiro de 2009.
Na música, Khrystal se mantém viva e desbravando espaços fora desta muralha chinesa que é o Rio Grande de Poti. Os dez anos do Mada mostraram gás para mais dez. Os poucos anos de Manuela Dac também evidenciam voz para muito mais. O selo DoSol e o MPBeco permanecem incansáveis. Nossa Orquestra Sinfônica do RN se populariza mais. E até pariu filhos talentosos, como a Camarones Orquestra Guitarrística. O Seis e Meia recebeu idéias novas e agora suplica a permanência de seu produtor, Willian Collier. Ainda podemos ouvir Os Bonnies, os Poetas Elétricos e Valéria Oliveira, elogiada por Nelsinho Motta.
Nosso teatro conseguiu exportar espetáculos para palcos nacionais e estrangeiros de três grupos graças à seleção do edital da Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco. O Clowns de Shakespeare também encena o orgulho potiguar em outros prados. Cláudia Magalhães se desdobra em outras para atuar, escrever e promover eventos teatrais, como o Presente de Natal.
Das artes plásticas e artesanato potiguares, tenho opinião parecida: falta identidade, sobretudo ao artesanato. Mas temos um Fernando Gurgel, um Vicente Vitoriano, um Marcelus Bob e alguns outros. E o que é feio que “zidane”, diria o possibilista. Já a nossa identidade genuína – a cultura popular – ainda carece de apoio.
Ano passado perdemos nosso mamulengueiro Chico Daniel e este ano recebemos o livro do folclorista Deífilo Gurgel: O reinado de Baltazar. Foi o que achei de relevante entre os lançamentos literários. Bons livros reeditados foram aos montes. O sebista e editor “vermelho” Abimael Silva mais uma vez se destaca como mecenas da nossa literatura. A UFRN reeditou uma coleção de 15 livros, com preciosidades já esquecidas. Outro bingo.
Se faltaram revelações literárias sobraram boas iniciativas, como a Lei do Livro e o Registro do Patrimônio Vivo do Estado, ambos de autoria do deputado estadual Fernando Mineiro. São projetos importantíssimos para a cultura potiguar.
Não esqueçamos da caminhonete tração 4x4, adquirida pela Fundação José Augusto por quase R$ 100 mil, também de “expressiva” contribuição para o engrandecimento do nosso povo. Fato consumado sem licitação; atitude antidemocrática. O inverso dos espaços virtuais, como os blogs Substantivo Plural, O Santo Ofício e o Grande Ponto – os que mais divulgam nossa cultura.
Perdoe-me algum esquecimento. Faltou muita gente, muita coisa. São apenas observações escritas de pronto, de memória. Que sirva apenas de começo e incentivo para outros destaques e homenagens merecidas.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Prosa e Música
E lá aportam os soldados em marcha-desfile pelas ruas e becos da cidade. A sincronia é regra. A farda evidencia o coletivo do regime. Mas as armas são instrumentos: clarinetes, carrilhões sinfônicos, fagotes, violinos, flautas doces a adocicar rastros de música. É a Filarmônica Maestro Felinto Lúcio Dantas – patrimônio cultural e sentimental dos seridoenses de Acari a carregar tradições seculares. A Banda está presente na cidade desde 1927, antes mesmo de sua fundação, em 11 de abril de 1933. É a sonoridade viva das nostalgias, saudades e vivências daqueles moradores, agora materializada não só na afeição mais pura de Acari, mas também no DVD intitulado Prosa e Música, vendido nas bancas Cidade do Sol de Ponta Negra e Petrópolis.
O DVD conta a trajetória da Filarmônica – uma história viva de devoção, determinação e religiosidade. O material gráfico é bem cuidado; traz registros preciosos como a imagem da primeira Banda de Música de Acari, fundada por Felinto Lúcio. O conteúdo retrata o quão presente a Banda está na cultura e no cotidiano acariense. O som da Filarmônica é estritamente relacionado à devoção à padroeira da cidade: Nossa Senhora da Guia. Sobretudo no mês de agosto, as cenas se repetem: são alvoradas, retretas, salvas, novenas e procissões à santa acompanhada dos 48 músicos, desde os 10 anos do novato Túlio, aos 65 anos do experiente aposentado Gata. A tradição é evidenciada nos gestos suaves do maestro Netinho de Pinta, filho do primeiro maestro da banda, Mestre Pinta, ou mesmo no rosto ainda infantil de Francisco, o filho de Netinho, já entusiasmado com a música.
Em Acari, a Filarmônica é filha da cidade. Talvez mãe. Fato é que parece íntima de cada morador. Crianças e idosos, como o contramestre de honra da Filarmônica, seo Cícero Pereira de Araújo, incorporam a figura do maestro como quem sonha ser grande um dia: comandante do exército da música. Depoimentos emocionados como o de dona Chica do Carrasco mostra o carinho da populaça com a Banda. As imagens do DVD são muito felizes ao coletar apresentações em cenários históricos e representativos da cidade, como a casa-grande e o terreiro da fazenda Imburanas; o coreto da praça; uma imagem deslumbrante da canção El Toreador, ao lado da sangria do gigantesco açude Gargalheiras; também no museu histórico que um dia foi sede da Banda, mesmo sendo o térreo o cárcere público e os presos contemplados com a mais fina música.
A direção do DVD ficou sob responsabilidade de um filho legítimo de Acari, o empresário Heraldo Palmeira. O roteiro parece seguir reminiscências infantis das lembranças de Heraldo. O material guarda muito de nostalgia. O som da Filarmônica é sonoridade de saudade aos filhos de Acari que moram longe. Talvez dom Eugênio queira afirmar isso ao comentar que “a Filarmônica é um patrimônio de Acari que se expande para outros prados”. E foge porque o erudito também é popular e cantam coisas de amor, como A Banda, de Chico Buarque, mesmo sob adversidades, seja em anos tumultuados pintados de cinza pelo chumbo, ou pelos chãos esturricados, pintados de laranja. É quando a “gente sofrida” se despede da dor pra ver a banda passar.
E o que é a dor perto da música? Para filósofos célebres como Schopenhauer, a música é a única forma de afastar o sofrimento. Nietzsche era um apaixonado pela música erudita de Richard Wagner. Mas Prosa e Música é mais do que música: é uma viagem ao passado, como afirmou Heraldo. Aos seus idos de criança e deliciosas saudades pessoais. “E a um futuro animador quando vejo a Filarmônica de hoje tocar bonito e ensinar seus meninos e meninas a compreender que a vida pode ser escrita como partitura de uma boa música”, completa Heraldo. E se o DVD mistura música e prosa, perfumados pelas nostalgias que sempre guardam alguma dores de saudade, a Filarmômica Maestro Felinto Lúcio Dantas é realidade; passado e futuro, e mais do que nunca é (um) presente.
O DVD conta a trajetória da Filarmônica – uma história viva de devoção, determinação e religiosidade. O material gráfico é bem cuidado; traz registros preciosos como a imagem da primeira Banda de Música de Acari, fundada por Felinto Lúcio. O conteúdo retrata o quão presente a Banda está na cultura e no cotidiano acariense. O som da Filarmônica é estritamente relacionado à devoção à padroeira da cidade: Nossa Senhora da Guia. Sobretudo no mês de agosto, as cenas se repetem: são alvoradas, retretas, salvas, novenas e procissões à santa acompanhada dos 48 músicos, desde os 10 anos do novato Túlio, aos 65 anos do experiente aposentado Gata. A tradição é evidenciada nos gestos suaves do maestro Netinho de Pinta, filho do primeiro maestro da banda, Mestre Pinta, ou mesmo no rosto ainda infantil de Francisco, o filho de Netinho, já entusiasmado com a música.
Em Acari, a Filarmônica é filha da cidade. Talvez mãe. Fato é que parece íntima de cada morador. Crianças e idosos, como o contramestre de honra da Filarmônica, seo Cícero Pereira de Araújo, incorporam a figura do maestro como quem sonha ser grande um dia: comandante do exército da música. Depoimentos emocionados como o de dona Chica do Carrasco mostra o carinho da populaça com a Banda. As imagens do DVD são muito felizes ao coletar apresentações em cenários históricos e representativos da cidade, como a casa-grande e o terreiro da fazenda Imburanas; o coreto da praça; uma imagem deslumbrante da canção El Toreador, ao lado da sangria do gigantesco açude Gargalheiras; também no museu histórico que um dia foi sede da Banda, mesmo sendo o térreo o cárcere público e os presos contemplados com a mais fina música.
A direção do DVD ficou sob responsabilidade de um filho legítimo de Acari, o empresário Heraldo Palmeira. O roteiro parece seguir reminiscências infantis das lembranças de Heraldo. O material guarda muito de nostalgia. O som da Filarmônica é sonoridade de saudade aos filhos de Acari que moram longe. Talvez dom Eugênio queira afirmar isso ao comentar que “a Filarmônica é um patrimônio de Acari que se expande para outros prados”. E foge porque o erudito também é popular e cantam coisas de amor, como A Banda, de Chico Buarque, mesmo sob adversidades, seja em anos tumultuados pintados de cinza pelo chumbo, ou pelos chãos esturricados, pintados de laranja. É quando a “gente sofrida” se despede da dor pra ver a banda passar.
E o que é a dor perto da música? Para filósofos célebres como Schopenhauer, a música é a única forma de afastar o sofrimento. Nietzsche era um apaixonado pela música erudita de Richard Wagner. Mas Prosa e Música é mais do que música: é uma viagem ao passado, como afirmou Heraldo. Aos seus idos de criança e deliciosas saudades pessoais. “E a um futuro animador quando vejo a Filarmônica de hoje tocar bonito e ensinar seus meninos e meninas a compreender que a vida pode ser escrita como partitura de uma boa música”, completa Heraldo. E se o DVD mistura música e prosa, perfumados pelas nostalgias que sempre guardam alguma dores de saudade, a Filarmômica Maestro Felinto Lúcio Dantas é realidade; passado e futuro, e mais do que nunca é (um) presente.
Tcc de jornalismo
Os futuros colegas jornalistas formados pela UnP apresentam seus trabalhos de conclusão de curso a partir de segunda-feira. Li as temáticas e achei interessante algumas, como A História da Seleção de Futebol de Ceará-Mirim de 1965, de autoria de Iran Costa e orientação do meu antigo companheiro de TCC, Laurence Bittencourt. Também O Mito do Herói Como Sucesso de Bilheteria: The Matrix, de autoria de Petras Furtado e orientação da professora Luciana Celestino. Outra temática diferenciada que achei foi Programa A Fila Anda: Os (des)caminhos do Amor na Pós-Modernidade, de Mariana Guimarães, também orientado pela professora Luciana. Mas tem muita temática bacana. As apresentações duram o dia inteiro e seguem até quinta-feira. Boa sorte a todos.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Acervo raro
Recado aos catadores de raridades musicais: todo o acervo musical da Rádio Poti – a primeira rádio do Rio Grande do Norte – foi vendido para o sebo Catalivros, do casal Vera e Jácio por míseros R$ 300. O sebo está situado à Avenida Xavier da Silveira, no conjunto Morro Branco. Não sei precisar quantas centenas ou milhares de vinis foram comercializados. Mas a caçamba da caminhonete estava cheia de raridades. E olhe que foram mais de uma viagem. Vale mesmo a pena dar uma olhada. Eu mesmo vou procurar algo por lá para alimentar minha velha radiola de caixa de madeira.
Crispiniano na cordel bamba
O jornalista Alex de Souza noticiou em sua coluna que a governadora Wilma de Faria tratou de jogar água fria no que chamou de “especulação” sobre a saída do diretor-geral da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto. Fato é que a reunião com o presidente da Capitania das Artes, Dácio Galvão, ocorreu. Sem motivo? Duvideodó! A gove apenas quer evitar tumulto para o processo transitório. É no que aposto.
Nos bastidores políticos, os velhos burburinhos de sempre. Alianças, acordos sendo construídos em surdina. E nisso, claro, está incluído a participação do PT na base aliada. E o amigo leitor atente para outro fato: não basta apenas ressaltar a questão da aliança política ao questionar a possível saíde de Crispiniano da FJA, mas também o desgaste político da governadora. Crispiniano está sendo duramente criticado, como também foi o ex-secretário de Saúde, o também petista Adelmaro Cavalcanti, exonerado do cargo.
Particularmente, acho que Crispiniano sai. E não por desavença com o PT, ou o secretário de Educação, Rui Pereira, também sairia. A questão é incompetência mesmo. E a propósito: o livro recém-lançado por Crispiniano, Lula na Literatura de Cordel, foi editado pelo selo Queima-Bucha, de Mossoró - que tem prestado excelente trabalho editorial ao Estado, ressalte-se - não foi editado pela Fundação José Augusto. Então, porque usar a assessoria de imprensa do órgão para divulgar seu trabalho pessoal?
Se Crispiniano tem dito em entrevistas que para ele tanto faz ficar ou sair da FJA, que tal atender os apelos dos gregos, troianos, atenienses, persas, babilônicos, fenícios e do capitão Nascimento e pedir pra sair?
Nos bastidores políticos, os velhos burburinhos de sempre. Alianças, acordos sendo construídos em surdina. E nisso, claro, está incluído a participação do PT na base aliada. E o amigo leitor atente para outro fato: não basta apenas ressaltar a questão da aliança política ao questionar a possível saíde de Crispiniano da FJA, mas também o desgaste político da governadora. Crispiniano está sendo duramente criticado, como também foi o ex-secretário de Saúde, o também petista Adelmaro Cavalcanti, exonerado do cargo.
Particularmente, acho que Crispiniano sai. E não por desavença com o PT, ou o secretário de Educação, Rui Pereira, também sairia. A questão é incompetência mesmo. E a propósito: o livro recém-lançado por Crispiniano, Lula na Literatura de Cordel, foi editado pelo selo Queima-Bucha, de Mossoró - que tem prestado excelente trabalho editorial ao Estado, ressalte-se - não foi editado pela Fundação José Augusto. Então, porque usar a assessoria de imprensa do órgão para divulgar seu trabalho pessoal?
Se Crispiniano tem dito em entrevistas que para ele tanto faz ficar ou sair da FJA, que tal atender os apelos dos gregos, troianos, atenienses, persas, babilônicos, fenícios e do capitão Nascimento e pedir pra sair?
Auto de Natal
O texto da poeta Marize Castro para o 11° Auto de Natal deste ano vai começar assim: "Digo-lhes, o humano está em mim. Jamais precisei de visões, aparições, mensagens, ver, tocar. Espero que me vejam para além do símbolo, sem eufemismos, mistificações e falsas projeções". A fala inicial é da mãe de Jesus, Maria, cuja importância foi exaltada nesta edição do Auto: nada mais justo que a própria Maria narrar a história do nascimento do filho de Deus gerado por ela. Considerado um dos maiores espetáculos a céu aberto do Brasil, o Auto de Natal é uma promoção da Capitania das Artes e conta com o patrocínio da OI, da Cosern e do Moinho Dias Branco. A festa acontece nos dias 18, 19, 20 e 21 de dezembro, começando sempre às 19h
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Árvore de Natal
Com discurso bem menos glamuroso e mais realista será inaugurada amanhã a Árvore de Natal. É realmente uma festa bonita. Fui no ano passado. Quem comparecer poderá apreciar uma das maiores e mais iluminadas árvores de Natal do país. Além disso, o evento trará também apresentações musicais do Quarteto de Cordas da UFRN e do Coral Sons da Terra. A inauguração da árvore faz parte do projeto Natal Iluminado, inserido na programação do Natal em Natal. O evento é uma realização da Prefeitura do Natal através da Semsur, e contará ainda com a parceria da Fundação Cultural Capitania das Artes, que entrará com as atrações musicais. A Árvore de Natal será entregue à população às 18h na Praça da Árvore, em Mirassol.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Capítulo 27
Assisti ontem ao filme Capítulo 27, que narra os momentos que anteciparam o assassinado do ex-beatle John Lennon pelo seu algoz, Mark David Chapman. Na verdade é um drama biográfico a partir do relato de Chapman – um obcecado pelo livro O apanhador no campo de centeio. A história mostra o colapso mental de Chapman. O filme é um mergulho na mente de um fã insano, perturbado e extremamente solitário. Esperava mais do filme do estreante diretor alemão J. Schaefer, para o crime mais chocante da cultura pop. Vale muito pelo relato falado, detalhado e narrativo de Chapman durante todo o filme. São detalhes que fãs dos Beatles como eu desconhecem e servem como acréscimo aos conhecimentos adquiridos após alguns anos de pesquisa. Mas achava uma história com potencial para um grande filme.
Novo cd de Valéria
A nossa musa potiguar da música, Valéria Oliveira informa que estar iniciando a produção de seu mais novo trabalho: o cd Sem perder o passo 2009, projeto em parceria com Luiz Gadelha e Simona Talma e que, nesta segunda edição tem como convidados artistas ilustres da nossa cidade, compondo e cantando o que é nosso. Na trupe que não perde o passo estão: o grande Dosinho - que recebeu o projeto com grande alegria e vontade de fazer parte deste Encontro Carnavalesco da Música Potiguar - Isaque Galvão, Lane Cardoso, Sueldo Soaress - ambos também fizeram parte da primeira edição - Mirabô Dantas, Babal, Khrystal, Ângela Castro, Tiquinha Rodrigues, Concita Alves e Rodolfo Amaral, além de músicos brilhantes como Eduardo Taufic, Jubileu Filho, Rogério Pitomba, Paulo de Oliveira, entre outros que serão citados no momento apropriado. O cd deste ano tem o patrocínio da Agência Cultura do SEBRAE e busca outros patrocinadores para o custeio da produção do CD e lançamento.
Ballet no Tam
Poderia uma boneca despertar o amor de um homem e o ciúme de sua noiva? Na história contada no ballet Coppélia, é possível sim. Obra prima do coreógrafo parisiense Arthur Saint-Léon, o espetáculo foi adaptado pelos professores da Escola Municipal de Ballet Professor Roosevelt Pimenta, ligada à Capitania das Artes. O resultado dessa reivenção será mostrado ao público nos dias 11, 12, 13 e 14 de dezembro, sempre às 17h, no Teatro Alberto Maranhão.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Entreatos na UFRN
A Capitania das Artes anunciou hoje a programação oficial dos shows musicais do Natal em Natal, que desde o ano passado passaram do Anfiteatro para o Machadão, mas o pessoal da UFRN não deixou aquele espaço ao estilo Bem Brasil morrer e, enquanto Fagner canta seu repertório repetido, promove um evento com nove atrações locais e show de encerramento com Chico César. Tudo a partir das 20h. Serão corais, quartetos, octetos, ópera, bandas e dança misturados para mostrar a produção artística da UFRN no Ato Cênico Entreatos. Achei bem mais interessante. Confiram as atrações: Big Band Jerimum Jazz, Quarteto de Cordas, Madrigal, Grupo de Dança da UFRN, Canto D’Larte, Gaya, Grupo de Clarinetas e Percussão, Grupo Parafolclórico e Octo Vocci, todos grupos criados e mantidos pela própria Universidade, vão apresentar a sua produção ao público no Entreatos.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Dácio na FJA
Não é boato o convite ao presidente da Fundação Capitania das Artes, Dácio Galvão para ocupar a diretoria geral da Fundação José Augusto, em substituição ao cordelista Crispiniano Neto. Enquanto a cidade se voltava para o carnatal, emissários do governo do Estado se reuniam com Dácio. As condições impostas pelo presidente da Funcarte teriam sido uma verba assegurada para os próximos dois anos (a informação é de que foram R$ 3 milhões) e a também transferência de membros de sua equipe para a Fundação.
Conta-se que a governadora Wilma de Faria anda meio enraivecida com o presidente Lula em função da não-liberação dos recursos prometidos ainda para amenizar os estragos das enchentes no interior do Estado e iria aproveitar a ocasião para contornar uma situação que há muito ela deseja: tirar o PT da gerência cultural, como aliás ela fez na pasta da Saúde. Na própria Fundação há um embate claro para conquistas de espaços entre funcionários do PSB e do PT.
Para terminar essa briga nada melhor que o nome apartidário de Dácio, responsável por um trabalho que há muito não se via no âmbito da cultura em Natal, para substituir um nome que tem sido criticado aos quatro cantos, inclusive entre funcionários da própria Fundação. Talvez tivéssemos a recuperação em tempo da Cidade da Criança, pelo menos para as férias. Ora, quem conseguiu recurso para construir um Memorial grandioso e um Museu, acho que uma reforma não seria tão difícil. Ou uma Preá, como presente de fim de ano. Vamos acreditar no papai Noel!
Conta-se que a governadora Wilma de Faria anda meio enraivecida com o presidente Lula em função da não-liberação dos recursos prometidos ainda para amenizar os estragos das enchentes no interior do Estado e iria aproveitar a ocasião para contornar uma situação que há muito ela deseja: tirar o PT da gerência cultural, como aliás ela fez na pasta da Saúde. Na própria Fundação há um embate claro para conquistas de espaços entre funcionários do PSB e do PT.
Para terminar essa briga nada melhor que o nome apartidário de Dácio, responsável por um trabalho que há muito não se via no âmbito da cultura em Natal, para substituir um nome que tem sido criticado aos quatro cantos, inclusive entre funcionários da própria Fundação. Talvez tivéssemos a recuperação em tempo da Cidade da Criança, pelo menos para as férias. Ora, quem conseguiu recurso para construir um Memorial grandioso e um Museu, acho que uma reforma não seria tão difícil. Ou uma Preá, como presente de fim de ano. Vamos acreditar no papai Noel!
Criador e criatura
Notícia chata. O programa Música Potiguar Brasileira desta semana recebe o seu diretor musical, Enoch Domingos, num programa que marca sua saída da Universitária FM. O programa vai ao ar neste sábado, às 17h, com reprise no domingo, ao meio-dia. Enoch apresentou o programa desde de 2001, ano da criação da rádio, até abril deste ano. Antes disso, ele já havia conquistado os músicos potiguares pela preocupação que ele tem em valorizar esses artistas desde a época em que era apresentador na TVU, na década de 1970.
O programa de maior sucesso da TVU e que teve a participação de Enoch foi o Viajando o Sertão. Esse foi único programa local à época, veiculado em rede nacional, destinado a divulgar a cantoria de viola e seus principais ícones da cultura regional. Por ele passaram Antônio Sobrinho, José Alves Sobrinho, Davi Nogueira, Patativa do Assaré e outros. Criado por Enoch Domingos, esse programa foi pioneiro, também, em interatividade na TV. Veiculado semanalmente na década de 80, Viajando o Sertão utilizava-se da correspondência postal para a participação do público.
O programa de maior sucesso da TVU e que teve a participação de Enoch foi o Viajando o Sertão. Esse foi único programa local à época, veiculado em rede nacional, destinado a divulgar a cantoria de viola e seus principais ícones da cultura regional. Por ele passaram Antônio Sobrinho, José Alves Sobrinho, Davi Nogueira, Patativa do Assaré e outros. Criado por Enoch Domingos, esse programa foi pioneiro, também, em interatividade na TV. Veiculado semanalmente na década de 80, Viajando o Sertão utilizava-se da correspondência postal para a participação do público.
Natal sem reveillon
Fiquei sabendo agora que a prefeitura não patrocinará as festas de reveillon deste ano. Portanto, mais nenhum nome da nossa cultura será homenageado, como afirmei mais embaixo ter ocorrido nos dois últimos anos, com as escolhas do compositor carnavalesco Dosinho e do fundador das Tribos de Índio do nosso carnaval, Brasil. Sequer as comcmorações tradicionais nas praias urbanas receberão patrocínio. A explicação é enfática: faltou dinheiro. Prefiro acreditar que o prefeito Carlos Eduardo Alves não vai querer pagar o reveillon da prefeita Micarla de Sousa. Só para lembrar, ela toma posse dia 1º de janeiro. Nessa ciumeira toda, adivinhe quem sai prejudicado?
Natal em Natal
Depois de alegrias em Pipa e decepções com meu vasquinho, informo ao amigo leitor que os shows gratuitos da programação do Natal em Natal, que ocorrem a partir do dia 18 de dezembro no Estádio Machadão, estão confirmados: Paralamas do Sucesso e Titãs, Gilberto Gil, Roberta Sá e Zé Ramalho, Fagner e Alceu Valença. O Auto de Natal deste ano será escrito pela poeta Marize de Castro, com direção de Lenilton Teixeira e trilha sonora de Simona Talma e Luis Gadelha. Um timaço que promete trazer este belíssimo espetáculo de volta aos natalenses. Assisti a todas as edições do Auto. Preferi a edição roteirizada pelo professor Tarcísio Gurgel, em 2004, que por sinal tem escrito belíssimos textos para os autos natalinos de Parnamirim. A divulgação oficial do restante da programação do Natal em Natal será hoje, também com o nome a ser homenageado no reveillon. Nos dois anos anteriores, escolhas acertadíssimas como Dosinho e Brasil.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Show para hoje
Aviso de última hora: hoje acontece o show de lançamento da carreira-solo do músico Júlio Lima (Julinho), na Casa da Ribeira, às 21 h. É um evento alternativo para quem não gosta de curtir o Carnatal. Neste evento irá ter uma boa música MPB com participações especiais de Caio Padilha (Filho de Maria Clara Gonzaga), do maestro Franklyn Novaes e o ilustríssimo Diego Brasil (muito conhecido na Noruega). Para quem não conhece, Júlio Lima, com apenas 29 anos, têm mais de 480 músicas autorais, além de ser filho de um dos membros fundador da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (Carlão).
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Camões e o sexo
Sensacional! Recebi por email: o Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do célebre trecho de poema de Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer”.
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
“Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicose
Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internete
descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!”
A vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos, das rimas insinuantes e também, foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de sexo.
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer”.
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
“Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicose
Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internete
descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!”
A vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos, das rimas insinuantes e também, foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de sexo.
Khrystal em Brasília
Nossa Khyrstal segue amanhã para Brasília para se apresentar segunda-feira no Salão Nobre do Clube do Exército, na festa de encerramento de Fim de Ano da OAB Nacional. Khrystal é uma “potiguarana” genuína e tem lutado para se firmar e levantar nossa música de raiz – o côco – fora deste elefante, ou desta formiga de roça, como melhor classificava François Silvestre. Esteve nos últimos meses em Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Campina Grande, Porto Velho e São Paulo. Que aqueles ventos nebulosos da capital federal ajudem essa baixinha porreta. Talento ela tem para emprestar para muita gente que até recebe prêmio de música.
Goiamum Audiovisual
Desculpem a breve ausência, mas chego com a boa programação itinerante da segunda edição do Goiamum, projeto que conta com patrocínio da Funcarte e promoção das instituições de cinema ZooN e Cineclube Natal. Nesta sexta-feira e sábado ocorrem as mostras Festival do Minuto e Dia Internacional da Animação 2008. Dentro da proposta do Goiamum, a exibição será ao ar livre, com entrada franca, e telão montado na Praça das Flores, no final da avenida Afonso Pena, bairro de Petrópolis. As sessões começam sempre às 19h.
A primeira é do Festival Mundial do Minuto Brasil, evento que acontece desde 1991, selecionando e exibindo vídeos de 60 segundos de duração feitos por amadores e profissionais. A idéia da mostra na Praça das Flores deve melhorar o aperto da exibição do ano passado, em frente à Casa da Ribeira. A mostra faz parte da série “Acabou a gasolina”, com proposta temática, reunindo os 30 melhores vídeos inscritos em 2007 e 2008. O outro tema é “Cidades”, composta por 32 melhores filmes de um minuto de 2008.
Na seqüência serão exibidas as melhores produções de animação, nacionais e internacionais selecionadas pelo Dia Internacional da Animação, maior evento simultâneo de cinema de animação no mundo. Serão exibidas duas mostras do ‘DIA’: a nacional e a internacional.
O Goiamum Audiovisual dá uma pequena pausa no domingo para voltar na segunda-feira, com um verdadeiro cinema montado ao ar livre, na praça Augusto Severo, largo em frente ao Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, com telão em alta definição e poltronas de cinema — serão 200 poltronas cedidas pelo Cine Nordeste. E mais um bistrô, oficinas acontecendo no auditório do museu, palestra e debates.
A estréia será com a mostra inédita no Nordeste “Bollywood”, reunindo as mais significativas e recentes produções do cinema indiano, sob a curadoria do produtor, cineasta e editor indiano Ram Prasad Devineni, e com a presença do jornalista Franthiesco Ballerine, crítico de cinema do Jornal da Tarde e colaborador do jornal O Estado de São Paulo. Ele vem representando a mostra “Bollywood” e fará palestra durante as exibições, de 8 a 12 de dezembro, no Cinema Goiamum. Além das produções indianas, será exibido o documentário “Corpo de Bollywood – O povo quer cinema”, de Raquel Valadares, sobre esta que é uma das maiores indústrias de cinema no mundo.
A primeira é do Festival Mundial do Minuto Brasil, evento que acontece desde 1991, selecionando e exibindo vídeos de 60 segundos de duração feitos por amadores e profissionais. A idéia da mostra na Praça das Flores deve melhorar o aperto da exibição do ano passado, em frente à Casa da Ribeira. A mostra faz parte da série “Acabou a gasolina”, com proposta temática, reunindo os 30 melhores vídeos inscritos em 2007 e 2008. O outro tema é “Cidades”, composta por 32 melhores filmes de um minuto de 2008.
Na seqüência serão exibidas as melhores produções de animação, nacionais e internacionais selecionadas pelo Dia Internacional da Animação, maior evento simultâneo de cinema de animação no mundo. Serão exibidas duas mostras do ‘DIA’: a nacional e a internacional.
O Goiamum Audiovisual dá uma pequena pausa no domingo para voltar na segunda-feira, com um verdadeiro cinema montado ao ar livre, na praça Augusto Severo, largo em frente ao Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, com telão em alta definição e poltronas de cinema — serão 200 poltronas cedidas pelo Cine Nordeste. E mais um bistrô, oficinas acontecendo no auditório do museu, palestra e debates.
A estréia será com a mostra inédita no Nordeste “Bollywood”, reunindo as mais significativas e recentes produções do cinema indiano, sob a curadoria do produtor, cineasta e editor indiano Ram Prasad Devineni, e com a presença do jornalista Franthiesco Ballerine, crítico de cinema do Jornal da Tarde e colaborador do jornal O Estado de São Paulo. Ele vem representando a mostra “Bollywood” e fará palestra durante as exibições, de 8 a 12 de dezembro, no Cinema Goiamum. Além das produções indianas, será exibido o documentário “Corpo de Bollywood – O povo quer cinema”, de Raquel Valadares, sobre esta que é uma das maiores indústrias de cinema no mundo.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Jornalismo e Literatura
Jornalismo e Literatura são irmãos briguentos unidos pelo amor da irmandade. Convivem em mesma casa e têm uma mesma mãe chamada Escrita, casada com um senhor às vezes chato, pedante e cheio de regras, mas também um homem de boa índole quando bem tratado, é o senhor Texto. A Literatura, filha mais velha, costuma ensinar seus dotes artísticos ao irmão mais novo. E o Jornalismo é astuto, perspicaz; capta os fatos no ar. São irmãos inteligentes. E o destino os fez famosos. Tanto que mereceram uma mesa de discussão no Enconro Natalense de Escritores (Ene) entre renomados convidados para debater a importância e o centro de convergência de cada um.
O escritor, contista e diretor da revista literária Bravo!, João Gabriel de Lima foi preconceituoso ao seu modo com a Literatura. Segundo João Gabriel, a Literatura é mentirosa, é o “império da imaginação”. Já o Jornalismo é mais analítico. Mas para o diretor da Bravo!, algo em comum há entre os dois – uma herança genética, talvez: “Escrever é guardar registros para o futuro”. E de alguma forma, mostrou empatia e intimidade com os dois irmãos, filhos de dona Escrita e seo Texto: “Sou mais repórter e, de alguma forma esse lado está presente na minha literatura”.
Claro, ninguém é dono da verdade; nem da mentira, para se adequar às opiniões dos convidados. A unanimidade é burra, já dizia o autor de O idiota da Objetividade, Nelson Rodrigues. O convidado da mesa seguinte, Carlos Heitor Cony, por exemplo, foi categórico na sua definição de literato: “Todo escritor tem de ser telúrico”, embora concorde que a literatura nordestina, a qual tanto ressaltou, seja mais humana. E pela inspiração oceânica e verdadeira de Camões ou para defender a similaridade entre os irmãos, ou mesmo a verdade da literatura, resolvi provocar o diretor da Bravo!:
JOÃO GABRIEL DE LIMA
Qual a grande mentira do jornalismo e a grande verdade da literatura?
(risos) A pergunta é complexa, mas vamos lá. O jornalismo parte de fatos; de coisas que realmente aconteceram. Quando você escreve, não pode mentir. Mas o jornalismo de hoje é cada vez mais analítico. Se pega um fato e a partir dele se faz uma análise. Isso ocorre de forma explícita ou não. Mas só a maneira de você organizar as informações a partir de uma regra ou uma escolha já se tem uma idéia. Toda reportagem tem uma idéia. E a grande mentira do jornalismo é o leitor achar a reportagem uma verdade absoluta e não uma idéia da qual ele pode concordar ou discordar. Mas acho que hoje o leitor é muito crítico. Ele sabe que aquilo que o jornalista defende através do fato é uma opinião, uma visão do profissional. Isso não quer dizer que o jornalismo não seja factual. Ele é, mas o jornalismo sempre defende uma idéia. O jornalista dialoga com o leitor, que lê e aceita ou não aceita. Isso está mais explícito hoje. Tudo que eu escrevo na Bravo!, o leitor pode entrar no site e deixar sua opinião, se concorda ou não. Então, acho que a maior mentira é quando não se aceita o jornalismo como diálogo e sim como uma verdade absoluta, que não é.
E a grande verdade da literatura?
Olha, acho que a literatura busca um pouco a verdade do personagem. Então, o personagem pode estar delirando, mas aquilo é verdadeiro. A voz literária é a verdade do personagem.
Nesse contexto, a Bravo é mais mentirosa ou verdadeira?
A Bravo! é extremamente verdadeira no sentido de que temos total rigor factual. Tudo o que a gente fala na revista é checado. Mas dentro desse rigor de informação tentamos ter visões cada vez mais autorais. Até por ser uma revista. Quando chegamos às bancas, os jornais já passaram, a televisão já noticiou. Quando o cara pega a Bravo!, ele já sabe o que acham quase todos os críticos a respeito do filme da Portela, mas ele quer uma voz autoral, então ele vai ler o cara que mostra aquele universo de uma maneira pessoal, sem falsear. Temos a verdade, mas uma verdade cada vez mais autoral. Falo até um pouco sobre isso no próximo editorial da revista.
A meia-verdade entre as mentiras e verdades do jornalismo e da literatura está na crônica?
Acho a crônica um gênero literário porque o factual ali é pouco importante; é muito pequeno para o jornalismo. Você pega uma crônica do Rubem Braga e o factual dele é ele olhando a praia. Então isso é literatura. Pra mim não interessa saber que o Rubem Braga olhou a praia. Pra mim interessa como ele olhou e o que ele escreveu.
Já que a Bravo! tem feito listas de 100 melhores em diferentes gêneros culturais, a Bravo estaria em qual posição entre as 100 melhores revistas culturais do país?
(risos) A modéstia me impede de responder a esta pergunta.
Conhece as revistas culturais produzidas no Rio Grande do Norte, como Preá, Brouhaha e Papangu?
Gostaria muito de conhecer. A única revista literária que conheço do Nordeste é a Continente, que era do Homero Fonseca, coisa que eu leio e admiro há muito tempo. A gente vinha conversando na van e eu tinha muita curiosidade em saber como ela é produzida; esse equilíbrio que eles conseguem abordar entre o regional e o mundo. A Bravo! pertence à editora Abril: uma editora grande. Mas mesmo dentro de uma editora grande a gente vê a batalha que é produzir uma revista cultural. Não é um produto de grande vendagem, que fatura muita grana. Então, respeito muito quem faz.
O escritor, contista e diretor da revista literária Bravo!, João Gabriel de Lima foi preconceituoso ao seu modo com a Literatura. Segundo João Gabriel, a Literatura é mentirosa, é o “império da imaginação”. Já o Jornalismo é mais analítico. Mas para o diretor da Bravo!, algo em comum há entre os dois – uma herança genética, talvez: “Escrever é guardar registros para o futuro”. E de alguma forma, mostrou empatia e intimidade com os dois irmãos, filhos de dona Escrita e seo Texto: “Sou mais repórter e, de alguma forma esse lado está presente na minha literatura”.
Claro, ninguém é dono da verdade; nem da mentira, para se adequar às opiniões dos convidados. A unanimidade é burra, já dizia o autor de O idiota da Objetividade, Nelson Rodrigues. O convidado da mesa seguinte, Carlos Heitor Cony, por exemplo, foi categórico na sua definição de literato: “Todo escritor tem de ser telúrico”, embora concorde que a literatura nordestina, a qual tanto ressaltou, seja mais humana. E pela inspiração oceânica e verdadeira de Camões ou para defender a similaridade entre os irmãos, ou mesmo a verdade da literatura, resolvi provocar o diretor da Bravo!:
JOÃO GABRIEL DE LIMA
Qual a grande mentira do jornalismo e a grande verdade da literatura?
(risos) A pergunta é complexa, mas vamos lá. O jornalismo parte de fatos; de coisas que realmente aconteceram. Quando você escreve, não pode mentir. Mas o jornalismo de hoje é cada vez mais analítico. Se pega um fato e a partir dele se faz uma análise. Isso ocorre de forma explícita ou não. Mas só a maneira de você organizar as informações a partir de uma regra ou uma escolha já se tem uma idéia. Toda reportagem tem uma idéia. E a grande mentira do jornalismo é o leitor achar a reportagem uma verdade absoluta e não uma idéia da qual ele pode concordar ou discordar. Mas acho que hoje o leitor é muito crítico. Ele sabe que aquilo que o jornalista defende através do fato é uma opinião, uma visão do profissional. Isso não quer dizer que o jornalismo não seja factual. Ele é, mas o jornalismo sempre defende uma idéia. O jornalista dialoga com o leitor, que lê e aceita ou não aceita. Isso está mais explícito hoje. Tudo que eu escrevo na Bravo!, o leitor pode entrar no site e deixar sua opinião, se concorda ou não. Então, acho que a maior mentira é quando não se aceita o jornalismo como diálogo e sim como uma verdade absoluta, que não é.
E a grande verdade da literatura?
Olha, acho que a literatura busca um pouco a verdade do personagem. Então, o personagem pode estar delirando, mas aquilo é verdadeiro. A voz literária é a verdade do personagem.
Nesse contexto, a Bravo é mais mentirosa ou verdadeira?
A Bravo! é extremamente verdadeira no sentido de que temos total rigor factual. Tudo o que a gente fala na revista é checado. Mas dentro desse rigor de informação tentamos ter visões cada vez mais autorais. Até por ser uma revista. Quando chegamos às bancas, os jornais já passaram, a televisão já noticiou. Quando o cara pega a Bravo!, ele já sabe o que acham quase todos os críticos a respeito do filme da Portela, mas ele quer uma voz autoral, então ele vai ler o cara que mostra aquele universo de uma maneira pessoal, sem falsear. Temos a verdade, mas uma verdade cada vez mais autoral. Falo até um pouco sobre isso no próximo editorial da revista.
A meia-verdade entre as mentiras e verdades do jornalismo e da literatura está na crônica?
Acho a crônica um gênero literário porque o factual ali é pouco importante; é muito pequeno para o jornalismo. Você pega uma crônica do Rubem Braga e o factual dele é ele olhando a praia. Então isso é literatura. Pra mim não interessa saber que o Rubem Braga olhou a praia. Pra mim interessa como ele olhou e o que ele escreveu.
Já que a Bravo! tem feito listas de 100 melhores em diferentes gêneros culturais, a Bravo estaria em qual posição entre as 100 melhores revistas culturais do país?
(risos) A modéstia me impede de responder a esta pergunta.
Conhece as revistas culturais produzidas no Rio Grande do Norte, como Preá, Brouhaha e Papangu?
Gostaria muito de conhecer. A única revista literária que conheço do Nordeste é a Continente, que era do Homero Fonseca, coisa que eu leio e admiro há muito tempo. A gente vinha conversando na van e eu tinha muita curiosidade em saber como ela é produzida; esse equilíbrio que eles conseguem abordar entre o regional e o mundo. A Bravo! pertence à editora Abril: uma editora grande. Mas mesmo dentro de uma editora grande a gente vê a batalha que é produzir uma revista cultural. Não é um produto de grande vendagem, que fatura muita grana. Então, respeito muito quem faz.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Entrevistas para breve
Os leitores deste blog podem esperar coisa boa pela frente. Tenho na manga entrevista com o diretor de redação da revista Bravo!, João Gabriel de Lima; com o músico gaúcho Vitor Ramil; a continuação prometida da entrevista com o Teatro Mágico (que pela demora colocarei na íntegra); e agora há pouco entrevistei o escritor, médico e imortal da ABL, Moacyr Scliar. Entrevista boa, melhor do que a que fiz com ele ano passado, durante o Ene. Amanhã coloco alguma. Até!
Lista dos Pontos de Cultura aprovados
Seguem os 53 projetos de pontos de cultura aprovados e que receberão a bagatela de R$ 180 mil, e mais a lista de 13 suplentes:
1. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Vapor das Artes (Janduís)
Projeto: Pontos de Cultura em Cena Acão
2. Associação Comunitária Sócio-Cultural de Major Sales (Major Sales)
Projeto: Tear Cultural
3. Escola Potiguar das Artes do Circo (Natal)
Projeto: Escola Potiguar das Artes do Circo
4. Olhares (São Gonçalo do Amarante)
Projeto: Lumiar
5. Associação Potiguar de Apoio à Juventude do Meio Popular-Ileão (Parnamirim)
Projeto: Cultura e Protagonismo Juvenil
6. Associação de Moradores da Redinha (Natal)
Projeto: No Balanço da Redinha
7. Fundação Potiguar (Mossoró)
Projeto: Estação Cultura
8. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura de Grossos (Grossos)
Projeto: Ascender
9. Trotamundos Cia de Arte (Natal)
Projeto: Cascudo: Conta Lá Que eu Conto Cá
10. Associação de Comunicação Comunitária e Cultural Cajupiranga (São José de Mipibu)
Projeto: Revitalização da Cultura Popular do Município de São José de Mipibu
11. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura do Palácio do Minerador (Currais Novos
Projeto: Caçuá de Cultura
12. Associação Comunitária e Cultural Casa de Cultura Goianinha (Goianinha)
Projeto: Coquetel Cultural
13. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura Palácio Florenciano de Parelhas (Parelhas)
Projeto: Companhia das Artes
14. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura Antônio Pires Galvão (Cruzeta)
Projeto: Culturarte
15. Instituto Técnico de Estudos Cinematográficos (Natal)
Projeto: Cinema para Todos
16. Posse de Hip Hop Lelo Melodia (Natal)
Projeto: Bodega Digital Favela Sorri
17. Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania (São Miguel do Gostoso)
Projeto: Tear – Tecendo Cultura, Cidadania e Direitos Humanos
18. Associação Educacional Comunitária do Município de Tibau do Sul (Tibau do Sul)
Projeto: Educa-Pipa Ponto de Cultura
19. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Estanilau Pechel (Florânia)
Projeto: Baú de Arte e Cultura
20. Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Natal)
Projeto: Ponto de Cultura Barracão Mambembe
21. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Sobrado de Padre Guerra (Caicó)
Projeto: A Arte do Sobrado
22. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Palácio Borburema Potiguar (São José de Campestre)
Projeto: Ponto de Cultura Folcação – Folclore, Cidadania e Educação
23. Instituto Educante (Parnamirim)
Projeto: Cine Poesia
24. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura de Martins (Martins)
Projeto: Martins em Ação Pela Cultura, Cidadania e Meio Ambiente
25. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Palácio do Gavião (Umarizal)
Projeto: Umari-Cultura – Um rio de Cultura Popular
26. Associação Gira Dança (Natal)
Projeto: Giratório
27. Movimento de Valorização Arte Educação (Natal)
Projeto: O Pium
28. Associação de Jovens, Ação e Cidadania (São Tomé)
Projeto: A influência da música no desenvolvimento social
29. Centro de Estudos, Pesquisa e Ação Cultural (Natal)
Projeto: Tecido Cultural
30. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Sobrado da Baronesa (Assu)
Projeto: A arte como instrumento promotor da cidadania
31. Associação República das Artes (Natal)
Projeto: Boivivo
32. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Manoel do Violão (Caraúbas)
Projeto: Cultura no Ponto
33. Associação Grupo Mut. Luís Gomes (Luís Gomes)
Projeto: Cultura Serrana
34. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Nair Mesquita (Macaíba)
Projeto: Casa na Cultura
35. Amigos da Casa de Cultura Nova Cruz (Nova Cruz)
Projeto: Revendo Nossas Origens
36. Associação de Desenvolvimento Comunitário Boa Vista dos Negros (Parelhas)
Projeto: Ponto De Cultura Da Comunidade Quilombola De Boa Vista Dos Negros Espaço De Resistência
37. Associação Musical de Cruzeta (Cruzeta)
Projeto: Filarmônica de Cruzeta
38. Centro Feminista 8 de Março (Mossoró)
Projeto: Mulheres Jovens Construindo Cultura e Autonomia
39. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Oswaldo Lamartine (Serra Negra do Norte)
Projeto: Culturarte
40. Companhia Escarcéu de Teatro (Mossoró)
Projeto: Escarcéu o Ponto de Cultura
41. Organização Feminista Bandeira Lilás (Natal)
Projeto: Mulheres Arteiras
42. Instituto Cultural Chico Antônio na Pancada do Ganzá (Pedro Velho)
Projeto: Projeto Ponto de Cult.Chico Antonio:O Coco De Roda Em Roda Viva
43. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Poeta Antídio de Azevedo (Jardim do Seridó)
Projeto: Revela-Arte
44. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura de Lajes (Lajes)
Projeto: Pontos de Cultura como Veículo Digital
45. Comunidade Cultural Amigos da Casa de Cultura Inharé (Santa Cruz)
Projeto: Ponto de Cultura Palácio do Inharé
46. Associação Pelo Meio Ambiente Alto do Rodrigues (Alto do Rodrigues)
Projeto: Recriar-Recriando com Arte o Ofício Ambiente
47. Associação Cultural do Bom Pastor (Natal)
Projeto: Avança Bom Pastor
48. Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Mossoró)
Projeto: Ponto de Inclusão
49. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Palácio das Louceiras (Viçosa)
Projeto: Viçosa em Ação, Cultura na Mão
50. Artes e Traquinagens (Natal)
Projeto: Mãos nas Artes
51. Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará (Mossoró)
Projeto: Baixinha Berço das Artes
52. Associação Cultural Espaço Cleto de Souza (Campo Grande)
Projeto: Espaço Cultural
53. Associação Grupo de Teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias (Natal-Ceará-Mirim)
Projeto: Ponto de Cultura Rebuliço
LISTA DE SUPLENTES
1. Centro Social São Paulo do Potengi (São Paulo do Potengi)
Projeto: Pontos de Cultura Monsenhor Expedito
2. Centro Vivaldo Dantas (Natal)
Projeto: Lentes da Periferia
3. Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências - Samba (Natal)
Projeto: VI Pratodomundo – Festival Gastronômico do Beco da Lama
4. Instituto Vida e Esperança (Natal)
Projeto: Arte e Vida no Cárcere
5. Assessoria e Consultoria Capacitação Técnica (Caráubas)
Projeto: Cinema no Sítio
6. Associação Casa do Cantador Potiguar (Mossoró)
Projeto: Ponto de Cultura Casa do Cantador
7. Grupo Arruaça de Teatro Amador (Mossoró)
Projeto: Curtindo Arte
8. Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Uern (Mossoró)
Projeto: Centro de Tecnologia e Arte para Ciências
9. Associação e Consultoria Técnica do Seridó (Natal)
Projeto: Os Negros do Rosário
10. Associação Zuzu Angel (Maxaranguape)
Projeto: Ponto de Cultura Maxaranguape Artes das Curupiras
11. Mandacaru Companhia Teatral (Mossoró)
Projeto: O Cordel do Mandacaru
12. Micro Mundo (Natal)
Projeto: Micro Mundo
13. Centro de Documentação e Comunicação Popular (Natal)
Projeto: Núcleo de Cultura e Produção Digital
1. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Vapor das Artes (Janduís)
Projeto: Pontos de Cultura em Cena Acão
2. Associação Comunitária Sócio-Cultural de Major Sales (Major Sales)
Projeto: Tear Cultural
3. Escola Potiguar das Artes do Circo (Natal)
Projeto: Escola Potiguar das Artes do Circo
4. Olhares (São Gonçalo do Amarante)
Projeto: Lumiar
5. Associação Potiguar de Apoio à Juventude do Meio Popular-Ileão (Parnamirim)
Projeto: Cultura e Protagonismo Juvenil
6. Associação de Moradores da Redinha (Natal)
Projeto: No Balanço da Redinha
7. Fundação Potiguar (Mossoró)
Projeto: Estação Cultura
8. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura de Grossos (Grossos)
Projeto: Ascender
9. Trotamundos Cia de Arte (Natal)
Projeto: Cascudo: Conta Lá Que eu Conto Cá
10. Associação de Comunicação Comunitária e Cultural Cajupiranga (São José de Mipibu)
Projeto: Revitalização da Cultura Popular do Município de São José de Mipibu
11. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura do Palácio do Minerador (Currais Novos
Projeto: Caçuá de Cultura
12. Associação Comunitária e Cultural Casa de Cultura Goianinha (Goianinha)
Projeto: Coquetel Cultural
13. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura Palácio Florenciano de Parelhas (Parelhas)
Projeto: Companhia das Artes
14. Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa de Cultura Antônio Pires Galvão (Cruzeta)
Projeto: Culturarte
15. Instituto Técnico de Estudos Cinematográficos (Natal)
Projeto: Cinema para Todos
16. Posse de Hip Hop Lelo Melodia (Natal)
Projeto: Bodega Digital Favela Sorri
17. Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania (São Miguel do Gostoso)
Projeto: Tear – Tecendo Cultura, Cidadania e Direitos Humanos
18. Associação Educacional Comunitária do Município de Tibau do Sul (Tibau do Sul)
Projeto: Educa-Pipa Ponto de Cultura
19. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Estanilau Pechel (Florânia)
Projeto: Baú de Arte e Cultura
20. Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Natal)
Projeto: Ponto de Cultura Barracão Mambembe
21. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Sobrado de Padre Guerra (Caicó)
Projeto: A Arte do Sobrado
22. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Palácio Borburema Potiguar (São José de Campestre)
Projeto: Ponto de Cultura Folcação – Folclore, Cidadania e Educação
23. Instituto Educante (Parnamirim)
Projeto: Cine Poesia
24. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura de Martins (Martins)
Projeto: Martins em Ação Pela Cultura, Cidadania e Meio Ambiente
25. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Palácio do Gavião (Umarizal)
Projeto: Umari-Cultura – Um rio de Cultura Popular
26. Associação Gira Dança (Natal)
Projeto: Giratório
27. Movimento de Valorização Arte Educação (Natal)
Projeto: O Pium
28. Associação de Jovens, Ação e Cidadania (São Tomé)
Projeto: A influência da música no desenvolvimento social
29. Centro de Estudos, Pesquisa e Ação Cultural (Natal)
Projeto: Tecido Cultural
30. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Sobrado da Baronesa (Assu)
Projeto: A arte como instrumento promotor da cidadania
31. Associação República das Artes (Natal)
Projeto: Boivivo
32. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Manoel do Violão (Caraúbas)
Projeto: Cultura no Ponto
33. Associação Grupo Mut. Luís Gomes (Luís Gomes)
Projeto: Cultura Serrana
34. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Nair Mesquita (Macaíba)
Projeto: Casa na Cultura
35. Amigos da Casa de Cultura Nova Cruz (Nova Cruz)
Projeto: Revendo Nossas Origens
36. Associação de Desenvolvimento Comunitário Boa Vista dos Negros (Parelhas)
Projeto: Ponto De Cultura Da Comunidade Quilombola De Boa Vista Dos Negros Espaço De Resistência
37. Associação Musical de Cruzeta (Cruzeta)
Projeto: Filarmônica de Cruzeta
38. Centro Feminista 8 de Março (Mossoró)
Projeto: Mulheres Jovens Construindo Cultura e Autonomia
39. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Oswaldo Lamartine (Serra Negra do Norte)
Projeto: Culturarte
40. Companhia Escarcéu de Teatro (Mossoró)
Projeto: Escarcéu o Ponto de Cultura
41. Organização Feminista Bandeira Lilás (Natal)
Projeto: Mulheres Arteiras
42. Instituto Cultural Chico Antônio na Pancada do Ganzá (Pedro Velho)
Projeto: Projeto Ponto de Cult.Chico Antonio:O Coco De Roda Em Roda Viva
43. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Poeta Antídio de Azevedo (Jardim do Seridó)
Projeto: Revela-Arte
44. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura de Lajes (Lajes)
Projeto: Pontos de Cultura como Veículo Digital
45. Comunidade Cultural Amigos da Casa de Cultura Inharé (Santa Cruz)
Projeto: Ponto de Cultura Palácio do Inharé
46. Associação Pelo Meio Ambiente Alto do Rodrigues (Alto do Rodrigues)
Projeto: Recriar-Recriando com Arte o Ofício Ambiente
47. Associação Cultural do Bom Pastor (Natal)
Projeto: Avança Bom Pastor
48. Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Mossoró)
Projeto: Ponto de Inclusão
49. Associação Comunitária Amigos da Casa de Cultura Palácio das Louceiras (Viçosa)
Projeto: Viçosa em Ação, Cultura na Mão
50. Artes e Traquinagens (Natal)
Projeto: Mãos nas Artes
51. Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará (Mossoró)
Projeto: Baixinha Berço das Artes
52. Associação Cultural Espaço Cleto de Souza (Campo Grande)
Projeto: Espaço Cultural
53. Associação Grupo de Teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias (Natal-Ceará-Mirim)
Projeto: Ponto de Cultura Rebuliço
LISTA DE SUPLENTES
1. Centro Social São Paulo do Potengi (São Paulo do Potengi)
Projeto: Pontos de Cultura Monsenhor Expedito
2. Centro Vivaldo Dantas (Natal)
Projeto: Lentes da Periferia
3. Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências - Samba (Natal)
Projeto: VI Pratodomundo – Festival Gastronômico do Beco da Lama
4. Instituto Vida e Esperança (Natal)
Projeto: Arte e Vida no Cárcere
5.
Projeto: Cinema no Sítio
Projeto: Ponto de Cultura Casa do Cantador
7. Grupo Arruaça de Teatro Amador (Mossoró)
Projeto: Curtindo Arte
8. Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Uern (Mossoró)
Projeto: Centro de Tecnologia e Arte para Ciências
9. Associação e Consultoria Técnica do Seridó (Natal)
Projeto: Os Negros do Rosário
10. Associação Zuzu Angel (Maxaranguape)
Projeto: Ponto de Cultura Maxaranguape Artes das Curupiras
11. Mandacaru Companhia Teatral (Mossoró)
Projeto: O Cordel do Mandacaru
12. Micro Mundo (Natal)
Projeto: Micro Mundo
13. Centro de Documentação e Comunicação Popular (Natal)
Projeto: Núcleo de Cultura e Produção Digital
Juca Kfouri sobre blogs
"Eu sinto que meu blog exige mais de mim que qualquer outro veículo, mais que as grandes mídias". É assim que o jornalista Juca Kfouri compara as mídias ao abordar um dos temas que estarão em pauta no seminário de Jornalismo Esportivo, dia 12/12, em São Paulo.Com mais de 40 milhões de acessos, o blog do jornalista Juca Kfouri, é um dos blogs esportivos, mais lidos do Brasil. Em mais de 35 anos de carreira, Juca acredita que, dependendo da audiência, o blog exige mais dedicação do jornalista, porque os leitores acompanham o trabalho intensamente.
"Se eu deixo de atualizar por um dia, porque tenho de fazer muitas coisas, as pessoas cobram, me perguntam se aconteceu alguma coisa, se estou doente".Experiência com diferentes meios de comunicação não falta na vida de Juca, que atua na ESPN, rádio CBN e em seu blog. Sem contar as passagens marcantes pelas revistas Playboy e Placar.O conteúdo jornalístico é o mesmo, o que muda é o meio. "Eu apuro, entrevisto, opino em todos os meios. Se eu colocar uma entrevista no blog, não muda em nada, o que muda é o meio, mas é o mesmo jornalismo, o mesmo conteúdo", detalha.
No caso do blog, a credibilidade não é do meio, mas do jornalista. "Existem blogs que têm credibilidade e muitos outros que não têm. Isso depende do jornalista. Não é porque um jornalista escreve que o blog tem credibilidade".Juca se identifica mais com o jornal impresso, pela profundidade, mas o rádio tem um significado especial em sua vida. "O rádio me dá mais prazer. Me arrependo de não ter começado no rádio antes", diz.
"Se eu deixo de atualizar por um dia, porque tenho de fazer muitas coisas, as pessoas cobram, me perguntam se aconteceu alguma coisa, se estou doente".Experiência com diferentes meios de comunicação não falta na vida de Juca, que atua na ESPN, rádio CBN e em seu blog. Sem contar as passagens marcantes pelas revistas Playboy e Placar.O conteúdo jornalístico é o mesmo, o que muda é o meio. "Eu apuro, entrevisto, opino em todos os meios. Se eu colocar uma entrevista no blog, não muda em nada, o que muda é o meio, mas é o mesmo jornalismo, o mesmo conteúdo", detalha.
No caso do blog, a credibilidade não é do meio, mas do jornalista. "Existem blogs que têm credibilidade e muitos outros que não têm. Isso depende do jornalista. Não é porque um jornalista escreve que o blog tem credibilidade".Juca se identifica mais com o jornal impresso, pela profundidade, mas o rádio tem um significado especial em sua vida. "O rádio me dá mais prazer. Me arrependo de não ter começado no rádio antes", diz.
Lista dos pontos de cultura
Até agora nada da lista dos 53 pontos de cultura, escolhidos pela comissão formada por membros da Fundação José Augusto, Ministério da Cultura e representante da UFRN. A lista sai hoje, publicada no Diário Oficial do Estado. Mas vamos com calma e deixar a galera tomar café em paz. Assim que sair coloco aqui.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Papangu nas bancas
Nem Preá, nem Brouhaha. Quem edita mais uma publicação é a revista Papangu, que chega para brindar o aniversário da Operação Sal Grosso. Há um ano o Ministério Público iniciou um longo trabalho para entender como funciona a Câmara Municipal de Mossoró e o uso de seus recursos por parte dos vereadores da dita terra de Santa Luzia. A capa de mais uma edição da revista Papangu dá ênfase ao imbróglio que ainda não tem data para terminar, como também parece ser a operação similar ocorrida em Natal, dita impactante. A matéria leva a assinatura do jornalista Bruno Barreto.
Túlio Ratto entrevistou para este número o blogueiro Erasmo Carlos Firmino, o famoso “Tio Colorau”. Em Autores & Obras, o bibliófilo Clauder Arcanjo escreve sobre a obra Rimas da vida e da morte, livro de Amós Oz, o mais importante escritor israelense da atualidade. O Troféu Papangu desta edição foi para a Saúde Pública no Estado. No Especial, assinado pelo jornalista Alexandro Gurgel, um grito de socorro: “Salvem o tesouro de Vingt-un Rosado!”. A matéria foca as dificuldades enfrentadas para manter o acervo da Coleção Mossoroense. Alexandro assina também o Talento Potiguar com o músico, compositor, maestro e professor da UFRN, Danilo Guanais.
Em reportagem exclusiva, o jornalista Marcos Bezerra conta a História do Aeroclube do Rio Grande do Norte que torna-se no fim deste ano octogenário. Para alegrar ainda mais a nação papangu: Affonso Romano de Sant’Anna, Raildon Lucena, Túlio Ratto, Antonio Capistrano, Yasmine Lemos, David de Medeiros Leite, Cefas Carvalho e Damião Nobre. Finalizando com muitos festejos, as poesias de Batista de Lima, Zila Mamede, Jarbas Martins e do saudoso Luiz Lopes da Silva Sobrinho. E a revista tem muito mais. Vão atrás!
Túlio Ratto entrevistou para este número o blogueiro Erasmo Carlos Firmino, o famoso “Tio Colorau”. Em Autores & Obras, o bibliófilo Clauder Arcanjo escreve sobre a obra Rimas da vida e da morte, livro de Amós Oz, o mais importante escritor israelense da atualidade. O Troféu Papangu desta edição foi para a Saúde Pública no Estado. No Especial, assinado pelo jornalista Alexandro Gurgel, um grito de socorro: “Salvem o tesouro de Vingt-un Rosado!”. A matéria foca as dificuldades enfrentadas para manter o acervo da Coleção Mossoroense. Alexandro assina também o Talento Potiguar com o músico, compositor, maestro e professor da UFRN, Danilo Guanais.
Em reportagem exclusiva, o jornalista Marcos Bezerra conta a História do Aeroclube do Rio Grande do Norte que torna-se no fim deste ano octogenário. Para alegrar ainda mais a nação papangu: Affonso Romano de Sant’Anna, Raildon Lucena, Túlio Ratto, Antonio Capistrano, Yasmine Lemos, David de Medeiros Leite, Cefas Carvalho e Damião Nobre. Finalizando com muitos festejos, as poesias de Batista de Lima, Zila Mamede, Jarbas Martins e do saudoso Luiz Lopes da Silva Sobrinho. E a revista tem muito mais. Vão atrás!
Curta no Varal
O Centro Acadêmico Berilo Wanderley apresenta a mostra Curta no Varal. Esse é um projeto idealizado pela professoa Maria Ângela Pavan com o intuito de divulgar os curtas dos alunos de Comunicação Social. Estudante de qualquer período do curso pode participar. Para se inscrever basta entrar no site www.cchla.ufrn.br/cabw até o dia 05/12, onde o regulamento já está disponível. A mostra acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro, nos auditórios A e C do cchla, das 16h às 21 horas.
Micarla no Ene
Terminou com gostinho de quero mais a terceira edição do Encontro Natalense de Escritores (Ene). Comenta-se da ausência da prefeita eleita durante o evento como mostra da falta de compromisso em manter o projeto. Acredito ser precoce e superficial o julgamento, embora achasse uma atitude elogiosa a prefeita dar as caras por lá. Seria uma maneira de adiantar uma postura de concordância com a boa política cultural desenvolvida na atual gestão. Não foi, paciência. Liguei pra assessoria da prefeita e alguma explicação me foi dada, como o leitor pode ver abaixo.
A despeito do Ene, muito já se falou. Deixo minhas impressões. A falha principal e talvez a única relevante, a divulgação tardia do evento. Acredito que isso prejudicou a maior freqüência do público. Ressalte-se, também, a dificuldade de montagem dos nomes em função da enorme desistência este ano. Publiquei neste espaço a lista prévia e muitos estiveram fora da montagem oficial, como Zuenir Ventura e Ariano Suassuna. O Cordel do Fogo Encantado cheguei a divulgar em meu blog um dia antes da divulgação oficial pela assessoria do evento. Mas a galera desistiu, como também o Tributo a Cartola. Sobrou o popstar Arnaldo Antunes.
Outra idéia sem maiores custos e de excelente resultado seria o convite aos alunos das escolas públicas a participarem do evento, como foi feito nas últimas bienais do livro. Aliás, o presidente da Capitania das Artes, Dácio Galvão, comentou do desejo de produzir um “Eninho” para crianças, mas “faltou grana”. Enfim, de resto, sobrou a esperança de manutenção do melhor evento literário do Estado - a nossa Flip - cada vez mais aprimorado e maduro, com nova estrutura, local e vontade de crescer ainda mais.
Porque a prefeita eleita não compareceu em nenhum dos três dias do Ene?
Assessoria – Apenas porque ela tem cuidado da transição.
Ela tem em mente a continuidade do evento, ela já comentou se gosta do projeto?
Assim que ela tiver informações da Funcarte a respeito dos projetos da prefeitura, que foram solicitados e ainda não foram repassados, ela poderá dar uma opinião a respeito.
A despeito do Ene, muito já se falou. Deixo minhas impressões. A falha principal e talvez a única relevante, a divulgação tardia do evento. Acredito que isso prejudicou a maior freqüência do público. Ressalte-se, também, a dificuldade de montagem dos nomes em função da enorme desistência este ano. Publiquei neste espaço a lista prévia e muitos estiveram fora da montagem oficial, como Zuenir Ventura e Ariano Suassuna. O Cordel do Fogo Encantado cheguei a divulgar em meu blog um dia antes da divulgação oficial pela assessoria do evento. Mas a galera desistiu, como também o Tributo a Cartola. Sobrou o popstar Arnaldo Antunes.
Outra idéia sem maiores custos e de excelente resultado seria o convite aos alunos das escolas públicas a participarem do evento, como foi feito nas últimas bienais do livro. Aliás, o presidente da Capitania das Artes, Dácio Galvão, comentou do desejo de produzir um “Eninho” para crianças, mas “faltou grana”. Enfim, de resto, sobrou a esperança de manutenção do melhor evento literário do Estado - a nossa Flip - cada vez mais aprimorado e maduro, com nova estrutura, local e vontade de crescer ainda mais.
Porque a prefeita eleita não compareceu em nenhum dos três dias do Ene?
Assessoria – Apenas porque ela tem cuidado da transição.
Ela tem em mente a continuidade do evento, ela já comentou se gosta do projeto?
Assim que ela tiver informações da Funcarte a respeito dos projetos da prefeitura, que foram solicitados e ainda não foram repassados, ela poderá dar uma opinião a respeito.
Aprovados da lei cascudiana
A comissão estadual de cultura aprovou oito projetos culturais ontem. São eles: Renda Cidadã (artesanato, R$ 139 mil); Música em Cena no RN (música, R$ 271 mil); Caminhada Histórica de Natal (música e museus, R$ 209 mil); 4° MPBeco (música, R$ 122,7 mil); 5ª Feira de Livros de Mossoró (literatura, R$ 228,5 mil); 5ª Feira do Livro do Seridó (literatura, R$ 140 mil); Festival de Música e Literatura de Pipa, a Flipipa 2009 (literatura e música, R$ 281,7 mil); e Centro Cultural Fulô do Mato (artesanato, R$ 447 mil).
Esse último projeto deve ser uma senhora idéia para tanto dinheiro. E que bom estar incluída aí o Festival de Pipa. Até onde sei o idealizador é o escritor Rodrigo Levino, em parceria com a secretaria de turismo de Tibau do Sul. Mas como proponente do projeto está o nome de Salustiano Fagundes. Fiquei curioso para saber do projeto Música em Cena no RN. A proponente é a ex-presidente da ONG Natal Voluntários, Mônica MacDowell. Deve vir coisa boa por aí.
Esse último projeto deve ser uma senhora idéia para tanto dinheiro. E que bom estar incluída aí o Festival de Pipa. Até onde sei o idealizador é o escritor Rodrigo Levino, em parceria com a secretaria de turismo de Tibau do Sul. Mas como proponente do projeto está o nome de Salustiano Fagundes. Fiquei curioso para saber do projeto Música em Cena no RN. A proponente é a ex-presidente da ONG Natal Voluntários, Mônica MacDowell. Deve vir coisa boa por aí.
Pontos de Cultura aprovados
Os pontos de cultura do Rio Grande do Norte foram escolhidos hoje. Liguei para a assessoria da Fundação José Augusto agora a pouco para saber o resultado, mas a divulgação sairá primeiramente no Diário Oficial, o que é justificável. Fica a promessa da publicação da lista por aqui assim que eu tiver acesso ao DOE. Mas a comissão julgadora dos projetos foi publicada e ficou constituída do diretor geral da FJA e seu adjunto, Crispiniano Neto e Fábio Lima, respectivamente; a representante da Rede dos Pontos de Cultura, Magnólia Margarida Morais; mais três representantes do Ministério da Cultura; e uma representante da UFRN, Teodora Araújo Sales. Foram 127 projetos inscritos. Quase 50 municípios concorreram. Foram escolhidos 53 pontos de cultura, que receberão R$ 180 mil (divididos em três parcelas de R$ 60 mil, sendo duas do Governo Federal e uma do Governo Estadual). As parcelas serão liberadas mediante prestação de contas e resultados. É o que diz o edital.
Memória de Ceará-Mirim
Os cearamirinenses já podem dormir tranqüilos. Um dos mais abnegados filhos daqueles verdes canaviais, Gibson Machado, cuidou de compilar a história da cidade em um livro de memórias iconográficas. Um projeto gráfico estupendo. O livro tem prefácio do escritor da terra, Bartolomeu Correia de Melo. A orelha da obra traz escritos de Nilo Pereira que resgata uma Ceará-Mirim de silêncios e poesia; uma Ceará-Mirim de meus antepassados. Gibson merece todo o aplauso e créditos pela pesquisa apurada e o primor editorial. Há quase dois anos estive em Ceará-Mirim para realizar um mapeamento cultural para a revista Preá. E foi Gibson o personagem que me orientou a respeito da cultura genuína daqueles vales históricos. Ceará Mirim Memória Iconográfica será lançado sábado, às 21h, na Barraca da Matriz, no próprio município.