O que li semana passada foi um verdadeiro linxamento midiático contra a intérprete Marina Elali. Blogs, jornais e noticiários teceram críticas veementes da gravação do CD ao vivo da cantora, no evento promovido pela prefeitura no Machadão. Se a música da moça é de “gosto duvidoso” – termo usado por quase todos os jornalistas – é porque há dúvidas se a qualidade é boa ou não.
De antemão afirmo que não aprecio o estilo musical de Marina Elali. Basta dizer que detesto Mariah Carey e Celina Dion. Também discordo que valha a comparação entre ela e Roberta Sá – também usada pela maioria dos colegas de imprensa. São estilos, posturas e público diferentes. Ou alguém imagina Marina Elali circulando entre os bons da MPB, como Max de Castro, Pedro Luís ou mesmo a tal Mariana Aydar?
O espaço buscado por Marina é outro: o popular, da grande massa; das músicas de fácil aceitação. Antes fosse um trabalho voltado à nossa música de raiz, maravilhosamente trilhado por Khrystal. Não é, infelizmente. Marina escolheu o caminho mais fácil, da maioria. E daí, também, se ela ou o pai tem dinheiro para estreitar o árduo caminho do sucesso?
Voz afinada – chata ou não – a moça tem. Ou não driblaria o crivo de críticos selecionados do programa Fama e alcançaria o terceiro posto, depois de desbancar milhares de pretendentes. Beleza e carisma, também. Pelo menos para agradar o grande público e o Faustão. E imagino que ela não queira muito mais do que isso. E não por essa escolha, ela mereça ser classificada de “tapada”, como escreveu alguém. Para ficar nesse adjetivo.
Talvez pela carência de bons nomes na seara da música regionalista ou pela luta incansável de compositores fantásticos da nossa terra em alcançar um terço do espaço na mídia nacional, já conseguido por Marina, tamanhas críticas da imprensa (algumas exageradas e de auto-promoção). Acho injusto. Marina Elali não toma o lugar de ninguém. Se merece mais ou menos do que outrem é outra questão.
Então, deixem a moça trabalhar, se cercar de seguranças e se pensar já uma estrela do pop nacional. Ora, a vida é uma grande ilusão!
[image: Quando usamos a palavra em cima?]
Quando usamos a expressão "em cima"? Fique por dentro do significado e das
diferentes situações em que esta pal...
Há 6 horas
Meu comentário não é sobre esse texto em especifico, até pq Marina Elali ta bem d vida demais e eu me recuso a perder meu tempinho comentando dela rs
ResponderExcluirMas por mais q eu ja conheça seus textos e não é de hj sempre me impressiona sua sensibilidade e sua merestria com as palavras.
Definitivamente o mundo estaria em melhores condições se tivessemos mais homens como voce.
Não preciso mais te dizer que o amo acima da média e que voce tem aqui uma irmão sempre
bjs
ahh quem comentou la em cima fui eu Kandy e não esse tal de anomino metido
ResponderExcluiruma IRMÃ aff era melhor vcs terem achado q foi o anomino mesmo... o erro feio
ResponderExcluirBem, fui ao show de Alceu mas como ela invadiu em muito o tempo dele, terminei assistindo a uma parte do show dela. Foi divertido. Um verdadeiro circo, como há muito não via. Não entendo o estranhamento às críticas. Não sou a favor de xingamentos por parte do colunista/crítico, mas não li nada nesse sentido.
ResponderExcluirSe a moça está aí, está sujeita a avaliações, e acho que jornalistas/críticos/blogueiros têm o direito de avaliar e comentar. É assim que as coisas funcionam. E as críticas, sejam positivas ou negativas, são ainda mais pertinentes quando se lembra que ela participou de um projeto da prefeitura, então em última análise eu também paguei para que ela estivesse lá. Paguei, pagamos todos, sem ter o direito de opinar previamente. Então opinemos depois, oras!! O show foi ridículo, sem qualquer figura de linguagem ou exagero. O som estava péssimo, as "músicas" são sofríveis e ela quer ser cantora americana, grita no microfone, não tem um mínimo de carisma e personalidade. Assassinou o "xote das meninas", transformou uma música que fala com delicadeza e sutileza do despertar das meninas para as paixões em um lixo cantado em inglês com gritinhos “orgásticos”. Claro que as comparações com Roberta Sá são pertinentes, por serem ambas daqui, terem ambas participado desse programa global (Fama) e terem feito shows em dias seguidos. Impossível não comparar, por mais distintos que sejam os estilos. Por fim, é impossível não ridicularizar também a tentativa de empurrar as músicas e a moça via outdoor, telenovelas e afins. O pai tem dinheiro, viva, quisera que o meu também tivesse. Não é essa a questão. o que ocorre é que ela irrita por tentar entrar nos espaços públicos de qualquer forma, tomando o lugar de atrações realmente culturais, utilizando para isso o dinheiro. Ok, deixa ela pensar que é popstar. Mas não às minhas custas.