Schopenhauer e, salvo engano, Nietzsche também, defendiam a ideia de que só a arte tem o poder da fuga do real. E o real com sentido de dor ou das vontades.
Só pra ilustrar uma horinha de conversa com o poeta, dramaturgo, publicitário e cabra bom, Jairo Lima, em seu sugestivo Papo Furado - agora também cachaçaria.
Correria, dor na garganta e gripe aguda, fome, compromisso. E tudo se apaga com uma conversa descompromissada em uma cadeira de balanço.
E sobre o quê? Arte - aquela coisinha poderosa capaz de lhe transportar para outro mundo: um universo lúdico e excessivamente abstrato.
Literatos locais, o conceito entre popular e erudito, festivais literários, poesia, o regional e o universal (sem o resumo de Tolstoi!), folclore x arte erudita e até das formalidades desnecessárias.
E um pedaço da tarde passou sem que eu escutasse minha barriga roncando ou meu celular tocando. E que felicidade saber que o Mercado de Petrópolis e o comércio do poeta estão crescendo. E o melhor: sem o dedo do poder público. Só com o idealismo.
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