O blog Substantivo Plural abre um novo precedente literário nesta província de poucas novidades. O jornalista Tácito Costa expôs uma estante literária com livros de acesso gratuito pela Internet. Os autores são predominantemente locais. Uma forma fantástica e moderna de dar visibilidade ao trabalho.
Quatro livros já figuram na estante. Alguns deles inéditos, como a preciosidade da obra do jornalista Carlos de Souza, intitulada Palimpsesto. São mais de 200 páginas de muito bom gosto. Li umas vinte. A capa é sensacional, produzida por Everton Dantas. Não sei se é o mesmo jornalista que também colocou seu livro de poesia na estante, A Vida é Grátis, creio que também inédito.
Nelson Patriota expôs a biografia da nossa rouxinol potiguar, Glorinha Oliveira: o livro A Estrela Conta (2003). O Nobel escritor português José Saramago pediu licença a Tácito (rs) e também colaborou com a obra A Ilha Desconhecida.
A iniciativa é uma alternativa bacana quando os preços de livros estão um absurdo e até os sebos já comercializam preços equivalentes às livrarias. Muito em breve o jornalista Alex de Souza também publica um livro de contos (salvo engano), de 30 páginas no Substantivo (link ao lado).
Encontrei Alex na última eliminatória do MPBeco e senti firmeza quando ele disse que não vai mais publicar livro. Quem sabe a mania não pega por aqui. A cidade ainda é província. As notícias rodam como um tufão. E o blog é muito prestigiado e acessado: uma ótima vitrine, principalmente aos iniciantes na arte da escriba.
Claro, é quase impossível a idéia replicar a ponto da pirataria, como é visto com os DVDs. Seria uma alternativa barata e logo haveria pressão para as editorias baixarem os preços dos livros. Melhor nem eu me estender nesse aspecto. A discussão é bem diferente se comparado com a indústria fonográfica e posso ser mais uma vez mal interpretado.
Verdade é que o mundo migra mesmo para a Internet. Tenho medo do fim do jornal, do livro. Acho mais romântica a leitura em papel. Mas a realidade parece caminhar sempre para um destino mais chato, frio. Prefiro as flores do jardim à natureza morta. Bom, sei que nunca vou dispensar um livro em tarde de chuva, mas por força da necessidade, quem sabe não publico um livro virtual ou preparo um chá para tomar em frente ao computador?
[image: Quando se usa o MAS é o mais?]
A expressão "quando se usa o MAS é o mais?" pode causar confusão para quem
está aprendendo português. Neste artigo...
Há 2 horas
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