A matemática para a volta do Domingo na Praça é simples. Quando classifico como simples é porque o projeto já descartou o processo burocrático e pouco eficaz de captação de patrocínio pelas leis de incentivo e depende apenas da apresentação final do projeto e da boa vontade da Capitania das Artes. O patrocínio, no caso, seria direto, em parceria entre Funcarte e UFRN. A instituição cultural entraria com os recursos, estimados em R$ 12 mil. E a UFRN cederia o espaço, segurança e logística (internet, fone, assessoria de imprensa, energia...). Simples, não?
Amanhã (coloquei em minha coluna que seria hoje!) a produtora Cida Campello levará novo projeto com todos os valores, trâmites e "contrapartidas possíveis" oferecidas pela UFRN para análise da comissão de eventos da Capitania. Outra facilidade para aprovação e viabilização do projeto é o convênio já firmado entre prefeitura e UFRN para outros projetos. E mais: o Domingo na Praça funcionaria como âncora ou vitrine para outros projetos municipais, como o K-Ximbinho, ao oferecer uma platéia já fiel ao evento. No caso, o DNP se instalaria no Anfiteatro da UFRN e o K-Ximbinho funcionaria de forma intinerante.
"O valor do projeto já é baixo. Só com o nome do Domingo na Praça já consigo descontos consideráveis para várias coisas. Às vezes penso em desistir quando percebo o desânimo contagiante para este projeto na Funcarte". O diretor de Eventos da Capitania, Josenilton Tavares, afirmou que espera a apresentação do projeto para análise e que a instituição tem interesse em recriar o DNP, "pela própria marca e trajetória de sucesso do projeto".
Cida prometeu levar o projeto amanhã. A coluna promete novos desdobramentos para este projeto que marcou os domingos natalenses por uma década, sempre com cultura diversificada, democrática e de fácil acesso a todo tipo de platéia. A produtora explica ainda que descartou a via das leis de incentivo pelo valor baixo do projeto e também pelos "traumas" já sofridos com as leis municipal e estadual em outros projetos. Segundo ela, se fosse optar escolheria os caminhos da lei nacional (Rouanet). "Em menos de um mês o projeto seria aprovado".
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