Por Samir Bilro
em comentário neste blog sobre o Prêmio Núbia Lafayette
Caramba, Sérgio Vilar, muito obrigado! Esse trabalho realmente foi feito com muita simplicidade. Gravado em uma semana. Só trabalhei com meus amigos, nas composições e nos arranjos, (pra você ter uma idéia, não consegui sequer um baterista. Daniel Lut que fez a instrumentação, gravou a batera no sacrifício pois ele não toca o instrumento). E a música que você escolheu como destaque (um sonho de criança) é a minha preferida do cd! Um texto que minha irmã escreveu para mim, que eu musiquei. Fiquei muito feliz com seus comentários e o fato de eu ser completamente desconhecido me deixa ainda mais lisonjeado. Tenho 30 anos, aos 20 comecei a tocar com Esso Alencar numa parceria que durou 10 anos e pintou essa oportunidade de gravar. Fiquei na 1ª suplência e entrei por causa de um problema de CPF de um dos contemplados. Quer dizer, entrei praticamente pela porta dos fundos! Respondendo sua pergunta, ainda não estou tocando em lugar nenhum por enquanto. Me foi prometido um show no 6 e meia para novembro pela direção da FJA, mas cancelaram o projeto em outubro alegando falta de grana. Mas tem nada não, vou batalhar meu espaço. valeu mesmo, cara! Desculpa aí o tamanho do comentário. Um abraço!
Do blogueiro: Eis o que escrevi a respeito de Samir:
Samir Bilro
Foi o caso de O Som das Palavras, de Samir Bilro – meu destaque entre os 14 trabalhos. Dez faixas autorais (algumas em parceria) e composições de arranjos e letras simples. E no simples mora o complexo. Não é para qualquer um. Não é simplório. Samir produz MPB sem frescura.
Lembrei de meu professor César Ferrário (ator do Clowns de Shakespeare). Na faculdade ele pediu resenha do filme Clube da Luta. E ressaltou: “Máximo de uma página de texto. Se fizer mais, faça para tirar 10”. Atrevido, eu fiz. Quis ser “o foda” e me lasquei. Ou seja: se não sabe fazer, faça o simples, que já é difícil.
O problema visto em outros trabalhos do Prêmio, em outros álbuns ou em festivais como o MPBEco é o desejo de reinventar a roda. Músicas longas, sem melodia. É a tentativa de Chico Buarque. Mas ele, sim, reinventou a roda; a roda viva. É difícil achar um simples bem feito e mais ainda um complexo genial nas músicas daqui.
Samir conseguiu. Voz grave – por vezes lembra Zeca Baleiro – e afinadíssima. Tem algo lírico, na pitada certa à MPB mais pop. Os arranjos violados de Daniel Lut deixam a música limpa, agradável. Um sonho de criança (Samir Bilro / Tatiana Bilro) é linda. São muitas. Esse cara canta por onde, aliás?
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