Mais um comentário enriquecedor do leitor Jarbas Martins e uma crítica construtiva ao simpático Samarone, que cá esteve na terrinha de tantos lançamentos literários pomposos na Siciliano e desacostumados às "solenidades" informais em bares. Lamentavelmente muito pouca gente esteve ontem no Prozac Bar para o lançamento do livro de Samarone, Viagem ao Crepúsculo.
Segue o comentário de Jarbas:
Tudo bem, Sérgio. Samarone Lima
é um grande escritor. Conheço seu livro "Zé" sobre José Carlos da Mata Machado, biografia sincera, apesar de deslizes irrelevantes, sobre um jovem que foi torturado até à morte nos porões da Ditadura Militar. Sua agonia foi assistida pelo meu amigo Rubens Lemos, vítima também de torturas. Conheci Samarone quando aqui esteve
para lançar seu livro, discretamente, sem nenhum estardalhaço propagandístico. Conheci também José Carlos da Mata Machado, em l968, quando era um dos vice-diretores da UNE e Travassos era o preidente. Ele esteve aqui conversando com líderes estudantis e jornalistas. Um dos deslizes do livro foi justamente a não referência à sua passagem por Natal.Um dos jornalistas com quem ele conversou, nesse ano de l968, era o que o assitiu em sua agonia: Rubens Lemos. Outro jornalista felizmente está vivo: Arlindo Melo Freire. Temos muito o que conversar sobre esse período que Samarone não viveu.
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