A morte de André da Rabeca rememora outros grandes personagens da cultura natalense, esquecidos, marginalizados, sem consagração alguma. Muitos ainda vivos. Outros, no limbo do esquecimento. O último deles talvez tenha sido José Helmut Cândido, o carteiro de Cascudo, filósofo das ruas, vítima de câncer em maio de 2009. Outros como o poeta Edgar Borges, o Black Out; o sanfoneiro Zé Menininho; o poeta Milton Siqueira, lembrado por Alex Medeiros, merecem lembrança.
Natal também é pródiga em tipos folclóricos, como o profeta Gentileza. Muitos se calaram nos becos da lama, da quarentena ou da vida sem nunca terem sido escutados como mereciam: A Ribeira sepultou muitos deles: prostitutas como Rocas Quintas. Boêmios como Zé Areia. Pedintes como Maria Sai da Lata... E o Alecrim, outros mais: Lambretinha, Corisco... E a história de Natal desaparece aos poucos, e somem também as lembranças empoeiradas.
Para reparar os erros e fazer melhor justiça, temos ainda os vivos. Em tempo: no teatro, uma atriz premiada nacionalmente chamada Ada, é ASG na Capitania das Artes. Na música, para ser factual, nosso Capiba potiguar: Dosinho. Ou para ser mais nostálgico, Glorinha Oliveira, Chico Elion, os irmãos Nazareno e Gilson Vieira... Na poesia, Luís Campos vive à míngua lá em Mossoró. O compositor Zorro é pedreiro nas Rocas e amigo de dezenas de heróis carnavalescos anônimos. Aliás, “anônimo” é palavra chula em Natal. Pois prefiro os olhos tortos de André da Rabeca do que os sorrisos falsos dos vips colunáveis.
[image: Quando usamos a palavra em cima?]
Quando usamos a expressão "em cima"? Fique por dentro do significado e das
diferentes situações em que esta pal...
Há 5 horas
parabens, finalmente alguem lembrou os esquecidos. gostaria de ver fotos de edgar borges neste blog.
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