Woody Allen nasceu para ser quase brilhante. É a sensação que tenho ao assistir seus filmes. Ontem foi a vez de seu último trabalho,
O Sonho de Cassandra (2008). E foi assim também com
Match Point (2005), que foi exibido recentemente na TV. Ou mesmo em outros mais antigos, em maioria comédias. Os dois são excelentes tramas de crimes, inspiradas em clássicos literários.
Match Point, pelo menos, é claramente uma alusão a
Crime e Castigo, de Dostoiévski. Em
O Sonho de Cassandra aparecem elementos perfeitamente relacionados à tragédia grega com ideais shakespearianos. Embora bem inspirados, roteiros extremamente bem amarrados, diálogos inteligentes, fotografia bacana, enfim, elementos construtivos de um bom filme, não chega a ser aquele filme para mudar sua forma de pensar; um filme brilhante. Lembro quando John Lennon comentou da música
My Sweet Lord, de George Harrison e disse que poderia ser uma excelente música se fosse melhor trabalhada. É o que penso dos filmes de Allen.
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