Recebi os convites, mas não pude ir ao show de Romildo Soares sexta-feira, no Galpão 29. Fui vencido pelo cansaço e o compromisso profissional na manhã seguinte. Meu amigo Moisés de Lima, editor de cultura do DN, disse que foi. Aliás, ele e poucos. Nunca pensei em lotação, mas segundo me disse Moisés, foram apenas uns “gatos pingados”.
O público de Romildo ou mais ainda dos outros participantes da noite é selecionado. Nem por isso precise ser sinônimo de pouca gente. Alguma coisa está errada. O projeto Mão Dupla foi bem divulgado; o talento de Romildo e suas composições dispensam comentários; a Ribeira, o Galpão 29 tem um público fiel. Então, o que falta?
Vou arriscar alguns comentários. Primeiro, trazendo uma comparação: vejam Valéria Oliveira. Ela se juntou com uma galera nova, ditos emergentes da nossa música potiguar, como Khrystal, Simona Talma e Luís Gadelha. Ganhou amplo espaço na mídia e participou de shows de boa repercurssão e público com o Projeto Retrovisor.
Valéria Oliveira é artista do quilate e contemporânea de outros como Pedrinho Mendes, Geraldo Carvalho, Sueldo Suaress e outros que, convenhamos, permanecem os mesmos desde muito tempo. Romildo não pode embarcar nessa. É uma artista mutante, no auge de sua produção e vigor musical. Precisa ir atrás de gente nova ou pelo menos mais pop. É o segredo.
Neste último show fez parceria com Geraldo Carvalho e um mineiro, Mário Noya. Muito bom o cara, pelo que ouvi na net. Mas ninguém conhece! É um projeto fadado ao fracasso, principalmente quando se tem atração gratuita do lado de fora, como o Festival de música da Assembléia, o chorinho do Buraco da Catita, ou mesmo atrações também pagas, também de bom gosto, mas de melhor aceitação, como a noite de blues em Ponta Negra.
Daqui, continuo minha torcida pelo sucesso de Romildo, que já cansei de dizer, é hoje nosso melhor compositor – ele e Mirabô. E também pela empreitada do projeto Mão Dupla: que tenha melhor sorte na próxima edição. Natal merece coisa boa, gente nova e mais Romildo.
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