quarta-feira, 2 de março de 2011

Esclarecimentos, julgamentos e lamentos

Quero esclarecer alguns pontos. O primeiro deles: este blog NÃO faz jornalismo. Por quê? Ora, falta grana, estrutura para colher a melhor informação. Faço o que posso. Depois de alguns anos de jornalismo e credibilidade conquistada, há quem me confidencie informações. Também tenho minha bagagem cultural e emito opiniões embasadas em algum fundamento. E só.

Essa página é um blog pessoal e não portal com repórteres contratados, carros, fotógrafos e celulares à disposição. Publico matérias minhas publicadas no Diário de Natal ou de outros que julgo oportunas ao leitor. O resto é opinião, especulação. E claro, com ironias, por vezes sarcasmos. São as cerejas do bolo, a mosca na sopa de alguém, a pimenta no dos outros, mas sem atingir o pessoal. Nunca.

Semana passada me acusaram de liberar "comentário sujo" e assim denegrir a imagem de um evento em benefício a outro. Isso depois de eu elogiar ambos os eventos. Hoje, o presidente da Funcarte ficou chateado com algumas colocações publicadas aqui. "Você já me exonerou, depois nomeou, exonerou de novo". Disse mais: que sofro influência da "imprensa marrom", e por aí vai.

Minhas opiniões são independentes. E os comentários, mais ainda. Se comentam que Simona Talma é desafinada; que Quitéria Kelly é péssima atriz ou que o presidente da Funcarte deveria sair por incompetência, posso discordar, mas libero o comentário. Acho que deu pra entender, né? Agora, há situações mais subjetivas em que é difícil o papel de editor. E aí, o perigo da desavença.

Falar que Rodrigues Neto é incompetente, é uma coisa. E chamar a prefeita de Lagarta? Interpreto como ironia e libero. E malhar Eugênio Bezerra de Pitbull da prefeita? É adjetivo qualificativo, nada muito pessoal: e é da prefeita! Liberei. Agora, há situações mais complicadas. O próprio Tácito Costa, mais experiente, disse ter se arrependido da liberação de um comentário recente.

De objetivo e certo, a minha intenção de colaborar com a informação e cultura da cidade. Provocar polêmicas saudáveis que gerem resultados construtivos. Se publico carta-denúncia de alguém é porque aqui há espaço para contestação contra o poder público. Foi contra o presidente da Funcarte. Fosse contra a pessoa Rodrigues Neto, seria censurada. E quem se sentir ofendido, o espaço também está aberto à opinão contrária.

Concluo com meu agradecimento à atenção sempre gentil de Rodrigues Neto com este humilde repórter e blogueiro. E a consideração vale independente da permanência ou exoneração de Rodrigues do cargo. A mesma gentileza recebi de César Revorêdo, apesar da dívida deixada comigo após sua exoneração, com o fim (houve começo?) da Revista Ginga - prejuízo que até hoje não me entra.

Nunca Rodrigues Neto me dirigiu qualquer grosseria. Ao contrário, sempre me deu até atenção privilegiada, com certa camaradagem. Não posso é confundir as coisas. Esse blog mantém a independência e transparência acima de tudo. Julgar competências é difícil. E procuro ponderar a respeito justamente por isso. Mas não me calo.

Penso - leiam bem: eu penso, ou seja, é opinião! - que a Funcarte é mais vítima do total despretígio da prefeita com a cultura; da máquina burocrática que emperra processos; do acúmulo de carências de pessoal e estrutura nos últimos anos, do que da incompetência de seus funcionários. Até afirmo com certa convicção do esforço do presidente em fazer a Funcarte funcionar. Mas é difícil julgar. De cá pra lá ou de lá pra cá.

2 comentários:

  1. Sérgio, deu para entender sim. O resto é mimimi de quem não gosta dos comentários. Você é um cara que passa credibilidade como poucos.

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  2. Grande Sérgio!

    Pois amigo, relaxe. Teu blog é bom por ter características como liberdade sempre e ausência de frescurisses...

    Abraço e até logo mais nos "Manicacas".

    Armando Miranda

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