O Beco da Lama é beco sem vontade de avenida e de alma enlameada pelo perfume da província. Cabe ao curioso filtrar a astúcia e se adaptar à realidade daquela atmosfera. Há um convite inconteste no ar. Quase um chamamento. Claro, há o perigo. E não vem da sisudez de Helmut. Uma vez do beco, os contornos da cidade modificam. Aquela eterna espera por novidades herdada da Segunda Grande Guerra se esvai. O amante do beco se volta às novidades dos arredores. A cena cultural da cidade ascende. O Centro Histórico despe-se do cinza e ganha cores. E a medida em que se é tragado pela alma do beco, uma sinfonia começa a tornar-se audível, vinda lá das funduras do Potengi. É quando o curioso olha para os lados e grita: viva a liberdade! Salve o beco-boemia!
Parabéns ao Nós do Beco!
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