Não por bairrismo, como pede o poeta Adriana de Souza. Mas preciso comentar do novo trabalho do compositor e intérprete Romildo Soares, apresentado neste último sábado no Bardallos. Um Estranho no Paraíso é o título do novo CD. Vem mais maduro. As letras denotam alguma melancolia, talvez escondida entre frases e exclamações sem fé, mas no estilo “dane-se o mundo”. Claro, não deixa de ser uma modalidade de fé procurar transformar cada dia em um dia mais feliz, mesmo cercado de incredulidades. E este é Romildo Soares: um estranho, para quem não o conhece, neste paraíso profano de mares, dunas e rios. Natal é seu paraíso e é isso que ele canta.
Sempre admirei as composições de Romildo, desde há alguns anos quando ele me presenteou com um de seus CDS, no Bar de Nazaré, no Beco da Lama. Era um álbum recheado de outros intérpretes potiguares cantando sua música. Algumas canções do novo CD já são conhecidas de outros mares, como Alma Lavada e Desafio. Mas todas estão entrelaçadas em um conjunto harmonioso e quase temático do CD. E no todo, o conteúdo é um pouco do compositor na teia de sua cidade. Não é à toa, a música de Romildo está espalhada na boca dos melhores cantores desta terra de Poti. É que Romildo é um bicho estranho que sabe entender a atmosfera de uma capital que não lhe entende.
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Adoro quem cumpre o que diz. Proeti um textinho sobre o tema no meu humilde blog, mas a falta de tempo e os problemas não me deixaram. Enfim, gostei do comentário. O show foi muito bom e Romildo continua se superando.
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