Palavras do diretor geral da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, em sua coluna diária hospedada no periódico mossoroense Jornal de Fato: “Todo santo dia me perguntam se é verdade que a candidata Micarla de Souza tem um compromisso firmado com o deputado Luiz Almir de entregar-lhe a Capitania das Artes, caso seja eleita. Respondo que não sei, porque não falei com ela sobre o assunto. Só acho que a Capitania está caminhando muito bem na gestão Carlos Eduardo e tenho certeza de que Fátima Bezerra não rifou o secretariado na Bolsa Mercantil de Futuros, muito menos na ‘Bolsa Mercantil sem Futuro’. Agora, só acho uma coisa. Caso Micarla tenha assumido o compromisso, é justo porque Luiz Almir é seu defensor, é artista e está no nível do que seu grupo de apoio quer para Natal”.
Os dizeres irônicos são pura especulação, como o próprio diretor reconhece. Mas levantam uma questão relevante a despeito de quem virá para o lugar do atual e elogiado gestor da Funcarte, Dácio Galvão. Sabe-se que dificilmente ele permanecerá, mesmo com uma vitória de Fátima Bezerra. Uma das exigências de Dácio é manter sua equipe completa. E, como sabemos, seja quem for o próximo prefeito, alguns indicados serão encaixados em cargos comissionados. A prática infeliz do loteamento de cargos é de praxe para qualquer gestor. Rumores, também especulativos, indicam o vice da FJA, o petista Fábio Lima como possível nome para a Funcarte caso seja Fátima a vitoriosa nesta eleição. Gente melhor informada e dentro do grupo da candidata afirma que “é o que ele quer, mas não será fácil assim”. Pro lado de Micarla surge também o nome do ex-coleguinha de TV Ponta Negra, Edson Soares.
Seja quem for o nome, a perda de Dácio Galvão será uma baixa significativa para a cultura da cidade. E o próximo prefeito não pode brincar com a cultura natalense e substituí-lo com qualquer nome como forma de compensar favores. É preciso dar continuidade a projetos importantíssimos e consolidados no calendário cultural da cidade. Aliás, outra mania asquerosa de gestores que ocupam cargos é desmerecer obras de outra autoria. Bate um medo só de pensar na extinção do Encontro Natalense de Escritores ou mesmo de toda a programação do Natal em Natal. Melhor imaginar as melhorias que o programa merece. Prefiro nem imaginar novos projetos culturais interligados tão somente ao turismo. Pode ser impressão ou pessimismo, mas acredito que vamos viver de nostalgia nos próximos quatro anos.
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Não sou tão pessimista quando penso em Fátima como prefeita. Acho que ela não mexeria na Funcarte...
ResponderExcluirPor outro lado, estamos mesmo fritos!