Aos cinéfilos, e principalmente aos fãs de Luchino Visconti, ou mais ainda aos que assistiram Vagas Estrelas da Ursa (1965), procurei uma resenha do filme - cuja protagonista é a beleza de Claudia Cardinale - e encontrei nada menos que um relato do próprio autor, bem esclarecedor e contextualizado. Quem quiser ler, clique
AQUI.
Um trecho: "Se me é permitido retomar um argumento que me foi caro no início da minha carreira, direi que hoje mais que nunca me interessa um cinema antropomórfico. Vagas Estrelas da Ursa é uma confirmação, não uma exceção, desse meu interesse dominante. Eis "por que" fiz este filme".
Outro: "E isto é tudo. O que pode dizer um diretor de seu filme sem exceder em zelo ou em presunção? Jean Renoir, que jovem foi um apaixonado ceramista, costumava dizer que a cerâmica e o cinema têm isto em comum: o autor sabe sempre aquilo que quer fazer, mas uma vez colocada a obra no forno não sabe nunca bem se aparecerá como ele quis, ou ao menos em parte diversa. Eu deixei longamente no forno Vagas Estrelas da Ursa. Longa foi a gestação e, terminadas as refilmagens, longo o período transcorrido antes de montá-lo. Ninguém mais que eu está hoje ansioso para saber se este "quiz de almas" terá tido o seu ponto exato de cozimento".
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