Assisti ontem à noite uma entrevista feita por três jornalistas de órgãos de imprensa distintos com o presidente Lula. Foi transmitida pela TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação. Como sabemos, uma mídia estatal. Esperava perguntas encomendadas ou demasiadas parciais. Mas não. Os jornalistas, comandados por Luiz Carlos Azedo, em muitas ocasiões empurraram o presidente contra a parede.
Lembro bem que a discussão para implementação da TV Brasil no Congresso e na opinião pública rendeu polêmica e opiniões incisivas contra o que parecia uma mídia a favor do governo. Chegaram a comparar o ato como medida ditatorial. A comparação chegou até aos radicalismos do presidente venezuelano Hugo Chávez. Não foi o que vi ontem. E nada mais emblemático do que uma entrevista com o presidente para medir a parcialidade.
Procurei agora algo sobre a TV Brasil na Internet e me surpreendi com a programação. Sobretudo de cinema. Domingo agora vai passar O Caçador de Fantasmas (1975), de Flávio Migliasso. Vale salientar que apenas o cinema nacional tem vez na emissora. A programação abrange ainda esporte e jornalismo de boa qualidade. Pelo menos pude constatar premiações nacionais já de algumas reportagens produzidas pela TV.
E na entrevista com Lula, vale salientar, o presidente comentou de sua posição em se abster da campanha eleitoral municipal. Citou que irá comparecer apenas em pouquíssimas cidades brasileiras. Citou algumas do ABC paulista, de onde emergiu como sindicalista e mantém amizades; e São Paulo, porque segundo ele há candidatos de oposição direta do Governo Federal. Será que essa explicação vale para Natal?
Ontem mesmo o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, respondeu em coletiva à imprensa natalense que “este cidadão (o senador José Agripino Maia) não era tão importante para merecer a vinda do presidente apenas para derrotá-lo”. Eu concordo com o petista. Talvez o Presidente da República é que discorde.
E falando em Lula, atualizo este espaço esquecido apenas amanhã à noite. De madrugada viajo a Mossoró cobrir a visita do nosso presidente. Apenas agenda administrativa. É o que dizem. Alguém acredita? Até!
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