Achei mais interessante dar vitrine aos comentários bacanas a respeito do texto abaixo. Gabi, Ana Paula, o grande Lívio e Renatinha Moura, a esta última, meus agradecimentos. Juro que nem desconfiava que me conhecia antes de entrar no jornal, Renata (rs). Fiquei encabulado. Valeu, mesmo!
Lívio Oliveira: Belíssima crônica, amigo! E...vida longa ao Diário de Natal e ao Diário do Tempo!
Gabi Freire: É um misto de tudo isso, tristeza e alegria, saudade e medo. A mudança para o novo prédio é a transição material da mudança que passamos há quase um ano. Mas isso não signifca que vamos enterrar as ótimas lembranças que reunimos por aqui. O prédio fica na av. Deodoro (por pouco tempo), mas a história já feita vai com a gente (os responsáveis pela nova) não importa aonde estejamos. A situação que você descreveu é como um velório no qual velhos amigos se encontram. Rir ou chorar?
Ana Paula: Também sinto saudades das saudações de Seu Arino e principalmente do caual "O quê?" de Roberto Machado. Mas acho que a modernidade não passa por cima da história. A ela se soma para continaur construindo o que a gente um dia vai ver que também virou hitória. Belo texto. Me emocionou.
Renata Moura: No primeiro período da UFRN virei assídua frequentadora da hemeroteca do setor V. Corria pra lá nos intervalos ou não. Simplesmente ia. Foram lá os meus primeiros contatos com o Diário, com o Poti, depois de uma vida inteira, influenciada por meu pai, só lendo a Tribuna. Foi na hemeroteca que comecei a ler suas crônicas no domingo e me apaixonei por seu texto. No quinto período entrei como estagiária no DN. Sentei numa cadeira cujo dono não estava. Era sua cadeira, mas eu não sabia. Ao sair ara uma de minhas primeiras pautas na rua, vi um rapazinho louro, baixinho, com cara de quem trabalhava no setor de informática. Era vc. Pedindo carona pra ir pra Fiern. Só no caminho descobri seu nome. E me enchi de felicidade por conhecer um ""ídolo''. Sérgio, até hoje essa admiração pelo q escreve existe. Porque dificilmente alguém me faria ter vontade de chorar com um texto, às 3h53 de uma madrugada de insônia braba, depois de um pescoção de sexta-feira. Um pescoção na Tribuna e não mais no Diário. Tenho certeza de que se nesta sexta-feira, 26 de março, se eu estivesse no velho DN da avenida Deodoro, estaria cheia de saudade e de tristeza. Com os jornais sendo jogados, com as lembraças que ficarão pra sempre da maior escola de jornalismo que eu tive. Lembro também do jeito de cumprimentar de Seu Aurino. Tinha vergonha de cumprimentá-lo as vezes. Mas me olhava com um sorriso tão simples e eu não resistia. Soltava um oi quase inaudivel e ficávamos quites. Seu Aurino, Zanzo, seu Machado, Marlucinha, vc..Não dá pra contar quantas figuras marcantes encontrei pelos corredores nos meus quatro anos de vida dedicados com todo o amor possível para um jornalista ao DN. Estranho né? vcs começam a trabalhar pra valer na nova sede em março. Mesmo mês em q houve reviravolta dificilmente sonhada por algum de nós. Vcs vão começar a trabalhar a dois passos da minha casa. E eu, da janela, olhando. Não com saudade. Porque minhas lembranças ficarão na avenida Deodoro. Mas cheia de curiosidade em relação à estrutura nova e ao futuro.
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