Nos posts abaixo o leitor poderá ler um texto intitulado Cultura Oportunista. A despeito deste texto, o diretor geral da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, publicou em sua coluna no Jornal de Fato (de Mossoró) uma série de ataques à minha pessoa. Confesso: a denúncia publicada no texto devia, sim, ser checada antes da publicação. Ainda assim, não considero justificativa para tal resposta estúpida. Primeiro porque a joguei pela seriedade da fonte. Segundo pela confirmação da diretora da Casa Talento de que o patrocínio havia sido cancelado depois de oito anos consecutivos de incentivo. Também por deixar aberto o espaço para o nobre cordelista dar sua versão e empatar o jogo.
É prática comum no jornalismo ceder espaço para os dois ou mais lados, nem sempre com denúncia e resposta lado a lado. Isso muito se deve ao cotidiano selvagem da profissão que ceifa o tempo para melhor apuração. Desta maneira, acredito no único equívoco de citar um “setor de tributação da FJA”, quando na verdade foi explicado que a informação partiu da Secretaria Estadual de Tributação. Por estas, fui chamado, no texto do incompetente diretor, de picareta, cretino, vilão, irresponsável, porco, leviano e mentiroso. Isso sem conhecer minha pessoa ou minha trajetória como profissional. Ou seja: também faltou apuração a este que se diz jornalista. Mais: agrediu toda uma família quando generalizou estes adjetivos aos Vilar, já no título. Que ficasse restrito à minha pessoa e não a nomes tão dignos e queridos da nossa sociedade.
Mesmo antes da agressão procurei checar as informações junto à SET e à própria FJA. Encontrei uma burocracia enorme – marca incontestável de atual gestor, que demorou um ano e meio para retomar a revista Preá, publicada em péssima gráfica e que novamente caiu no limbo. Gostaria de esclarecer, antes de continuar minha resposta ao gestor que vendeu o Museu da Rampa e um pedaço da nossa história à Marinha, que a informação não partiu de Márcia Pires e a fonte “mentirosa” é uma pessoa seríssima, com mais de 30 anos de jornalismo e cujo equívoco não merece tais agressões, ou o gestor que quase extingue o Projeto Seis e Meia jogue a primeira pedra se nunca cometeu algum. De preferência jogue várias na Cidade da Criança e transforme numa reforma urgente.
Márcia Pires ligou para redação pedindo gentil e tão somente – depois de elogiar o texto – esta assertiva. Disse que não tiraria uma vírgula do texto. O leitor deve imaginar o receio da diretora em ter seu nome envolvido em denúncias contra a instituição que ajudou a manter seu projeto. Não fosse assim, duvido que o tampão da censura indireta lhe fosse imposto. Um fato é indiscutível: O incentivo foi brecado em 2007 e este ano Márcia Pires precisou de audiência com a governadora para conseguir, em junho, o tal patrocínio, ainda a espera do setor privado (os R$ 500 mil são pagos pelo setor privado!). Nunca ela precisou passar por isso.
Quando escrevi “independente da veracidade da informação”, indiretamente abri espaço para resposta do gestor que ainda não apresentou nenhuma grande obra para o estado e é visto por boa parte dos funcionários da FJA – do qual guardo o maior apreço desde quando lá trabalhei – como o pior diretor que por lá passou. É notório que sua gestão é das mais criticadas do atual governo. Publicaria a resposta na íntegra sem emitir nota pessoal. Faço-a agora diante da agressão exagerada, estúpida. Espero que o gestor já tenha “arrumado a casa” – desculpa que perdurou por mais de um ano para justificar a inércia de uma instituição que nada apresentou de relevante ao estado – e vá trabalhar. Arrumar casa é pra faxineira, ou melhor seria chamá-lo de CrisPinicando Neto.
Tenho certeza de que o equívoco da falta da melhor apuração da denúncia não manchará minha trajetória profissional honesta e de reconhecimentos valiosos do meio jornalístico e cultural. A estupidez da resposta do gestor, esta sim, evidencia o caráter da pessoa e o despreparo emocional do gestor. Que o diga a classe artística!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
UAAAAL!
ResponderExcluirUma coisa é certa: Crispiniano precisava urgentemente de um 'ataque' na mesma moeda, já que ele parece ser incapaz de entender críticas nas entrelinhas de textos bem educados. Parabéns pela coragem em publicar a 'suposta' denúncia, Vilar! Só um jornalista isento de 'rabo preso' pode ter essa coragem. Enfim, alguém conseguiu despertar o verdadeiro caráter de uma pessoa que não tem a menor capacidade de administrar a FJA e fazer cumprir as centenas de promessas e bons discursos que vem disseminando por onde passa.
Crispiniano perdeu uma ótima oportunidade de pedir um direito de resposta e se explicar (uma vez que ele mesmo admite que os recursos estão concentrando-se em Mossoró). Seu texto extremamente baixo e vulgarizado não é, em nenhum momento, o que se espera de um gestor público, ainda mais cultural. Enfim, admiro a coragem de Sérgio em admitir um pequeno erro e conseguir responder com um bom texto, críticas tão absurdas e baixas quanto as feitas por Crispiniano.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir