Boa sacada de Ailton Medeiros mostrar ao cidadão potiguar que Franklin Jorge ainda vive. Pela entrevista ontem à noite no programa televisivo da TV União, pudemos ver a mesma língua afiada e a falta de verba para publicar sua obra literária.
Para citar a própria frase de Ailton ao falar do ex-senador Geraldo Melo, Franklin Jorge é uma pessoa a quem muito admiro e muito discordo. Admiro pela postura inquietante, crítica e independente. E discordo, talvez, pelas mesmas razões.
Faz parte da vida a discordância de opiniões, como o próprio escritor comentou ontem. Um motivo para o isolamento afetivo e profissional de Franklin Jorge talvez seja a crítica pela crítica, mais das vezes feroz, sem fundamento ou precisão. Parece fazer questão de ser chato, mal quisto.
Ontem ele teceu críticas totalmente infundadas ao Diário de Natal. Não me senti atingido, nem preciso defender o jornal. Mas é preciso justiça.
A qualidade do jornalismo praticado em todos os grandes jornais é passível de críticas. O novo modelo do DN agrada uns e desagrada outros. Até aí tudo bem. Fale quem quiser. Mas afirmar que o DN perdeu o compromisso com o leitor é mostrar ignorância ou falta de conhecimento jornalístico para depurar melhor o foco das matérias.
O DN hoje é o jornal potiguar mais independente do Estado. Não digo totalmente independente porque é empresa e vive do mercado. A nova linha editorial segue o interesse do povo. Basta ler, analisar. É visível, principalmente nas editorias de política e economia. As mudanças foram gritantes.
Os conchavos e alianças políticas que provocam manchetes diárias em outros jornais e em nada acrescentam ao cotidiano da população é hoje matéria secundária no DN. Em economia, os assuntos abordam questões de habitação, emprego, preços, e deixam as exportações e eleições da Fecomércio, FCDL, CDL e outras siglas para segundo plano.
As matérias de Cidades também estão mais voltadas para os interesses de quem realmente precisa de atenção e menos para quem tem maior poder de compra do jornal. Infelizmente parecem ser poucos os que conseguem enxergar isso.
Provocado por Ailton, Franklin Jorge ainda malhou a Academia Norte-riograndense de Letras e a "panelinha" formada entre escritores para publicação de seus livros: "Aqui uns masturbam os outros para todos gozarem ao final", disse.
Perguntado qual o grande intelectual hoje, Franklin Jorge afirmou que Cascudo foi o último. Citou ainda Rodrigo Levino como a única novidade boa no ramo literário e escorregou quando Ailton indagou quais os livros de Levino que ele havia lido: "Sei que são dois. Mas agora não lembro os nomes".
Terminada a entrevista, veio o programa Questão Política. Aí desliguei a televisão e fui ler Tolstoi para evitar pesadelos.
[image: Quando usamos a palavra em cima?]
Quando usamos a expressão "em cima"? Fique por dentro do significado e das
diferentes situações em que esta pal...
Há 5 horas
Kkkkkkkkkkk...é o que dá pra fazer com briga de intelectuais. Todos de olho no próprio umbigo. Se Cascudo fosse vivo seria malhado também. Ou não lembram da campanha para não deixarem colocar sua estátua naquela mão de bronze? Pergunte a Paulo Macedo! Agora,meu caro Ségio, sobre essa histórias dos jornais não posso negar minha opinião. O jornalismo impresso está muito ruim. Genericamente, aqui e alhures. Abraço de françois.
ResponderExcluirDesconhecia essa de Cascudo. Realmente é uma lástima essas micuinhas entre intelectuais. Coisa mais provinciana, puta merda.
ResponderExcluirE os jornais, François, está muito ruim mesmo, como eu disse aí. O DN não escapa. Só discordo que a linha editorial (não a qualidade na produção de matérias ou o próprio modelo) deste novo DN tenha piorado. Sou testemunha diária de que as pautas são direcionadas aos interesses do povo. Se são bem ou mal escritas ou se esse direcionamento é certo ou errado, é opinião de cada um, é outra história.
Franklin Jorge disse que o DN agora perdeu o compromisso com o povo. Aí não aceito. Antes as críticas eram de que alguns jornalistas usavam o jornal para interesses próprios. Foram demitidos e o jornal piora? Editores moram em Recife, acredito eu, justo para evitar assessorias que comprometam interesses do jornal e do povo. É o único que faz isso. Enquanto outros se vendem. Vários colunistas, jornalistas/blogueiros por aí são vendidos.
Como já ganhei o apelido de "super sincero" é melhor eu parar por aqui..rs
Abração!
srgio, vc lê seu email do diario de natal? mandei um lance para vc lá, emncaminha pro dn online e se der matéria agradeço!
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