Em janeiro de 2008, o escritor cearense radicado em Pernambuco Samarone Lima voltava ao Brasil depois de uma viagem a Cuba que resultou no livro “Viagem ao Crepúsculo” (editora Casa das Musas – 231 páginas). Naquele mesmo janeiro, o presidente Lula visitou a ilha e Samarone acompanhou a mobilização de estudantes de Medicina brasileiros para tentar uma audiência em busca da revalidação do diploma. Os estudantes não conseguiram ver Lula, encontraram apenas com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão (mais detalhes em www.estuario.com.br). Nesta terça (24), o mundo inteiro repercutiu a morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, no mesmo dia em que Luiz Inácio Lula da Silva voltava à ilha para sua quarta visita oficial. Muitos brasileiros se decepcionaram com as declarações do nosso presidente. A verdade é que com essa tragédia em Cuba, a visita de Lula e a morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, os absurdos acontecidos na ilha ganham outra conotação e quem sabe será a chance de finalmente mudar essa história. O escritor e jornalista Samarone Lima, que foi muito criticado por radicais de esquerda por mostrar a realidade do povo cubano com sua fome e miséria como se estivesse “fechando os olhos” para os “enormes avanços” do regime cubano, é uma das pessoas envolvidas nessa luta pela liberdade que invade agora as páginas dos jornais e telas de televisão em muitas línguas.
No próximo dia 04 de março está marcado o lançamento de “Viagem ao Crepúsculo” em Natal, no Rio Grande do Norte, no bar Vapor Barato. O livro já foi lançado oficialmente no Recife no dia 05 de agosto de 2009 e depois teve lançamentos em Brasília e Salvador.
A obra de Samarone divide opiniões e há até reações mais agressivas de radicais de esquerda, como aconteceu num debate promovido na Livraria Jaqueira, no início deste ano, quando dois estudantes se manifestaram com gritos exaltados e adjetivos como “idiota”. Conhecido por livros anteriores como “Zé” e “Clamor”, que denunciam as atrocidades da Ditadura Militar na América do Sul, Samarone Lima se diz um defensor da liberdade.
Encaminho abaixo um release sobre a obra, lançada nacionalmente em Pernambuco (estado onde vive há muito tempo o escritor cearense Samarone Lima) no dia 05 de agosto de 2009. Dos mil livros impressos inicialmente, 900 foram vendidos no Recife e os outros foram vendidos através do site da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br) e também pelo site da editora Casa das Musas (www.casadasmusas.org.br), uma pequena editora de Brasília, que publicou o livro depois de algumas negativas recebidas pelo autor das grandes editoras para as quais tinha enviado seus manuscritos. Agora “Viagem ao Crepúsculo” está na sua primeira reimpressão e já teve mais 300 livros vendidos neste novo lote.
Tão lindos textos e imagens que dão alegria e prazer de passar por aqui. Amo tudo que vejo e leio! Parabéns com admiração!
ResponderExcluirTudo bem, Sérgio. Samarone Lima
ResponderExcluiré um grande escritor. Conheço seu livro "Zé" sobre José Carlos da Mata Machado, biografia sincera, apesar de deslizes irrelevantes, sobre um jovem que foi torturado até à morte nos porões da Ditadura Militar.Sua agonia foi assistida pelo meu amigo Rubens Lemos, vítima também de torturas. Conheci Samarone quando aqui esteve
para lançar seu livro, discretamente, sem nenhuma estardalhaço propagandístico.Conheci também José Carlos da Mata Machado, em l968, quando era um dos vice-diretores da UNE e Travassos era o
preidente.Ele esteve aqui conversando com líderes estudantis e jornalistas. Um dos deslizes do livro foi justamente a não referência à sua passagem por Natal.Um dos jornalistas com quem ele conversou, nesse ano de l968, era o que o assitiu em sua agonia: Rubens Lemos. Outro jornalista felizmente está vivo: Arlindo Melo Freire.Temos muito o que conversar sobre esse período que Samarone não viveu.