terça-feira, 20 de abril de 2010
Eu sou macho, baby!
A notícia é bombástica e pode revolucionar o ramo das cirurgias plásticas pelo mundo. Depois dos silicones, lipoaspirações e botox, a tendência do mercado será a cirurgia de cordas vocais. Isso porque foi descoberto recentemente que homens com tom firme de voz tiveram um número maior de parcerias sexuais que os com voz mais alterada.
Segundo matéria da revista Super Interessante, o estudo foi realizado pelas universidades da Califórnia e da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Nada se sabe ainda da motivação para tal descoberta científica. Nenhum surto de timbres vocais semelhantes a patos, marrecos e araras foi registrado. E a pirâmide etária da cidade mostra número equilibrado de adolescentes punheteiros em formação.
Os pesquisadores avaliaram as vozes de homens em situações diversas, incluindo um jogo de simulação de namoro. O resultado da alteração da voz foi comparado com o número de parceiros sexuais que eles tiveram no ano passado e os homens com voz mais monótoma lideram a corrida sexual. O estudo talvez explique o porquê de Cid Moreira namorar uma moça 20 anos mais jovem.
A frequência constante de uma voz indica que o homem está no controooole, Mister M, enquanto a ansiedade provoca um aumento na freqüência vocal e agressão faz com que ele se aprofunde. O estudo aponta que vozes com menor variação estão associadas a força, poder e confiança. George Clooney e Clint Eastwood são exemplos de homens de voz monótona e consideradas sexy.
E atenção homens: se sua voz não for monótona ainda há alternativas: o estudo apontou que aqueles com linguajar "macho" e que dizem "eu sou maior e mais forte do que a maioria dos homens" também foram classificados como mais atraentes. Na teoria, se Wood Allen se autoafirmar gostosão, viril e sedutor, terá bem mais chances de comer a Sharon Stone. E se tomar boas doses de testosterona, traça até a Angelina Jollie na cara de Brad Pitt.
A pesquisa conclui, portanto, que é dos barítonos, e não dos carecas, que as elas gostam mais. O estudo das produtivas faculdades americanas também abre novo parêntese de análise do porquê de Michael Jackson preferir criancinhas e Paulo César Peréio, feio daquele jeito, comer metade das atrizes brasileiras nas décadas da pornochanchada. Mas há argumentos contrários. Bob Marley, com aquela voz de quem engoliu um cigarro de maconha, era pegador-mor e teve nove filhos.
Os exemplos para diagnosticar verdades e mentiras são inúmeros. O que o estudo sugere é que vale, então, manter as aparências e reforçar o machismo. Quem fala feito o Pato Donald ensaie uma cantada com a voz do Elvis e em seguida explique: "Obama disse que Lula era O Cara porque ele fala grosso, mas melhor ser dotado de outras grossuras, não é baby?".
Se você já foi homenageado pelo Deus da voz do além, reforce a dádiva; nunca é demais. Não fosse um acréscimo forçado, o Pit Bicha nunca teria feito sucesso. Afinal, a vida é feito de aparências, diria o clichê da loja de estética. E se falta autenticidade à voz e à personalidade, roube os versos de Gabriel O Pensador, saia do armário e seja feliz à sua maneira:
Sai de baixo, que eu sou muito macho
Eu sou muito macho, pelo menos eu acho
Macho não vacila, macho arrasa
Macho não leva desaforo pra casa
Macho é isso, não brinca em serviço
Macho é robusto, macho é roliço
Macho é parrudo, macho é pescoçudo
Macho é poderoso, macho é tudo!
Macho é o que há! E eu gosto muito rapaz!
Macho é lindo, macho é demais!
Com o conhecimento de causa que tenho, já vi muito machão virar homem-tapioca: "Esquentou, virou!"
ResponderExcluirQue interessante essa matéria. Cada coisa que aparece.
ResponderExcluirabraços!
Voz é importante, mas machismo... Ora, cada um tem sua preferência... Isso é muito particular.
ResponderExcluirBeijos,
Ry.