Por Yasmine Lemos e Ivan Junior
enviado por e-mail por Zé Dias
Embarcamos. Ficamos em lugares perto das janelas da imaginação.
A maquinista, uma nordestina de voz forte e personalidade a todo vapor.
Vestido de menina, colorido, rodado, que rodava com suas canções.
Cantava amores, dores de amores, alegria do sangue de rapadura, um mel que corre nas suas veias.
Com seu jeito, ela nos ensinava e cobrava de que lado estava nosso preconceito, lembrando que o trem não pode dividir a cidade.
Imaginei as paisagens e eram elas que ditavam na voz forte que vinha lá da frente, que nossa cidade tem estações em preto e branco, outras mais desbotadas e coloridas que nem o tempo acabará, ficarão nas canções. Outros sons da percussão ajudavam a colorir a velocidade e pela janela víamos tudo que ela cantava.
O trem é da estação, o trem é massa, e a bala é Khrystal.
Outras viagens virão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário