Primeiro preciso justificar minha ausência nos últimos dias. Para isso uso três desculpas. A primeira pode ser explicada pela brilhante manchete do Jornal de Fato, de Mossoró: “As chuvas continuam caindo”. A segunda é que quase sofro um piripaque junto com meu computador. Coisas da modernidade, de quem guarda a vida em uma geringonça eletrônica. A terceira é que ando muito chato. Muito mesmo. A ponto de rejeitar opiniões dos “íntimos” com a assertiva clichê de que já sou chato por natureza.
Chato ou não tenho achado insuportável dicas de nutrição. Já não sei mais o que comer. Recebo imeios todo dia com uma novidade. Acho que se eu viver de banana, beterraba e linhaça supero Matusalém em idade. Lembro de uma crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre a recomendação médica da cautela no consumo exagerado do ovo. Após 20 anos de abstinência, a medicina moderna afirma dos benefícios do ovo. O escritor, lógico, cobra indenização pelo longo período sem ovos, com o perdão da redundância.
Falar em comida, ontem ouvi uma palavra que detesto: agridoce. A ojeriza à palavra parte do seguinte motivo: sabe aquela gente blasé, adoradores do falar “elegante” (outra palavra que odeio)? Se alguma “guloseima” (essa eu prefiro) tem gosto azedo e doce, sempre vem acompanhado, como arroz e feijão, do adjetivo agridoce. É do mesmo estilo que sente prazer em pronunciar “drink” e “glamour”. Esse povo se acha o buraco central da bolacha creme-craque por isso. Palavra bonita é “sobrancelha”. Quase poético.
Sei que não escrevi nada de substancial ainda. Nem vou. Melhor o amigo leitor pular para o blog de Carlos Magno, também colunista deste portal. Sim, ele voltou, quase torrado após quatro meses de bronzeamento artificial. Alias, o Carlos comentou da recente matéria sobre “o filho da ditadura” – José Agripino Maia – na revista Caros Amigos. O texto foi escrito por uma cria do Diário de Natal, o repórter Léo Arcoverde. Não sou xenófobo nem guardo nada da raça ariana – as do nazismo de Hitler ou de Ariano Suassuna. Mas sou adepto da valoração da prata da casa.
Sempre achei que o cara é bom aqui e em qualquer lugar. Nem critico o editor de esportes do DN, Edmo Sinedino quando compara o meia Souza aos craques do futebol mundial. Um exemplo é Léo, ótimo repórter, como muitos outros desta terra do nunca. Saiu daqui na cara e na coragem – e de bolso vazio, lógico – e passou pouquíssimo tempo como estagiário até ser contratado. Depois do esculacho no Agripino, fui ler outras matérias do rapaz. Coisa excelente de ler, mesmo para chatos como eu.
Para não perder meu terceiro e último leitor, fico por aqui. E com a promessa de voltar muito em breve. Pelo menos deixei o assunto do terceiro mandato de Lula para outros. No mais, o resto é hipocrisia.
[image: Quando se usa o MAS é o mais?]
A expressão "quando se usa o MAS é o mais?" pode causar confusão para quem
está aprendendo português. Neste artigo...
Há 6 horas
Matu que se cuide!!
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