quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Viagem às raízes portuguesas
A figura do flaneur criada pelo alemão Walter Benjamin como retrato da modernidade baudeleriana permanece pelas ruas alheias da contemporaneidade. Seu olhar de cronista ainda fisga banalidades despercebidas pelos comuns. Com esse olhar pescador, o jurista e escritor Manoel Onofre Jr elaborou um roteiro sentimental e cultural do país luso e berço da história colonial brasileira. Portão de Embarque 2 - Portugal será lançado na manhã deste sábado no Sebo Vermelho.
Pelas mãos do editor Abimael Silva, este é o décimo título escrito por Manoel Onofre Jr. O último, Portão de Embarque - Brasil, Brasis, funcionou como espécie de prólogo deste novo trabalho. As reminiscências históricas de um país quinhentista foram visitadas pelo escritor, também ex-professor de história do Brasil. Ambos os livros retratam costumes, geografias, culturas e curiosidades pinçadas em forma de crônicas, seja do Brasil histórico ou da Portugal revisitada desde 1984 pelo escritor.
Segundo Manoel Onofre, foram 12 viagens ao todo. Em cada uma delas, a busca pela história explicativa das origens do país e do Brasil. E também registros de curiosidades do cotidiano, a paixão por monumentos antigos... “Gosto dos monumentos porque enxergo afinidades com a história brasileira ou do que restou do período colonial. Há também no livro meu interesse pelas coisas do momento; o lado humano da coisa. Serve como roteiro para turista. Trata de gastronomia, costumes, pontos turísticos...”.
O escritor visitou praticamente todas as capitais e províncias de Portugal durante estes 25 anos de viagens ao país luso. Os textos/crônicas eram escritos em cada viagem. A maior parte do livro foi produzida em Portugal. “Como o livro de Cascudo intitulado Made in África, essa nova obra de Manoel Onofre Jr. bem poderia se chamar Made in Portugal. Preferi Portão de Embarque 2 para mostrar a continuidade do último. Conheci primeiro meu país para depois entender Portugal”.
Dos fatos pitorescos, a confusão de expressões de uma mesma língua: “Me perguntaram como vão minhas raparigas (moças). Li em loja de confecções infantis “Fatinhos de miudos. Pensei: ‘É nome de uma panelada’, mas eram ternos para crianças. Outra vez, ao entregar minha camisa engomada, a moça disse: ‘Aqui está sua camisola’. Rio, mas nas verdade nós é que somos os bobos. Os portugueses primam pela aproximação maior das raízes lingüísticas”, comentou o escritor.
A orelha do livro traz relatos de jornalistas como Carlos de Souza, Woden Madruga e Nelson Patriota. Todos comentam o penúltimo livro de Manoel. “Não convidei ninguém para este. Nem pretendo festa de lançamento. Como todo ano exercito meu lado de escritor amador fiquei inibido em sempre convidar amigos a comprar livro ou escrever orelhas”. Ainda assim, o editor Abimael Silva organiza o lançamento do livro (144 pág. R$ 30) no Sebo Vermelho (subida da Av. Rio Branco, Cidade Alta), entre as 9h e 10h. “Estarei lá”, avisa o escritor.
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Se há uma pessoa que se pode definir como incorruptível, bom caráter, estudioso, criterioso, preparado, limpo e essencialmente humano na expressão mais evoluída do termo, essa pessoa chama-se Manoel Onofre Jùnior. Abraço de françois silvestre.
ResponderExcluirEitcha!! melou foi tudo aqui...
ResponderExcluirVale à pena ler!
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