por Rudson Pinheiro
no Substantivo Plural
Por algumas vezes vi Luciano andando pelas ruelas e pelos becos e bares da Cidade Alta. Preferia não me apresentar, não procurá-lo. Vai ver que era o medo de desconstruir o mito edificado em minha alma socialista. Acho que eu não me sentia no direito de “entrar” na história, mas apenas lê-la, estudá-la. Ouvi falar pela primeira vez dele em 1992. Eu tinha apenas 17 anos, era recém chegado de Açu e calouro do curso de Mecânica da ETFRN. Seu nome estava nas rodas da meninada de luta do Grêmio Estudantil Djalma Maranhão.
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Do blogueiro: Também visitei Luciano nesta mesma casa alecrinense. Foi um dia memorável às minhas andanças jornalísticas. Por vezes o vi emocionado, com olhar ausente como se estivesse em transe de recordações. Era início da semana, dia comum. Mas ele abriu uma garrafa de uísque enquanto era entrevistado. Aqui e acolá se levantava do sofá e reabastecia o copo. A matéria era sobre os 40 anos pós 1968. Ficou bacana. Mas a imagem daquele ex-revolucionário aparentemente amargurado pelas recordações do passado nunca saíram da minha lembrança.
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