Notícia boa: talvez o projeto cultural mais bacana em voga no Estado - o Poticanto - deve receber nos próximos dias o patrocínio de uma mega estatal brasileira, dentro dos benefícios da lei de incentivo Câmara Cascudo. Com isso, o produtor Nelson Rebouças disse que o projeto poderá concretizar o sonho de gravar em Cd e Dvd o maior acervo de música autoral local deste Rio Grande - um verdadeiro registro da música potiguar digno de elogio de Leide Câmara.
Para a próxima edição - faço questão de noticiar - o projeto apresenta dois artistas locais de talento ímpar: o exímio violonista Zeca Brasil, dono de uma voz suave, seresteira, homenageia nosso carnaubense Dudé Viana e sua simplicidade. Assisti show de Dudé no TCP. Ele conta histórias curiosíssimas de cada música, da sua vida de batalhas, sofrimentos (foi preso por engano durante três anos) e causos dignos de anedotário. Escutei o Cd de Dudé, também. Há música de poemas de Deífilo Gurgel, Zila Mamede e Cascudo, e outras músicas interessantes. Vale a pena.
Mesmo para produtores musicais, o Poticanto: um canto 100% potiguar pareceu um projeto fadado ao fracasso. Ora, sustentar durante anos edições quinzenais apenas com artistas da terra que possuam trabalho autoral considerável é algo quase inimaginável. Nelson Rebouças apostou na idéia e no talento potiguar e, após seis anos de trabalho, continua com bom número de pessoas no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel. Na última edição, cerca de 120 pessoas compareceram para ver Romildo Soares interpretando Geraldo Carvalho.
E para quem pensa que as opções estão se esgotando, Nelson afirma que já tem pelo menos 52 compositores potiguares ainda na fila para serem homenageados e doze parelhas já agendadas para os próximos meses. Uma delas eu achei interessantíssima: Rodrigo Cruz interpretando Carlos Alexandre. E há que se registrar o esforço da Fundação José Gugu em captar os recursos para este projeto. É realmente uma aposta que deu e tem dado certo.
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