Amiguinhos, acontece hoje o musical descrito abaixo, nesse texto que, imagino, deva ter sido publicado na edição de hoje do Diário de Natal. Tenho seis senhas aqui em casa disponíveis a quem se interessar. Moro no Tirol, Rua Apodi, caminho para o TAM. Quem quiser, basta vir pegar (9929-6595). Não avisei antes porque pretendia ir. Mas estou com um balaio de filmes aqui e pretendo ver pelo menos metade hoje.
Um musical sobre o período do cangaço chega a Natal para única apresentação no Teatro Alberto Maranhão neste domingo. O espetáculo Coiteiros é uma adaptação para teatro do romance escrito em 1935 pelo paraibano José Américo de Almeida. Trata-se de um musical ambientado nos longínquos do sertão nordestino, onde um romance juvenil acontece em meio à luta de cangaceiros e senhores exploradores donos da terra, revelando o caos social. A peça fará única apresentação às 20h, com ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia).
O texto é escrito por Altimar Pimentel, Elpídeo Navarro e Pedro Santos. A direção é de Max Almeida. Com bela trilha sonora ao vivo, é impossível não dar destaque para a direção musical de Demétrio Rangel, também presente na cena como uma espécie de narrador que canta a história. A realização é da Cia. Spectrus de Artes Cênicas, do Recife, com produção local de Ronaldo Negromonte. O autor José Américo, que também escreveu A Bagaceira e Boqueirão, soube como poucos interpretar os grandes temas do Nordeste.
Nesse drama que traz a vingança como tônica principal, Roberto, um ex-seminarista, quer vingar a morte do pai, assassinado brutalmente por Sexta-Feira, um antigo proprietário de terras que se sentia extorquido e após o crime, é obrigado a entrar para o cangaço. Dorita, noiva de Roberto, é moça do sertão, mas vive um verdadeiro fogo cruzado: seu pai Vilarim, já rendido às diversas ameaças e preso ao medo de perder a filha, acoita diversas vezes em casa esse mesmo cangaceiro. O encontro dos dois inimigos é quase inevitável.
O eixo central da encenação é o elemento musical. É através do músico/narrador que se desencadeia o processo onde os atores compõem um coro que interferem nas cenas, seja como objeto de cena ou elemento da realidade social, formando verdadeiros quadros impressionistas, embora a música sempre nos alerte para uma possibilidade de transformação. A busca da inquietação produtiva.
Coiteiros – musical
Data e hora: Domingo, às 20h
Onde: Teatro Alberto Maranhão, Ribeira
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Contato: (81) 9952 7100
* Foto de Jorge Clésios
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