terça-feira, 29 de junho de 2010

Circuito nacional cineclubista


Cineclube Natal promove hoje etapa do Circuito Nacional Cineclubista, na Siciliano do Midway

Exibição gratuita de documentários de cunho existencialista e debates com especialistas em psicanálise marcam hoje a chegada do Circuito Nacional Cineclubista em Natal. Câncer – Sem Medo da Palavra (dirigido por Luiz Alberto Cassol) e Sweet Karolynne (de Ana Bárbara Ramos) serão exibidos no auditório da Siciliano do Midway, às 18h30. Após a exibição acontecerá debate sobre os dois documentários, com as presenças da psicóloga e psicanalista Jaira Nunes, do cinéfilo Gianfranco Marchi, representante do Cineclube Natal, além do professor Nelson Marques, representando o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.

O documentário Câncer - Sem Medo da Palavra é um longa-metragem de 70 minutos que revela histórias e relatos de vida emocionantes. A produção é mais uma parceria do psicólogo Sílvio Lensen e do diretor Luiz Alberto Cassol, que, em 2004, lançaram o documentário InSanidades, que integra o catálogo Cineclubista Cinesud. O roteiro foi desenvolvido da constatação do medo e do preconceito das pessoas com o câncer e como elas superam esse preconceito, buscam tratamento e a cura. São depoimentos de familiares e pessoas que fazem e fizeram o tratamento para a doença, e profissionais da saúde especialistas na área.

O curta Sweet Karolynne é uma produção paraibana, eleito o melhor Curta ou Média metragem pelo Júri Oficial do Cine Esquema Novo - Festival de Cinema de Porto Alegre (CEN), e ganhou o Prêmio do Júri Popular no Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema. Roteirizado a partir dos pintinhos de estimação de Karolynne. Quando crescem e vão para a panela, ela não se queixa. A única exigência feita à mãe: que lhe compre outro. Soa cruel, já que a menina não se apega e nem constroi laços permanentes. Mas sabe e aceita que galos servem para comer (no que se diferenciam de gatos ou cachorros).

Ana Bárbara Ramos, porém, trata com humor a inocência perdida de Karolynne. A cineasta compara – ao filmá-los em paralelo – o mito de Elvis Presley, que o pai da menina dubla em representações, ao de Jarbas, o galo que vira comida. Quando transforma o animal de estimação em lenda, Ana Bárbara Ramos o alça à imortalidade, e retira o pecado da insensibilidade das costas de Karolynne.

* Publicado hoje no Diário de Natal

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