Assisti hoje o bom filme Banheiro do Papa, pela sessão de arte do Cinemark. E infelizmente, o comentário mais valioso para este blogue não é a obra do diretor César Charlone, mas a contestação, mais uma vez, da má educação nas salas de cinemas de Natal.
Adianto que não sou xiita quanto a barulho no cinema. Convivo com alguns sem problema: uma moça abrindo um chocolate, um papo ou outro esporádico entre um casal. Até o toque de um celular, se a pessoa pelo menos demonstrar ter sido acidental, por esquecimento.
Insuportável é um casal sentar ao seu lado e papear a sessão inteira. Comentar de forma chula qualquer cena do filme. Jogar a bolsa pesada no banco ao seu lado e movimentá-la a todo instante. Para piorar, abrir aquele velho saquinho de bagana e praticar barulhos a cada cinco segundos.
Não fosse bastante, o dileto expectador atrás de mim acomoda-se de tal maneira que mexe meu banco com certa constância. Mais à frente, o celular de um toca. E ele atende! E fala alto! É o cúmulo. Quando Rodrigo Levino comentou do tema em seu blogue até comentei do exagero. Achei que não fosse pra tanto. Agora em São Paulo, Levino disse que as salas lá são de um silêncio sepulcral. Ele tinha razão.
Enfim, ainda assim recomendo ao amigo leitor uma ida ao Cinemark. O filme fica em cartaz até sexta, salvo engano. É sempre às 15h. Escolha uma poltrona isolada, se possível. Embora tenha achado mal acabado, a história do filme é bonita, singela e emociona. O protagonista parece Belchior e vive em limites existenciais. O filme é baseado em fatos. Vale mesmo a pena, se a alma e a paciência não é pequena.
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