Estréia hoje no eixo Sampa-Rio o documentário Personal Che, do diretor brasileiro Douglas Duarte e a colombiana Adriana Mariño. Pelas resenhas que li, o filme tem várias intenções, menos a de desmistificar a figura mais emblemática do século 20, com a famosa foto tirada pelo amigo Alberto Korda, na década de 60.
Che Guevara é estampa de camisa de qualquer adolescente revoltado até os mais ortodoxos comunistas velhinhos. Diria até que a imagem transcende sua ideologia. Na verdade, a idéia que as pessoas fazem do guerrilheiro vem se mostrando tão maleável que seu culto se adapta a qualquer grupo, desde políticos chineses a neonazistas alemães.
Na Bolívia, na região onde foi executado por militares em 1967, ele é considerado por muitos como um santo, São Che. Pessoas oram por ele pedindo graças e acendem velas para agradecer supostos milagres. Em Cuba, um taxista veste seus filhos com a farda igual à do Che e se emociona ao ver, pela primeira vez a imagem do guerrilheiro morto numa revista.
O documentário Personal Che, investiga pelo mundo a fora as diversas representações e leituras que são feitas sobre o guerrilheiro. Che mostra-se capaz de gerar amor e ódio nas mesmas proporções, resultando em debates calorosos em plena rua, por parte de exilados cubanos contra um salvadorenho que coleciona souvenirs relacionados a Guevara.
A grande qualidade do documentário é levantar um debate e não se preocupar em desvendar Che Guevara - que já foi objeto de várias obras, como Diários de Motocicleta, do brasileiro Walter Salles, e de uma longa cinebiografia, Che, dirigida por Steven Soderbergh, que rendeu a Benicio Del Toro o prêmio de melhor ator no mais recente Festival de Cannes.
(com informações da Agência Reuters)
[image: Porque algumas palavras são escritas com se outras com Z?]
Você já se perguntou por que algumas palavras em português são escritas com
"s" e outr...
Há 2 horas
Adorei a novidade, o filme vai casar direitinho com a minha fase COMBATIVA...hehe
ResponderExcluirAgradecendo os comentários e o conselho, vou começar a ler 1985 ainda hoje.