Assisti segunda-feira o documentário Juízo, na sessão Cinecult do Cinemark. Aquela de horário ingrato, às 15h. Foi meu programa de fim de férias. A cineasta Maria Augusta Ramos registrou o processo entre a prisão de adolescentes infratores até o julgamento. Os personagens são intérpretes (não-atores) que viveram situações semelhantes aos dos acusados. Isso porque a legislação brasileira proíbe a exibição de crianças e adolescentes em tais situações. As histórias, essas são reais.
A princípio pensei em algo no estilo Cidade dos Homens. Não é. Traz um aspecto diferente e, de certo modo, interessante. Nada que muitos não saibam. Nada de muito novo. Achei meio amador; um filme fácil de produzir. Uma câmara posta para gravar os depoimentos, sem cortes. Algumas imagens no Centro de Internação e mais nada. Um filme sem emoção. Sem diálogos ou imagens criativos. Um filme aparentemente sem pesquisa aprofundada – nada perto de Ônibus 174, por exemplo – e que retrata, no todo, o despreparo da truncada justiça brasileira no trato do assunto.
O filme da cineasta que já produziu coisa parecida com o filme Justiça, fica em cartaz até a quinta-feira ao preço de R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).
[image: Porque algumas palavras são escritas com se outras com Z?]
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