Participei ontem de uma conversa a respeito de Jornalismo Cultural na Siciliano do Midway, dentro da programação do 3º Encontro Potiguar de Escritores. Uns seis gatos pingados ouviram eu e o presidente da União Brasileira de Escritores, Eduardo Gosson, comentarmos alguma coisa sobre o tema.
A falta dos outros dois debatedores deixou Eduardo embaraçado e eu mais ainda. Tímido, pouco afeito ao microfone, precisei dividir atenção com o então mediador que virou debatedor. Na verdade, uma conversa informal entre colegas, com interação bacana dos herois da plateia e um momento histórico com Anchieta Fernandes ao microfone.
Achei o formato do evento interessante. Lamento apenas o desprestígio. Feito com recursos próprios da UBE/RN, sem atrações musicais ou convidados pop - fórmula quase padrão para atração de público - o EPE se destina ao bom debate, à boa discussão literária, sem interferência do poder público.
Infelimente não pude comparecer no primeiro dia e hoje está impossível pelo acúmulo de matérias e atividades sindicais. Mas por ontem percebi o esmero e o idealismo de Eduardo na feitura do evento. Coisa simples, com a estrutura cedida do pequeno auditório da Siciliano. Uma estrutura inversamente proporcional à qualidade das temáticas.
Tomara que o evento tenha continuidade e Eduardo - figura simpatissíssima - não esmoreça pelas faltas de público e dos convidados. Sobretudo em tempos difíceis à literatura potiguar, eventos como este, o EELP e a Flipa (estes outros dependentes de governos) precisam manter a aura literária acesa.
Caro Antônio Lisboa, agradeço o elogio pelo debate e permita a subtração de seu comentário em razão de críticas pessoais a outrem. Grande abraço e obrigado pela colaboração, pela visita.
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